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1040 I SÉRIE - NÚMERO 24

Por isso, deixo apenas aqui a minha congratulação e a minha concordância genérica e também absoluta com a intervenção do Sr. Deputado Ferraz de Abreu quanto às questões da poluição que continuam a prejudicar a saúde e o bem-estar das populações do distrito de Aveiro.

O Sr. Cardoso Ferreira (PSD): - Muito bem!

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Lopes Cardoso.

O Sr. Lopes Cardoso (PS): - Sr. Deputado Horácio Marçal, como dispomos de muito pouco tempo, faria apenas uma brevíssima observação.
Para além de outros comentários, houve uma coisa que me chocou na intervenção do Sr. Deputado, quando o Sr. Deputado falou, a propósito do distrito de Aveiro, no desenvolvimento harmonioso desse distrito com base na iniciativa privada. O que aqui foi dito sobre a situação que se vive, nomeadamente no domínio da poluição, é mais do que gritantemente o desmentido desse desenvolvimento harmonioso.

O Sr. Presidente: - Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Horácio Marçal.

O Sr. Horácio Marçal (CDS): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Por dispormos de um tempo muito limitado e até por estar inscrito um colega da minha bancada para uma intervenção, não poderei fazer considerações sobre os pedidos de esclarecimento formulados.
Como, porém, todos eles foram mais ou menos no sentido da congratulação pelas palavras que proferi, com excepção do Sr. Deputado Lopes Cardoso, a que responderei noutra oportunidade, agradeceria apenas as palavras que me foram dirigidas. E oxalá que se consiga resolver com celeridade os problemas da saúde no distrito de Aveiro!

O Sr. Presidente: - Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Henrique da Mata.

O Sr. Henrique da Mata (PSD): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Ocorre em Viana do Castelo a comemoração do centenário do nascimento de Cláudio Basto.
Vulto distinto das letras, foi o maior etnógrafo vianense, deixando para a posteridade investigação e documentação de âmbito nacional que são verdadeiras obras-primas.
Cláudio Filipe de Oliveira Basto nasceu em Viana do Castelo a 23 de Agosto de 1886.
Em 1911, conclui o curso médico-cirúrgico na Faculdade de Medicina do Porto, com a tese «Alma doente (a génese da psicasitenia)», que em 1912 era impressa em Viana do Castelo.
Amante da sua terra e espírito eminentemente pedagógico, leccionou no Liceu de Viana do Castelo quase todas as disciplinas, tanto da área de ciências como da de letras.
Foi ainda professor na escola do ensino normal e na Escola Industrial e Comercial daquela cidade, passando, a seu pedido, para a Escola Industrial de Gaia e, depois, para a Escola Industrial de Faria Guimarães, do Porto.
Nunca exerceu a clínica particular.
Foi, no entanto, médico escolar no Liceu de Viana do Castelo e professor de Higiene e Puericultura da Escola Primária Superior daquela cidade, sendo, nessa qualidade, presidente da Junta Delegada de Sanidade Escolar.
Espírito inquieto e progressista, fundou no Porto - ainda era estudante - com Leonardo Coimbra, Jaime Cortesão e Álvaro Pinto a revista Nova Silva.
Muito novo encetou a sua carreira, que viria a ser brilhante, de etnógrafo e linguista, na revista Lusitana, dirigida por José Leite Vasconcelos.
Fundador das revistas portuenses Portucale e Beliscos e colaborador do mensário O Tripeiro, lançou com João da Rocha várias «Pedradas no charco» do ambiente cultural vianense na Gazeta de Viana, no Ferrão e em duas outras revistas que fundou: a Lusa e a Limia.
Foi redactor dos jornais de Viana O Povo, Folha de Viana e O Minho.
Considerado um dos mais finos camilianistas, escreveu Três Cartas de Camilo, Uma Explicação, Obras de Camilo e Linguagem de Camilo, tendo sido organizador de uma edição modelar de Os Lusíadas.
Autor do primeiro ensaio de geografia linguística, foi também quem primeiro tratou com desenvolvimento científico-analítico alguns capítulos basilares de etnografia, como medicina popular e teatro popular.
Espírito alargado, espraiou-se também pelo campo da literatura de ficção, a partir de 1912, no livro Ironia Galante.
Deixou inúmeros trabalhos dispersos em prefácios, miscelâneas, in memoriam, anuários, jornais e revistas nacionais e estrangeiras e colaborou intensamente na Grande Enciclopédia Luso-Brasileira.
Foi sócio correspondente da Academia de Ciências de Lisboa e pertenceu à Sociedade Portuguesa de Antropologia e Etnologia do Porto; ao Instituto Português de Arqueologia, História e Etnografia; à Sociedade das Ciências Médicas de Lisboa; à Société du Folklor Français de Paris; ao Seminário de Estudos Galegos de Compostela; além de a muitas outras colectividades europeias e americanas.
No dizer de José Leite de Vasconcelos, Cláudio Basto encarou as tradições populares como rigoroso tema de ciências.
E é neste domínio que a sua obra Traje à Vianesa imortalizou o folclore da região de Viana, com grandeza, com saber, com valor.
Sr. Presidente, Srs. Deputados: Acabámos de evocar a memória de um dos mais ilustres Vianenses de sempre.
Fizemo-lo por imperativo de consciência e por entendermos que o nome de Cláudio Basto é digno de ser lembrado neste Parlamento.

Aplausos do PSD, do PS e do PRD.

O Sr. Presidente: - Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Ana Gonçalves.

A Sr.ª Ana Gonçalves (PRD): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: A política de recursos humanos na Administração Pública definida por este Governo, para além de não ser inovadora, pois limita-se a definir como objectivo o aumento da eficiência e eficácia dos serviços mediante a utilização de instrumentos como a mobilidade e a reafectação, mecanismos de gestão de