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100 I SÉRIE - NÚMERO 4

e assumirem uma postura demasiadamente alicerçada tecnicamente e excessivamente articulada com a sistemática necessidade de explicitar profundamente críticas e alternativas. No essencial estas acusações são injustas mas isto dá nos toda a autoridade para exigir a redignificação do debate político e agora que se vai enterrar a querela constítucional relançar a querela doutrinaria e a luta ideológica no seu sentido mais digno Questões como as da inflação da reforma fiscal dos ataques à classe média da manutenção de horizontes cinzentos para a juventude no emprego ou na habitação são acima de tudo questões políticas A ideia de que estas questões não passam de questões técnicas que na paz social e na ausência de combate de ideias serão sempre resolvidas pelos melhores técnicos que na lógica do actual Governo são os seus incondicionais é uma ideia perigosa com aspectos de preocupante autoritarismo.
O Partido Socialista não admitirá que estas questões se discutam em circuito fechado longe da opinião publica fora da vigilância democrática das instituições e dos cidadãos.
O mito dos homens providenciais que nunca se enganam e raramente tem duvidas não necessitou de muito tempo para ser posto em causa. Que a lição dos fracassos de 88 seja aprendida pelo Governo em 89. Que o Governo saiba cumprir a sua missão Nós saberemos honrar a nossa.

Aplausos do PS.

O Sr Presidente: - Para pedir esclarecimentos tem a palavra o Sr. Deputado Joaquim Marques.

O Sr Joaquim Marques (PSD): - Sr. Presidente e Srs. Deputados mais uma vez assistimos a uma intervenção do Sr Deputado Ferro Rodrigues do Partido Socialista que nos faz recordar uma coisa de que por vezes nos esquecemos é que o Partido Socialista lembra se dos trabalhadores lembra se dos reformados lembra se dos funcionários públicos e lembra se ainda das classes médias quando está na oposição.
É pena que quando está no Governo o Partido Socialista seja claramente responsável e facilmente responsabilizado por ter de forma clara causado perdas graves e substanciais do poder de compra dos trabalhadores. É perfeita e facilmente provado que o Partido Socialista quando foi responsável pelo (Governo produziu em termos de poder de compra dos funcionários públicos graves danos que agora são de mais difícil resolução mas que finalmente começaram a ser atacados pelos Governos anterior e presente do Sr. Prof. Cavaco Silva.
Por vezes quando se fala dos salários da função publica diz se que houve aumento de 6 5% e esquece se o que já foi feito este ano nomeadamente em ter mos de valorização da carreira técnica e da carreira técnica superior da função publica e do que também foi feito em termos de valorização da carreira dirigente.
Quando o Sr. Deputado Ferro Rodrigues fala nos reformados e diz que as pensões de reforma são ainda muito baixas em Portugal - fácil é dizê-lo e nós até estamos de acordo com isso - eu pergunto quais foram os governos que efectivamente proporcionaram apesar de tudo aumentos das pensões de reforma a remate superiores à inflação esperada conforme já sucedeu em 1986 e 1987?
Que fez o Partido Socialista quando era responsável pelo Governo relativamente as pensões de reforma dos trabalhadores portugueses reformados? Congelou os aumentos isto é agravou o fosso dos trabalhado rés reformados em relação aos outros trabalhadores e à sociedade portuguesa em geral.
Pergunto ainda ao Sr Deputado Ferro Rodrigues se temos de ter uma interpelação de três em três meses do Partido Socialista para vir aqui dizer que se lembra agora dos reformados das classes médias etc, etc. Mas afinal o que é que o Partido Socialista fez quando foi Governo? Diga nos Sr Deputado algo sobre isso.

Aplausos do PSD.

O Sr Eduardo Pereira (PS): - Tem de perguntar para o Brasil ao Amândio de Azevedo.

Risos do PS.

O Sr. Presidente: - Para responder tem a palavra o Sr. Deputado Ferro Rodrigues.

O Sr Ferro Rodrigues (PS): - Sr. Deputado já hoje de manhã o Sr Deputado Vítor Constâncio de forma bastante brilhante e que me dispenso de comentar respondeu à demagogia contida nas comparações entre o período de 1983/85 e o período de 1987/88 Não vou portanto insistir num ponto que já teve a devida rés posta esta manha Aliás até me parece de baixo nível o facto de voltar a ser colocado nesta sala no período da tarde.
Fico porém muito satisfeito por verificar que a bancada do PSD está de acordo com as propostas que são feitas neste momento pelo Partido Socialista para uma melhoria actual e futura da situação dos pensionistas e reformados Veremos se depois na altura em que estes projectos forem debatidos na Assembleia a sua bancada honra essa posição.

Vozes do PS - Muito bem!

O Sr Presidente - Para uma intervenção tem a palavra o Sr Deputado Silva Lopes.

O Sr. Silva Lopes (PRD): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Ao contrário do que por vezes parece fazer se crer a política económica e financeira do Governo continua a ser facilitada por factores externos extremamente favoráveis.
O preço do petróleo quando medido em relação ao preço médio das exportações tem correspondido ultimamente a menos de 1/3 do nível de há quatro anos.
O dólar continua bastante depreciado em relação aos níveis atingidos em 1985.
Os termos de troca continuam a evidenciar uma melhoria de mais de 15% em relação a 1984.
A taxa de juro média sobre a divida externa desceu apreciavelmente desde 1984 até 1987.
A procura internacional continua a expandir-se a um ritmo muito satisfatório.
A adesão à CEE continua a produzir efeitos estimulantes apreciáveis sobre as nossas exportações.
E finalmente o montante dos recursos de que o País dispõe para consumo e investimento continua a ser beneficiado por transferências financeiras pró ementes (da CEE que há 3 anos não existiam mas que em 1988