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776 I SÉRIE - NÚMERO 22

estava a referir-se ao Sr. Ministro das Finanças? É que talvez ele tenha sido mais pessimista sobre a situação actual e sobre as perspectivas futuras do que eu próprio fui!

Aplausos do PCP e da UEDS.

Sobre a questão de eu me apresentar descomprometido, ó Sr. Deputado, apresento-me plenamente descomprometido.

O Sr. Silva Marques (PSD): -Não está filiado?!

O Orador: - Eventualmente, haverá muitas outras pessoas que não se podem apresentar como tal.

Vozes do PCP: - Muito bem!

O Orador: - Em relação ao Sr. Deputado Carlos Robalo e perante aquilo que referi, há apenas uma resposta; já que o Sr. Deputado pareceu não perceber uma frase minha em que eu referia «a submissão, a catástrofe e a miséria». Não percebia mas eu vou explicar-lhe: a submissão a interesses que não são os interesses do País, a catástrofe a que a AD nos conduziu e a miséria que assola o povo português.

Aplausos do PCP.

Em relação ao pedido de esclarecimento do Sr. Deputado Luís Coimbra, quero dizer-lhe que de tudo aquilo que referiu e que me teria ouvido, o Sr. Deputado só conseguiu perceber uma coisa a baixa de taxas de juro. Quando ao resto, não percebeu absolutamente nada.

Aplausos do PCP.

Uma voz do PSD: - Está muito a tempo!

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado Joaquim Miranda, tem 7 pedidos de esclarecimento, pelo que dispõe de 21 minutos para as respostas. Faça favor.

O Sr. Joaquim Miranda (PCP): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Pelas razões que o meu colega, o meu camarada Octávio Teixeira já referiu, vou ser bastante sucinto e reportar-me apenas às questões. fundamentais que aqui foram colocadas paios Srs. Deputados.
A primeira consideração que devo fazer e que penso que importa fazer neste momento é esta: certamente todos nós estaremos de acordo - pelo menos, por enquanto todos estaremos de acordo - de que este governo emana desta maioria.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - E, uma coisa é certa, Srs. Deputados, se nós, quando viemos para esta interpelação, vínhamos já convictos da necessidade da demissão e da urgência da demissão deste governo face à pobreza com que a AD aqui se apresentou, agora a nossa convicção sai bastante mais reforçada.

O Sr. Amândio de Azevedo (PSD):- Registo que era fraca a convicção.

O Orador: - Respondendo aos Srs. Deputados e, em primeiro lugar, ao Sr. Deputado Carlos Robalo, já que foi o primeiro a interpelar-me, a única coisa que lhe posso dizer é que fez uma intervenção para se ouvir a ele próprio...

Uma voz do PCP: - Muito bem!

O Orador: -..., fez uma intervenção em que confundiu tudo e até, inclusivamente» confundiu constantemente o Partido Socialista com o Partido Comunista.

Uma voz do PSD: - Não é grave!

O Orador: - E o Partido Comunista com o Partido Socialista. Não sei, porquê, mas lá terá as suas razões!
Em boa verdade, em termos de perguntas, nada mais fez.
Quanto ao Sr. Deputado Sousa Lara, não lhe responderei pois neste 'momento não está presente na Sala. Noutra oportunidade poderemos abordar algumas das questões que aqui colocou.
Relativamente ao pedido de esclarecimento formulado pelo Sr. Deputado Mário Lopes, apenas lhe quero dizer, para já, o seguinte: não vou responder a algumas das questões que o Sr. Deputado colocou porque o meu camarada Rogério Brito está inscrito para falar sobre esses assuntos e abordará com maior profundidade as questões relativas à política agrícola.
De qualquer maneira não podia deixar de colocar uma questão e de dar uma resposta a uma das questões que aqui colocou e que é esta: para nós, Sr. Deputado, a alternativa a este governo, no que respeita à política agrícola, passa naturalmente, e é funda-me n: ai, pela questão do apoio da reforma agrária. E, pelo facto de eu o ter referido duas vezes, isso é bastante para significar o nosso apoio aos trabalhadores alentejanos e o nosso apoio às suas lutas contra aquilo que este governo tem vindo a desenvolver contra os seus interesses.
Quanto a nós, e isso vai ser explicitado na intervenção do meu camarada Rogério Brito, quer no que toca a investimento, quer no que teca a aumentos de produção, quer no que toca a muitos outros aspectos, para desenvolver a agricultura no Alentejo é, na verdade, fundamental o desenvolvimento da reforma agrária.
E não haja confusões nem se estabeleçam confusões, Sr. Deputado, entre a reforma agrária no Alentejo e a reforma agrária que terá de ser feita, naturalmente, no norte do País mas em moldes totalmente diferentes. Nós, aliás, sempre o temos dito, pois ali trata-se de liquidar o latifúndio, mas no norte o problema é totalmente diferente e terá de ser encarado de uma perspectiva totalmente diferente. Confundir estas questões e trazê-las para aqui é estar a fazer demagogia porque nunca nós colocámos tal questão.
Em relação ao Sr. Deputado Pacheco Mendes, que me pôs uma questão em termos de eu responder sim ou não, quero dizer que um camarada meu já deu claramente essa resposta: é não.
De qualquer maneira sempre diria que os 2 exemplos que o Sr. Deputado aqui trouxe são, na verdade, bastante infelizes, quer o que respeita à questão do