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5258 DIÁRIO DAS SESSÕES N.° 255

dois últimos anos, de acordo com o ordenamento das últimas frequências escolares, o seguinte:

[Ver tabela na imagem]

(a) Faculdade de Economia do Porto; Instituto de Estudos Sociais, Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras e Instituto Superior de Ciências Sociais e Política Ultramarina, de Lisboa.

Escreveu-se em bem recente parecer, o de 1968, que em Portugal a frequência tem aumentado muito, em especial nas Faculdades de Letras.
E logo se acrescentava: A frequência de Engenharia e dos estabelecimentos relacionados com as ciências exactas não acompanha a das Faculdades de Letras e Ciências Sociais.
Assim era o tempo.
No período de reorganização industrial (e o mesmo se deseja para o sector agrário) que o País atravessa são necessários muitos engenheiros, altamente especializados em certos casos. A indústria (como a agricultura, aliás) nunca poderá alcançar a produtividade indispensável no mundo moderno sem técnicos (e poderíamos acrescentar empresários) eficientes. Por isso, não parece ser um bem o desvio de valores intelectuais (dizia-se aí "agudos") para cursos que não influem directamente no progresso económico.
Não gostaria de comentar a frase, mas importa anotar que apenas três anos volvidos algo de novo se desenha. Não será ainda o que pretendia o relator, mas pode pronunciar uma mais profunda transformação estrutural das frequências escolares.
Os aumentos mais acentuados no último ano afirmam-se nas Faculdades de Engenharia, em detrimento das Ciências exactas e naturais.
É, porém, sobretudo nos cursos de Direito e Letras, e começa a ser tombem no das Engenharias, que mais se desenha a "massificação das Universidades", que tanto faz temer alguns dos seus expoentes - o mal haverá de coarctar-se, não tanto pela limitação do acesso ao ensino superior, mas pela desconcentração de Universidade e multiplicação de escolas (Normais Superiores, por exemplo), Institutos Politécnicos e outros estabelecimentos e ramos e graus de ensino, que se poderá obviar às grandes concentrações escolares e aos decorrentes problemas do ensino.
Aliás, apenas um em cada seis dos que cursam o ensino secundário prossegue os seus estudos, universitários então. E, se estabelecêssemos equivalência para aqueles que, pela sua idade, poderiam estar normalmente cursando um curso superior, ter-se-ia uma relação inferior a mais de 1:16 metropolitanos.
Estaremos a aproveitar devidamente todos os potenciais valores humanos, intelectuais, técnicos, profissionais, da nossa terra?
Deixo a pergunta à consciência de cada qual, que cada um lhe responda no seu íntimo.
Por seu turno, concluíram os respectivos cursos os seguintes alunos, cujos números poderão ser relacionados com os do pessoal docente, para definir quocientes entre eles:

[Ver tabela na imagem]

A produtividade (se assim podemos chamar, generalizando) alunos que concluíram os cursos/pessoal docente das nossas Universidades apresenta o máximo valor no caso das Faculdades de Direito (4,4) e Farmácia (3,1), é ainda superior à unidade em Medicina e Ciências Sociais (1,3), Agricultura (1,2) e Engenharia (1,1), baixando para valores inferiores em Letras (0,7), Ciências exactas e naturais (0,6) e enfermagem - nalguns destes casos pela relativa mais recente constituição dos cursos e acesso das novas gerações escolares aos seus anos finais, noutros pela especificidade e exigências ou dispensa de habilitações finais para acesso à vida profissional, como o de muitos "bacharéis" - professores de anteriores graus de ensino.
É matéria, no entanto, que bem poderia merecer maior, melhor, mais completa e qualificada atenção por parte de algumas Faculdades, institutos ou escolas superiores, pelo próprio Ministério nesta hora renovada de "educação nacional".