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110 I SÉRIE - NÚMERO 4

um objectivo ele é normalmente desmentido dois ou três anos depois. Nunca se engana nisso.
O Sr. Ministro das Finanças atirou-se de tal forma ao emprego que nos próximos dois anos o emprego em Portugal vai diminuir.
Sempre tem sido assim quando o Sr. Ministro das Finanças promete alguma coisa porque é que agora não iria ser?
Entretanto estará vaga a pasta das Finanças e proceder se á à troca Emprego Finanças o que já foi feita prematuramente pelo Sr. Ministro, das Finanças.

Risos do PS.

Entretanto reassumiu a presidência a Sr. Vice Presidente Manuela Aguiar.

A Sr.ª Presidente: - O Sr. Ministro deseja responder já ou no fim?

O Sr. Ministro do Emprego: - No fim Sr Presidente.

A Sr.ª Presidente: - Para pedir esclarecimentos tem a palavra o Sr. Deputado Rogério Moreira.

O Sr. Rogério Moreira (PCP): - Sr. Ministro, as novidades que nos chegam com V. Ex.ª que não só pintou aqui um quadro cor de rosa como até foi capaz de dizer à Camará que as questões do Emprego são tratadas pelo Sr. Ministro das Finanças que já as explicou detalhadamente.
Esperemos então por outra intervenção do Sr. Ministro das Finanças para que nos diga que as questões das Finanças irão ser tratadas detalhadamente pelo Sr. Ministro do Emprego e da Segurança Social.
Verificamos que se processa uma troca de pastas entre os Srs. Ministros das Finanças e do Emprego e da Segurança Social sempre que isso dá algum jeito.

O Sr. Ministro do Emprego e da Segurança Social: - O Sr. Deputado não esteve presente na Câmara esta manhã.

O Orador: - Sr. Ministro é impressionante que tenha fazer um discurso tão pintado de cor de rosa pois até se sabe por alguns elementos referendos no Relatório do Banco de Portugal a que o Sr. Deputado João Cravinho aludiu que tem vindo a aumentar, no nosso país aquilo que se designa pela precarização mais escandalosa do emprego.

O Sr Ministro das Finanças: - Dá-me licença que o interrompa Sr. Deputado?

O Orador - Faça favor Sr. Ministro.

O Sr. Ministro das Finanças: - Sr Deputado desculpe a minha pergunta mas o Sr. Deputado esteve presente na Câmara esta manhã?

Uma voz do PSD - Esta a dormir!

O Orador: - Sr. Ministro já lhe respondo!

O Sr. Ministro das Finanças: - Sr. Deputado desculpe se a pergunta e indiscreta mas decorre do que V. Ex.ª afirmou há pouco.

O Orador: - Não Sr. Ministro a pergunta não é indiscreta? A afirmação que o Sr. Ministro do Emprego fez há pouco é que foi bastante indiscreta.

Protestos do PSD.

Mesmo que o Sr. Ministro das Finanças tivesse adiantado alguns elementos sobre aquilo que o Governo considera ser a evolução do emprego não faz qualquer sentido que numa intervenção do Sr. Ministro titular da pasta do Emprego, e da Segurança Social se diga que o tema do Emprego já foi tratado detalhadamente que nada sobre ele tenha a dizer se e ainda que não se fale da precaridade do emprego nem das consequências do pacote laboral em relação à situação do emprego nem do desemprego nem de outros aspectos importantes.

Protestos do PSD.

O Sr. Ministro das Finanças: - Sr Deputado permite-me que o interrompa?

O Orador: - Faça favor Sr. Ministro.

O Sr. Ministro das Finanças: - Sr. Deputado pelo seu silencio perante a minha pergunta ou pelo seu desconhecimento perante o que eu disse hoje de manha concluo que o Sr. Deputado não esteve na Camará ou mesmo que tenha estado esteve física mas não mentalmente.

O Sr. José Magalhães (PCP): - Isto é o que se chama uma intervenção bizarra.

O Orador: - Sr. Ministro e Ex.ª é de concluir aquilo que bem entender. No entanto não adianta muito ao debate.
Gostaria de perguntar ao Sr. Ministro do Emprego e da Segurança Social o que é que tem a dizer sobre a evolução dos contratos a prazo e sobre o conjunto das formas de precarização do emprego a que somos forçados a assistir.
Esta questão não pode ser considerada como uma daquelas que podem pura e simplesmente estar ausentes das palavras do Sr. Ministro do Emprego e da Segurança Social quando se dirige a esta Câmara. E não pode o Sr. Ministro desculpar se vindo dizer que a Assembleia não gosta tanto assim de ouvir números.
Não se trata de ouvir números mas de ouvir esses números com rigor com certeza e com o mínimo de validade. Mas nesse domínio o Governo tem sido useiro e vezeiro em adulterar os números. As estatísticas sobre o Emprego tem vindo a considerar como empregados um conjunto de jovens OTJ em formação profissional. Isto é uma completa falsidade que de uma vez por todas os senhores tem de assumir como tal Saliento a propósito desta matéria o relatório do Instituto do Emprego e Formação Profissional relativo ao fano em curso onde esta conclusão é comprovada Por outro lado! Srs. Ministros não dizem uma única palavra sobre o pacote laboral o que é que se passa? É a táctica do Governo? O pacote laboral já não é a reforma das reformas? Como já está ganha - da forma como foi aqui na Assembleia da República - a batalha do pacote laboral e da autorização legislativa o Governo agora escondei o f pacote