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4666 DIÁRIO DAS SESSÕES N.° 231

Para estas há também que pedir os justos direitos, de forma que os utentes escolham livremente, e segundo as tendências económicas, geográficas e até sociais, o que melhor convenha ao desenvolvimento da sua economia.
E o País será tanto mais rico quanto melhores e mais vias de comunicação tiver, facilitando assim um melhor intercâmbio.
Bem avisados foram os dinâmicos governadores civis de Aveiro e Viseu ao solicitarem e apoiarem esta representação ao titular das Obras Públicas, com os evidentes resultados que são para os dois distritos e para todo o País.
Este exemplo devia ser seguido pelos seus colegas do Porto e da Guarda, associados ao de Viseu, solicitando, para interesse comum, a estrada marginal do Douro, desde Barca de Alva a Gaia, o que proporcionaria a estes distritos uma permuta comercial e turística de relevante significado.
Para quando uma estrada funcional e moderna que ligue aquelas terras do interior com o Porto, casa-mãe do convívio comercial e afectivo?
Já que várias vezes lancei este apelo, atrevo-me a pedir aos ilustres colegas desses distritos que se interessem pela sua realização.
Se assim for, poderei ficar com a esperança de ser uma realidade.
Sr. Presidente e Srs. Deputados: Não se limitou o Sr. Ministro a atender o pedido que lhe era feito.
Por sua livre decisão, anunciou que outros lanços de estradas nacionais iriam ser construídos muito em breve nos dois distritos.
Inumerou primeiro os de Aveiro, e depois, ao referir-se propriamente aos do distrito de Viseu, começou por lembrar as intervenções por mim feitas neste sector, satisfazendo algumas das minhas petições.
Longe estava eu de pensar, ao ir àquela decisiva e histórica reunião, que os anseios das populações, que aqui represento, seriam naquele dia largamente contemplados, e até que outras soluções estão iminentes.
Este facto vem acrescentar maiores razões ao justo conceito de que goza o Ministro Rui Sanches em bem cumprir a sua missão governativa, que não é só a de cumprir os deveres com zelo, mas a de sentir as necessidades e os anseios das populações, dando-lhes, no momento oportuno, uma afectuosa boa nova.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Se tenho o dever de evidenciar com sinceridade e isenção as carências do meu distrito, também tenho o mesmo dever de agradecer, em seu nome e no meu próprio, as soluções anunciadas para as eliminar.
Por isso, em mim está a ideia - e espero que igualmente todos os intervenientes na referida audiência o reconheçam - de só vir aqui agradecer o que pela minha parte tenho o dever de agradecer, e nunca vir arvorar-me em exclusivo paladino de uma causa.
A gratidão dos povos beneficiados é sempre expressa e esta virtude ainda é cultivada sem que ceda lugar à lisonja, sempre detestada pelos que cumprem o dever com dignidade.
E como sempre temos lembrado com isenção e bons propósitos as carências regionais, assiste-nos o dever de também aqui deixarmos o nosso maior reconhecimento.
Continua o Ministério das Obras Públicas, como numa anterior intervenção o disse, a ir na vanguarda dos estudos do planeamento nacional para solucionar carências regionais ou nacionais, sem se perturbar com simpatias ou interesses secundários.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Para o Ministro das Obras Públicas e seus colaboradores vão o bem-hajam de todas as populações beneficiadas e os votos ardentes de que prossiga a sua admirável tarefa de impulsionador do progresso regional e nacional.

Vozes: - Muito bem!

O Sr. Eleutério de Aguiar: - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Através de um comunicado distribuído aos órgãos de informação, soube-se que o Conselho de Ministros para os Assuntos Económicos se ocupou, na última reunião, de problemas de interesse imediato para o arquipélago da Madeira.
Desconhecem-se, nestes termos, - quais os assuntos estudados pelo douto Conselho. Mas sabe-se que são inúmeros os problemas que, em maior ou menor grau, afectam a economia da nossa região, entre os quais avultam, nestes últimos tempos e com forte incidência, os que directamente respeitam à actividade turística, ou indirectamente com ela se relacionam, erguida como foi à dimensão de placa giratória, centro de interesse de toda a vida local.
Como simples homem comum que pretendemos ser, em todas e quaisquer circunstâncias, conjecturámos em torno dos problemas que a região da Madeira enfrenta, que são inúmeros, complexos e deveras preocupantes, exigindo atenção e sobretudo soluções imediatas, cuja falta vem ocasionando reacções em cadeia, algumas das quais já surpreendidas, em jeito de "duche escocês", a provocar contraditórias ilações.
Já aqui temos apresentado insistentes considerações sobre o fenómeno turístico, suas perspectivas e reflexos actuais e futuros na conjuntura madeirense. Não vamos, por isso, incorrer em risco de redundância, até porque longe de nós o propósito de fazer o ponto à actuação desenvolvida ao longo da legislatura, no estilo de quem pretendesse aproveitar o ensejo para enjeitar responsabilidades.
Recordaremos os números que traduzem as dimensões sempre crescentes do turismo na vida actual da Madeira e, conjecturando ainda, pouco adiantaremos, mais do que suficiente, aliás, para se acentuar a contradição implícita em fresco evento, que poderá constituir oportuno alerta para quantos, porventura minimizando factos concretos, são atraídos apenas pela miragem de optimistas previsões.
Em 1972, o número de turistas entrados na Madeira foi de 109 957, contra 107 831 no ano anterior, correspondendo a 999 447 e 786 577 diárias, respectivamente. Confrontando-se passado recente e futuro próximo, acrescentamos que, em 1970, haviam visitado a ilha 60 000 turistas e que, para 1975, estão previstos cerca de 500 000. Pormenorizamos mais que, além dos 60 000 visitantes registados em 1970, os quais utilizaram o avião como meio de transporte, sendo 40 000 em charters e 20 000 em voos regulares, se