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3336 DIÁRIO DAS SESSÕES N.º 186

goria de bens de consumo imediato 28,5 por cento do valor total deitas importações, aos bens de consumo para actividades produtivas 18,1 por cento e aos bens de equipamento 25,4 por cento.
Dos bens de consumo imediato 913 400 contos, ou seja 11,8 por cento do total, destinaram-se à alimentação; 238 900 contos, ou seja 3 por cento, à saúde e higiene; 670 200 contos, ou seja 8,5 por cento, ao vestuário e calçado; 219 100 contos, ou seja 2,8 por cento, ao transporte, e 214 500 contos, ou seja 2,7 por cento, à habitação.
Quanto aos bens de consumo destinados à produção, as verbas ma s significativas foram as de importação de barras, perfis e chapas de ferro macio ou aço (181 600 contos), de ferro ou aço em obra (395400 contos), de partes e peças separadas de máquinas e aparelhos para aterro e desaterro, escavação ou perfuração, de veículos automóveis (16 600 contos).
Finalmente no domínio dos bens de equipamento, as máquinas e aparelhos elevatórios de carga e descarga (165 200 com, os), as locomotivas (300 200 contos), os vagões (168400 contos), os tractores (125500 contos) e os veículos para transporte de carga, pessoas e outros, com excepção dos de turismo (481 000 contos), representaram as aquisições mais vultosas.
Parte destas aquisições realizou-se sem encargo imediato para o Fundo Cambial da província. Foi o caso da Cabinda Gulf Oil, que importou, em 1967, materiais e equipamento no valor de 330 000 contos. Quanto à Companhia Mineira do Lobito, as importações, no montante de 782 000 contos, deverão considerar-se como contrapartida de transferências antecipadas realizada pela empresa há alguns anos.
O preço médio das importações (escudos por tonelada) subiu de 11 674, em 1966, para 12 986, em 1967. Para uma base de 100, em 1962, os índices de 1966 e 1967 foram, respectivamente, de 107,6 e 119,7.
Quais as razões de tão notório agravamento nos preços médios de importação?
Além do elevado valor unitário dos bens de equipamento e da alta geral, resultante do processo inflacionário dos países industrializados, têm-se referido outras causas explicativas de tal evolução: a sobrefacturação como meio de saída ilegal de capitais e os encargos financeiros agravados em resultado das demoras nas liquidações aos exportadores. Importará, tanto num caso como noutro, redobrar as intervenções que anulem o desenvolvimento destes factores negativos.
Os Estados Unidos da América reforçaram nos últimos anos a sua posição como grandes clientes de Angola. Isto devido à exportação de café. A metrópole, mantendo a situação de principal comprador, tem visto enfraquecer a sua posição relativa. O mesmo aconteceu com os países do Mercado Comum e da E. F. T. A. - sem Portugal (metrópole)-, sendo, de resto, pouco significativas as exportações de Angola para os territórios da Associação Europeia de Comércio Livre. Graças ainda ao café, progrediu-se na conquista de outros mercados.
Os seguintes números (em percentagens) revelam estes principais destinos da exportação de Angola:

[Ver quadro na imagem]

Metróple....
Ultramar....
Estados Unidos da América....
Mercado Comum....
E.F.T.A.(sem Portugal)
Outros países....

Verifica-se que a uma elevada concentração nos produtos exportados (café ,e diamantes) se junta relativa concentração geográfica. Ainda aqui se impõe, portanto, um esforço de diversificação, que conviria não ser apenas realizado à custa do café.
A posição da metrópole como principal fornecedor de Angola tem igualmente enfraquecido nos últimos anos. Em 19651 cerca de 47,5 por cento das importações de Angola vinham da metrópole; em 1967 tal percentagem não foi além de 35,5 por cento. É natural que à medida que Angola importe mais bens de equipamento recorra em maior percentagem aos mercados estrangeiros. Mas esta realidade não deixa de ser dolorosa ao verificar-se que a metrópole não soube ainda criar uma indústria capaz de corresponder às crescentes exigências de desenvolvimento do espaço económico português.
A posição dos países do mercado comum tem-se acentuado grandes fornecedores de Angola, o que permite igualmente desejar que se intensifiquem, para esses territórios, as exportações da província. Quanto à zona da Associação Europeia de Comércio Livre, embora com uma posição relativa mais fraca do que a dos territórios da C. E. E., ela é bem superior à que resulta das importações que tais países fazem de Angola.
Eis a distribuição, em percentagem, dos principais fornecedores de Angola nos anos de 1965 a 1967:

[Ver quadro na imagem]

Metrópole ....
Ultramar ....
Mercado Comum....
Estados Unidos da América....
E. F. T. A. (sem Portugal)....

Em 1967 a balança comercial de Angola acusou saldos positivos relativamente aos Estados Unidos da América (816 000 contos) e às restantes províncias ultramarinas (36 000 contos) e saldos negativos quanto à metrópole (-518000 contos) e a países do Mercado Comum (- 1 092 000 contos) e da E. F. T. A (- 918 000 contos). Ã alteração mais sensível deu-se relativamente aos países do Mercado Comum, pois ainda em 1966 a balança comercial de Angola apresentava, relativamente a esses territórios, um saldo positivo de 132 000 contos:

[Ver quadro na imagem]

Metrópole ....
Outras províncias ultramarinas....
Países do Mercado Comum ....
Países da E. F. T. A. (sem Portugal)....
Estados Unidos da América....

O que expusemos sobre as principais características do comércio externo de Angola em 1967 permite formular os seguintes votos:

1.º Que se intensifiquem as exportações da província, de forma a manter-se não só um equilíbrio na balança comercial, cada vez mais agravada com a importação de bens de equipamento e dura-