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106 I SÉRIE - NÚMERO 4

social existentes a redução dos salários em atraso a redução do trabalho em condições ilegais etc São factos perfeitamente claros e demonstrativos da saúde da nossa economia demonstrativos do crescimento económico e do bem estar da família que temos vindo a experimentar.
Naturalmente no funcionamento da economia não há só rosas e êxitos E não os há efectivamente porque a concretização própria dos objectivos fundamentais implica a utilização de acções de sinal contrário A metodologia a seguir para atingir uma baixa de desemprego conflitua com a metodologia a aplicar para a redução da inflação O crescimento económico que temos tido gera necessariamente tensões inflacionistas e de consumo nada virtuosas.
A coexistir com os êxitos que temos registado - e são reconhecidamente nas áreas prioritárias - há que admitir naturalmente resultados de menos sucesso noutras áreas.
Feita esta reflexão critica sobre o passado impõe se a análise do futuro.
Ao contrário do que sucedia num passado não muito distante o nosso futuro económico não só não está hipotecado como se apresenta promissor na medida em que saibamos perseverar no caminho percorrido introduzindo os impulsos que o evoluir da economia aconselham.
O momento é adequado porque estamos de novo perante a análise e discussão de um Orçamento do Estado.
O País tem de continuar na adequada senda do crescimento económico com o correspondente permanente aumento do bem estar das famílias. As tensões inflacionistas e de consumo exagerado terão de ser contra nadas Um factor primário gerador destas tensões é o défice orçamental que tem de ser disciplinadamente reduzido como se verifica no Orçamento de Estado de 1989 onde a sua percentagem no produto interno se fica pelo 78% ou 75% do mesmo.
O outro factor altamente constrangedor)do nosso progresso económico e social é o volume dos juros que temos de pagar pela dívida Prevê se um esforço sensível para reduzir a divida aproveitando os recursos extraordinários por exemplo aqueles gerados pelas privatizações.
Basta reflectir no montante dos juros para 1989 cerca de 500 milhões de contos para verificarmos que o orçamento seria superavitário sem juros.
As bases do desenvolvimento tem de se consolidar. O atraso do País é em grande parte devido à carência de infra estruturas por um lado e à falta de dinamização e diversificação do tecido industrial por outro.
Ambas as vertentes são contempladas com prioridade no Orçamento no que respeita às infra estruturas (e falar de infra estruturas não é só falar de estradas por tos e vias férreas mas também falar dos sistemas de comunicação e outros sistemas catalizadores do progresso) continua com o apoio da CEE o esforço acelerado da sua implantação Mas convém recordar nunca é demais que não trata só de verbas da Comunidade o Orçamento do Estado o País tem de dispor das contrapartidas adequadas a essa execução.
O apoio à modernização e diversificação do tecido industrial é outra acção prioritária a que correspondem igualmente um esforço grande no Orçamento não há memória de incentivo financeiros ao investimento semelhantes aos que existem actualmente e se prevê que continuem a existir no futuro.
As preocupações evidenciadas nas áreas da educação e da saúde são demonstrativas do correcto rumo assumido pelo Governo para o próximo ano.
A presente interpelação do PS ao Governo sobre política económica tem o mérito de nos permitir fazer perante o País mais uma vez uma análise de confiança e de esperança salientar os êxitos que se obtiveram cumprindo rigorosamente uma política económica de desenvolvimento e progresso mas simultaneamente de disciplina orçamental e ainda o de mencionar e chá mar à atenção do povo português para as consequências que uma forte política de desenvolvimento acarreta nas vertentes da procura do consumo da inflação e finalmente o mais importante ainda o de referir em traços gerais as linhas mestras da política económica para 1989 mencionando as áreas em que se reforçarão e consolidarão as linhas de rumo que vinham a ser seguidas bem como aquelas em que se introduzirão algumas correcções aconselhadas pelo evoluir da situação economia interna e externa.
O povo português saberá compreender as nossas razoes e partilhará certamente da nossa esperança na continuação do progresso do Pais que é o mesmo que dizer do bem estar dos cidadãos.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: - Estão inscritos para pedir esclarecimentos os Srs. Deputados Octávio Teixeira e Carlos Lilaia. Tem a palavra o Sr. Deputado Octávio Teixeira.

O Sr. Octávio Teixeira (PSD): - Sr. Deputado Guido Rodrigues o esclarecimento que quero pedir lhe será muito breve Tanto quanto me recordo - não tenho aqui o texto à frente - a interpelação que esta mos hoje a discutir aparece designada como sendo uma interpelação incidindo sobre a inflação e Sr. Deputado Guido Rodrigues no pleno uso dos seus direitos fez uma intervenção que fala sobre tudo e mais alguma coisa excepto sobre uma não fala sobre a inflação e o que pretende saber e porque?

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados o Partido de Os Verdes cedeu o tempo ao PRD e portanto nesse tempo e para pedir esclarecimentos tem a palavra o Sr Deputado Carlos Lilaia.

O Sr. Carlos Lilaia (PRD): - Sr Deputado Guido Rodrigues ouvi naturalmente a sua exposição com todo o interesse que as suas intervenções sempre suscitam e depois de ter assistido aqui ao debate entre V. Ex.ª e o Sr Deputado Silva Lopes fiquei um pouco com a ideia de que V. Ex.ª reconhecera agora na sua intervenção que a meta de 6% programada para a taxa de inflação no próximo ano no ano de 1989 não seria possível de atingir.
Esta é uma observação mas a pergunta concreta mente é esta penso que um dos grandes resultados da interpelação que hoje aqui está a ter lugar é o de que passa aqui pelo conhecimento e pelo debate da Câmara a impossibilidade de em 1989 termos uma taxa de inflação de 6% Este é um dos resultados arquivo cos deste debate e sobre isso não haverá grandes duvidas.
Sendo assim gostaria de saber se o Sr. Deputado Guido Rodrigues pertencendo ao partido que apoia