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1232 I SÉRIE - NÚMERO 36

quiser se inscreva para formular protestos no período de antes da ordem do dia de amanhã.

O Sr. Presidente: - O Sr. Deputado tirou-me as palavras da boca, pois era exactamente isso o que eu ia sugerir à Câmara.

O Sr. Silva Marques (PSD): - Sr. Presidente, peço a palavra para interpelar a Mesa, na tentativa de dar uma contribuição para o saneamento da situação criada.

O Sr. Presidente: - Faça favor, Sr. Deputado.

O Sr. Silva Marques (PSD): - Sr. Presidente, V. Ex.ª abriu este debate, que foi conscientemente aceite por todos nós, a título excepcional, e que pressupunha que só falasse um deputado de cada bancada. No entanto, dado que V. Ex.ª saiu desse esquema - intenção essa que de forma alguma poderei reprovar -, que pressupus ser implícito em todos nós, parece-me que neste momento, para conciliar as expectativas entretanto criadas e formuladas com a necessidade de pôr termo a este debate, que não deixa de ser excepcional, propunha a V. Ex.ª que a partir deste momento encerrasse os pedidos de inscrição, mas que, de qualquer forma, desse a palavra àqueles que formularam o desejo de falar, porque a verdade é que, entretanto, se gerou a ideia de que outros poderiam usar da palavra e os que falaram antes fizeram-nos de forma a, legitimamente, suscitar esse desejo.
Daí sugiro a V. Ex.ª que, para conciliar a necessidade de pôr rapidamente termo a esta situação excepcional, mas também para não prejudicar a expectativa legitimamente criada, desse a palavra aos deputados dos grupos parlamentares que ainda não se pronunciaram ou àqueles deputados de bancadas que já usaram da palavra, mas que a pediram de novo, formalmente.

O Sr. Presidente: - Vou dar a palavra aos grupos parlamentares que ainda não fizeram uso dela e os senhores deputados que pediram a palavra para pedidos de esclarecimento e protestos ficam inscritos para o período de antes da ordem do dia de amanhã.
Assim, tem a palavra o Sr. Deputado Braga Barroso.

O Sr. Braga Barroso (ASDI): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Pedi a palavra para nos associarmos à intervenção do Sr. Deputado Carlos Lage, sobre o comportamento das galerias na sessão de ontem.
É clara a nossa posição sobre a justa e longa luta do povo de Vizela, mas também julgamos que os acontecimentos de ontem não servem os interesses de Vizela nem têm a aprovação da maioria esmagadora dos vizelenses.
Também é já conhecida a nossa posição sobre a liberdade de cada um dos deputados votar no sentido daquilo que pensa e em liberdade de consciência, pelo que manifestamos a nossa inteira solidariedade para com os senhores deputados agredidos ou ameaçados.

Aplausos da ASDI e de alguns deputados do PSD e do PS.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Borges de Carvalho.

O Sr. Borges de Carvalho (PPM): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Como entrei quando a sessão ia já adiantada, julgo que estou a usar da palavra dentro dos 5 minutos regimentais do prolongamento do período de antes da ordem do dia.
Não é, portanto, quanto aos acontecimentos de ontem...

O Sr. Presidente: - Não é bem assim, Sr. Deputado, mas agradecia-lhe que não fizesse uma exposição muito grande.
Eu explico ao Sr. Deputado. Nós iniciamos este debate de antes da ordem do dia, digamos assim, à espera de ter quorum para entrarmos na ordem do dia - parece que já faltam poucos deputados para termos o quorum necessário.
Mas faz favor de continuar, Sr. Deputado.

O Orador: - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Não é de facto sobre os acontecimentos de ontem que me queria pronunciar, mas sobre os acontecimentos de hoje.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, realmente iniciou-se o debate sobre os acontecimentos de ontem e, como não há período de antes da ordem do dia, se vamos iniciar um debate sobre outro assunto...

O Orador: - Então, se V. Ex.ª me dá licença, faria apenas uma interpelação à Mesa, pois uma vez que o Sr. Deputado Mário Tomé não se encontra presente, muito do que quereria dizer perde um pouco a oportunidade.
No entanto, como interpelação à Mesa, Sr. Presidente, devo dizer-lhe que não me parece que seja regimental ou curial que V. Ex.ª deixe que sejam pronunciadas as aleivosias miseráveis que aqui foram pronunciadas, os insultos soezes que aqui foram pronunciados pelo Sr. Deputado Mário Tomé, sem o interromper.
Não há direito que a presidência desta Casa deixe que seja feita uma intervenção nos termos em que foi feita a do Sr. Deputado Mário Tomé.
É contra isso, Sr. Presidente, que desejo protestar, interpelando a Mesa e solicitando-lhe que não deixe que sejam aqui proferidas intervenções nestes termos, senão teremos nós também que responder ao Sr. Deputado Mário Tomé na mesma medida e com o mesmo tipo de intervenção que ele fez aqui, e razões não nos faltam para o fazer.

Aplausos do PPM, do PSD e do CDS.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, a Mesa não interrompeu o Sr. Deputado Mário Tomé, porque tem por norma, em princípio, deixar falar os senhores deputados.
Por outro lado, pensa que cada deputado tem a noção exacta das suas responsabilidades para não vir aqui proferir alocuções que possam, de qualquer maneira, perturbar os nossos trabalhos ou serem, como o Sr. Deputado diz, insultuosas.
Não me pareceu que o Sr. Deputado Mário Tomé se dirigisse directamente a ninguém e na sua intervenção emocional, digamos assim, o Sr. Deputado Mário Tomé não foi além de fazer exposições genéricas e foi por isso que não foi interrompido.
O Sr. Deputado Borges de Carvalho deseja dizer mais alguma coisa?