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12 DE DEZEMBRO DE 1986 899

Com o 25 de Abril de 1974, novas perspectivas se abriram a Paços de Ferreira com a instauração da democracia e da liberdade.
A população começou a escolher os seus legítimos representantes locais e escolheu bem, optando pela social-democracia, como o projecto mais adequado e capaz de permitir o desenvolvimento e o progresso harmonioso do concelho e das suas freguesias e proprocionar à população pacense um maior bem-estar e melhor qualidade de vida.
Sr. Presidente, Srs. Deputados: Quero aqui destacar a figura do presidente da Câmara Municipal de Paços de Ferreira, Dr. Fernando Vasconcelos, que há dez anos preside aos destinos do Município, com total dedicação, competência e entusiasmo, fazendo dele o líder municipal da transformação operada no concelho na última década. O Dr. Fernando Vsconcelos é bem o exemplo e o modelo de autarca que bem serve a sua comunidade, que nele se revê e confia.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Sr. Presidente, Srs. Deputados: No entanto, Paços de Ferreira ainda está longe de ser um concelho plenamente desenvolvido e próspero, para isso muito há a fazer, como pudemos verificar na visita que os deputados do PSD eleitos pelo círculo do Porto efectuaram ao concelho no passado dia 25 de Outubro.
Constatámos durante essa visita que o concelho tem enormes potencialidades, que urge aproveitar, e múltiplas carências, que se impõe colmatar.
Irei agora focar sucintamente algumas das questões a que urge dar resposta e que detectámos durante a visita que efectuámos ao concelho, acompanhados pelo presidente da Câmara Municipal, vereadores e alguns membros da Assembleia Municipal.
Paços de Ferreira tem 45 km de estradas municipais, completamente degradadas, que se impõe que a Junta Autónoma das Estradas repare urgentemente, para as pôr a par das estradas municipais que estão em razoável estado de conservação.
Existe um hospital exíguo e completamente degradado, muito mal apetrechado, com um único aparelho de radiologia, avariado há dois anos, e com uns serviços de urgência que não funcionam oito horas por dia. Impõe-se pôr termo a este estado de coisas e torna-se necessário concluir o pavilhão anexo, que vai ampliar as instalações desta unidade de saúde, no qual já se investiram 22 000 contos, e só faltam 12 000 contos para a sua conclusão. Espero que o Ministério da Saúde dê resposta positiva e rápida a esta pretensão justíssima.
Não tem havido por parte do Estado nenhum apoio à área cultural, designadamente à Citânia e ao Museu de Sanfins, que funcionam apenas com o apoio do Município, o qual já investiu mais de 10 000 contos. A Estação Arqueológica da Citânia de Sanfins é das maiores da Europa. Deve por isso merecer o apoio do Estado e espero que a Secretaria de Estado da Cultura o venha a fazer.
É imperioso concluir o Complexo Desportivo de Freamunde, no qual já foram investidos 40 000 contos, na compra de terrenos, na construção de muros de vedação, bancada, parque de estacionamento, acessos e passeios. A obra está parada há mais de dois anos, faltando construir mais uma bancada, balneários e serviços sociais, o que importa em cerca de 32 000 contos.
Espero que o Estado, através da Direcção-Geral dos Desportos, dê o apoio indispensável à conclusão deste importante complexo desportivo, fundamental para servir a comunidade no campo desportivo.

O Sr. José Carlos Vasconcelos (PRD): - Muito bem!

O Orador: - Impõe-se ainda em Freamunde a construção do pavilhão industrial para apoio às pequenas e médias empresas e a criação do código postal.
Torna-se ainda necessário construir um parque industrial em Paços de Ferreira, aproveitando, para o efeito, os terrenos baldios da serra, que estão completamente desaproveitados.
A concluir direi que constatámos ainda, na visita que efectuámos a Paços de Ferreira, que o edifício da Câmara Municipal é muito exíguo, havendo falta de instalações para as reuniões dos órgãos autárquicos e para os serviços técnico-administrativos municipais.
Sr. Presidente, Srs. Deputados: Espero que a passagem dos 150 anos do Município de Paços de Ferreira seja um momento importante de reflexão sobre o passado e o presente do concelho, perspectivando assim da melhor forma o seu futuro, abrindo deste modo novos horizontes de desenvolvimento, progresso e bem-estar para a população pacense.
Sr. Presidente, Srs. Deputados: Irei agora focar a realização do 1.º Congresso Nacional de Folclore e Etnografia para Jovens, no qual tive a honra de participar como convidado nas sessões de abertura e encerramento.
O Congresso efectuou-se nos dias 29 e 30 de Novembro e 1 de Dezembro p. p., na freguesia de Arcozelo, concelho de Vila Nova de Gaia, no qual participaram 700 jovens de todo o País e representações das comunidades portuguesas de França e da África do Sul.
Esta iniciativa pertenceu à Federação de Folclore Português e contou com a presença na sessão de abertura do Ministro da Defesa Nacional, Dr. Leonardo Ribeiro de Almeida, e na sessão de encerramento do Secretário de Estado da Juventude, engenheiro Couto dos Santos.
Este Congresso foi uma importante manifestação cultural e uma significativa jornada na defesa da nossa história, valores e tradições.
Durante o Congresso foram apresentados 78 trabalhos focando os seguintes temas: lendas, tradições variadas, loas, danças, rezas e medicina caseira, cantares, instrumentos tradicionais, trajos, tradição oral, testemunhos, provérbios, diligências, construções tradicionais, alfaias, orações e pregões.
O 1.º Congresso Nacional de Folclore e Etnografia para Jovens chegou às seguintes conclusões:

1) Perante o que foi apresentado e debatido, constatou-se que a juventude denota, cada vez mais, uma forte motivação para a pureza, genuinidade e verdade do folclore português, cabendo a esta camada etária o grande papel na recolha e reconstituição, como positivamente demonstrou neste Congresso;
2) Foi declarado e comprovado pelos jovens presentes no Congresso que toda esta motivação em prol do folclore se deve a um trabalho de base abnegado e paciente que a Federação de Folclore Português vem desenvolvendo há mais de dezasseis anos a esta parte junto dos directores, componentes dos grupos folclóricos e população em geral;