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1224 I SÉRIE - NÚMERO 34

Será por isso que V. Ex.ª convida o Ministério da Saúde a fechar os hospitais, os centros de saúde e todas as outras estruturas de saúde?
E gostaria ainda de saber se o Sr. Deputado com esta lista de medicamentos ou com outra é capaz descurar a psoríase.

O Sr. Vidigal Amaro (PCP): - Peço a palavra, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - É para interpelar a Mesa, Sr. Deputado?

O Sr. Vidigal Amaro (PCP): - Não, Sr. Presidente! O Sr. Deputado Luis Filipe Menezes, na intervenção que fez há pouco, referiu o meu camarada Fernando Gomes, mas a referência era-me dirigida, porque fui eu que disse: «santa ignorância» quando o Sr. Deputado se referia às vitaminas.
Por esta razão, peço a palavra para exercer o direito de defesa da honra.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra, Sr. Deputado.

O Sr. Vidigal Amaro (PCP): - Sr. Presidente, na intervenção do Sr. Deputado Luís Filipe Menezes podem considerar-se dois momentos: no primeiro, o Sr. Deputado disse que toda a gente desaconselhava as vitaminas às crianças - até os pediatras não as aconselhavam. E a propósito disso manifestei a expressão: «santa ignorância».
Posteriormente, o Sr. Deputado referiu também que, as vitaminas C e D eram necessárias.
Assim, conclui-se que as vitaminas sempre são necessárias para a profilaxia de determinadas doenças!
Eis a razão que me levou-a dizer: «santa ignorância».
No entanto, retiro a expressão, pois se a referi não foi com intenção de chamar ignorante ao Sr. Deputado, foi apenas uma maneira de dizer.

O Sr. Presidente: - Para dar explicações se o desejar, tem a palavra o Sr. Deputado Luis Filipe Menezes.

O Sr. Luís Filipe Menezes (PSD): - Sr. Deputado Vidigal Amaro, devo dizer-lhe que V. Ex.ª ouviu mal.
Com efeito, na intervenção que fiz há pouco disse que os polivitamínicos não eram necessários e V. Ex.ª, porque ouviu mal, chamou-me ignorante, e com toda a razão, pois se, de facto, eu tivesse referido a palavra vitaminas era ignorante.
No entanto, V. Ex.ª, no seguimento da minha intervenção, poderia ter constatado que hão se tratava de ignorância, uma vez que referi quê as vitaminas C e D eram indispensáveis, e essas, casualmente, são comparticipadas pelo Estado a 100%.

Risos do PSD.

A Sr.ª Natália Correia (PRD): - Peço a palavra, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - A Sr.ª Deputada Natália Correia pede a palavra para interpelar a Mesa?

A Sr.ª Natália Correia (PRD): - Não, Sr: Presidente, é para. pedir esclarecimentos ao Sr:. Deputado João Rui de Almeida.

O Sr. Presidente: - Não pode, Sr.ª Deputada!

A Sr.ª Natália Correia (PRD): - Porquê, Sr. Presidente?

Risos gerais:

O Sr. Presidente: - Porquê a Sr.ª Deputada não se inscreveu há altura devida, que seja, durante ou logo após a intervenção do Sr. Deputado João Rui de Almeida. Entretanto, outras figuras regimentais foram utilizadas pelos Srs. Deputados e, neste momento, a Mesa só poderia conceder a palavra à Sr.ª Deputada para uma intervenção.

À Sr.ª Natália Correia (PRD): - Sr. Presidente, é para uma intervenção muito breve.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Natália Correia (PRD): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Sendo forçada a fazer uma intervenção, ela vai ter que ser muito breve, pois é apenas para manifestar, mais uma vez, a minha estranheza ao verificar que a questão da Europa se está a transformar num cómodo «nariz de cera», para justificar muitas injustiças sociais, que se praticam no nosso país.
A verdade é que no caso vertente - e a propósito do que disse um Sr. Deputado do PSD - não podemos comparar a indigência económica de grande parte da população portuguesa, com o nível de vida que têm os reformados que precisam de ter acesso a esses medicamentos, com os salários das pessoas dessa Europa que nos está a servir, sistematicamente, de exemplo para praticar: as piores injustiças sociais.

Vozes do PRD, do PS e do PCP: - Muito bem!

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado João Rui de Almeida, a Mesa apresenta-lhe desculpas por não lhe ter concedido a palavra na altura devida no sentido de V. Ex.ª dar resposta aos pedidos de esclarecimento formulado?
Com efeito, verificou-se uma precipitação da Mesa ao dar a palavra em primeiro lugar à Sr.ª Deputada Natália Correia.
Mas tudo começou com um pedido de. defesa da honra intercalado entre pedidos de esclarecimento, que, nos termos regimentais, tem prioridade.
Tem agora a palavra o Sr. Deputado João Rui de Almeida.

O Sr. João Rui de Almeida (PS): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Em primeiro lugar, gostaria de salientar que, há pouco, enquanto eu falava o Sr. Secretário de Estado «tocava violino».
A partir deste momento, ficamos com mais um dado acerca do Sr. Secretário de Estado o de que tem jeito para muita coisa e também para tocar violino.

Risos.

Em relação aos pedidos de esclarecimento dos Srs. Deputados António Bacelar e Luís Filipe Menezes, gostaria de dizer que os Srs. Deputados mais uma vez demonstraram que o importante são os cifrões, pois os doentes. São uma «chatice».