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28 DE FEVEREIRO DE 1973 4665

O Orador: - Com efeito, uma ligação directa e rápida do interior ao litoral do porto de Aveiro - que patenteia uma posição significativa no conjunto dos actos comerciais e mercantis do País - é de decisiva importância para o desenvolvimento de uma grande parte de todo este hinterland que se desenrola desde a fronteira até ao mar.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Mas, além desta importante via, havia ainda uma outra aspiração dos povos de S. Pedro do Sul e de Arouca: a estrada nacional n.° 326, que rasgará a Gralheira, ligando os dois concelhos, possibilitando uma variante para o Porto e Norte do País. Velha aspiração dos povos dos dois concelhos, várias vezes, através dos seus qualificados representantes administrativos e políticos, exposta ao Governo como elemento propulsor do desenvolvimento de uma zona interior, rica em belezas paisagísticas e potencialidades agro-pecuárias e florestais.
Sr. Presidente: Vêm estas ligeiras considerações a propósito da audiência que o Sr. Ministro das Obras Públicas e Comunicações concedeu aos presidentes das câmaras de Viseu e da região do Vouga, acompanhados pelos Srs. Governadores Civis de Aveiro e Viseu e dos Deputados pelos dois círculos. O Sr. Ministro, como sempre, foi de uma clareza meridiana ao abordar a problemática das comunicações, frente às pretensões que lhe foram expostas pela comissão que se dignou receber.
Com a objectividade que todos lhe conhecemos, teceu considerações sobre os planos a levar a efeito e traçou a política das ligações rodoviárias que interessam aos dois distritos, nos termos já conhecidos através da imprensa, que lhe deu o devido e merecido relevo: a nova estrada Aveiro-Viseu e a ligação de S. Pedro do Sul a Arouca. Pois, Sr. Presidente, não posso deixar de salientar o empenhamento das autoridades administrativas dos dois distritos nas diligências a que se não furtaram para a concretização de tão importante empreendimento - com o apreço que é devido a bem dos povos que servem. Ao Sr. Ministro das Obras Públicas e Comunicações, consagrado estadista, de cujo dinamismo, na acção e preocupação de vencer com realismo e celeridade os imensos trabalhos que lhe estão confiados, muito há a esperar, queremos manifestar o nosso vivo reconhecimento e o do bom povo que represento, cheio de virtudes, que sente e é grato, quando da aliança entre governantes c governados resultam oportunidades de dar satisfação às aspirações da colectividade em que se encontram inseridos interesses fundamentais.

Vozes: - Muito bem! Muito bem!

O Orador: - Honra, pois, ao Ministro Rui Sanches, que relevará focar, ainda, um outro ponto. Consiste numa nota que julgo de grande interesse e oportunidade para o desenvolvimento e a promoção sócio - do planalto central. Trata-se das ligações entre a Guarda, Viseu e Coimbra.

O Sr. Santos Bessa: - Muito bem!

O Orador: - Beneficiando progressivos concelhos destes distritos, e que constituem no seu conjunto uma promissora região com possibilidades e equipamentos
capazes de proporcionar condições de acolhimento e enquadramento às populações e às actividades mais adequadas à economia e ao desenvolvimento dessa região.
É mais este anseio, que tenho auscultado junto das populações deste planalto central e de Viseu, que aqui deixo à alta e generosa compreensão do Sr. Ministro das Obras Públicas.
Mas, Sr. Presidente, não posso dar por findas estas palavras sem um testemunho que é o do inegável e irrefragável esforço que o Governo da chefia do Prof. Marcelo Caetano tem feito em prol do bem-estar do povo português.

O Sr. Albino dos Reis: - Muito bem!

O Orador: - Marcelo Caetano diz-nos, pelo seu exemplo, que há que continuar a trabalhar sem descanso; pois sigamos o abalizado conselho de quem com denodo e decididas acções, sempre retemperado pelo apoio do povo, se tem dado inteiramente ao serviço da causa nacional.

Vozes: - Muito bem!

O Sr. Fausto Montenegro: - Sr. Presidente e Srs. Deputados: Como devia, fiz parte da representação dos distritos de Aveiro e Viseu que no passado dia 22 foi ao Sr. Ministro das Obras Públicas solicitar uma estrada funcional que ligasse os dois distritos pelo vale do Vouga, de Albergaria a S. Pedro do Sul, substituindo a existente, de há muito ultrapassada e a fomentar prejuízos de vária ordem.
Apresentada uma breve mas convincente exposição, que fundamentava o pedido, teve logo como resposta do Ministro o imediato deferimento, acompanhado de uma lúcida exposição dos problemas relacionados com o sector das estradas no País.
Este facto já todos os órgãos de informação o divulgaram, bem como o montante da obra - 300 mil contos - e o prazo imediato da sua construção, acentuando o seu real valor para o desenvolvimento não só dos dois distritos, mas também dos da Guarda e Vila Real pelo intercâmbio comercial e turístico que vai intensificar entre eles.
Muito particularmente a bacia do Douro tem contactos comerciais permanentes com Aveiro, e as estradas que as ligam são a nacional n.° 2 e a que estamos a referir.
É, pois, um empreendimento de alto valor nacional, vindo este anseio de longa data, pelo que, com ampla justificação, e dado não poder aguardar por mais tempo uma solução condigna, se impunha a sua imediata concretização.
Demais, o traçado fora feito para tracção animal, e não para o tráfego actual, que é denso, das pesadas viaturas, como muito bem o reconheceu o Ministro.
Graças ao bem esclarecido e sério programa do Ministério das Obras Públicas pôde o seu muito ilustre titular deferir em bases objectivas e imediatas, pelo que se lhe fica a dever esta feliz e utilíssima realização - considerada desde há muito como mera miragem ilusória.
Se se disputam realizações primárias, não se atrofiam ruem se combatem os legítimos anseios de outras terras e regiões.