O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

31 DE MARÇO DE 1989 1961

O Sr. Vidigal Amaro (PCP): - Sr. Presidente, peço a palavra para interpelar a Mesa.

O Sr. Presidente: - Faça favor, Sr. Deputado.

O Sr. Vidigal Amuro (PCP): - Sr. Presidente, o Grupo Parlamentar do PCP fez uma pergunta ao Ministério da Saúde sobre o problema que está em discussão, a fim de esta ser respondida na sessão que terá lugar amanhã.
Interpelo a Mesa no sentido de saber se a esta hora a Mesa já tem resposta sobre se a Sr.ª Ministra da Saúde vem responder a essa pergunta.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado Vidigal Amaro, informo-o de que vai ser distribuído o texto das perguntas em relação às quais o Governo vai responder e que o Governo não vai responder a essa pergunta, mas a uma outra...

Vozes do PCP: - Ah!

O Orador: - ..., do PCP, sobre a situação da pobreza em Portugal.

O Sr. Carlos Encarnação (PSD): - Peço a palavra, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Para que efeito, Sr. Deputado?

O Sr. Carlos Encarnação (PSD): - Sr. Presidente, é apenas para agradecer a amabilidade do Sr. Deputado António Guterres e para dizer que, de facto, não estou aqui para gerir os interesses do PS. Ele, com toda a certeza, será muito mais capaz disso e fá-lo-á muito melhor do que eu.
De qualquer maneira, gostaria de dizer...

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado Carlos Encarnação, está a interpelar a Mesa, não é verdade?

O Orador: - Sim, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Então, faça favor.

O Orador: - V. Ex.ª adivinhou o meu pensamento.
O que quero dizer é que o Sr. Deputado do Partido Socialista que me antecedeu no uso da palavra fez variadíssimas afirmações, ou seja, de cada vez que fazia uma intervenção, um pedido de esclarecimento ou dava uma explicação fazia uma invenção diferente: começou pela sonegação e acabou na autoria do inquérito. É isso que quero deixar esclarecido.
De cada vez que tentava fazer uma intervenção falava de coisas completamente diferentes. Tanto assim é que, em relação a cada afirmação que acabei de fazer, Sr. Presidente...

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado Carlos Encarnação, interpelar sim, mas, perdoar-me-á, não abusar.

O Orador: - Estou a dirigir-me a V. Ex.ª, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Faça favor.

O Orador: - Como eu estava a dizer, de cada vez que eu fazia uma intervenção, a intervenção anterior do Sr. Deputado do Partido Socialista ficava perfeitamente precludida, porque a verdade era reposta.

Daí que eu, nesta altura, não tenha mais nada a dizer, não tenha de intervir mais e deixe ao Partido Socialista a gestão do seu tempo e dos seus interesses, como lhe compete.

Protestos do PS.

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, informo de que neste momento se vai dar início a uma reunião da Comissão de Regimento e Mandatos.
Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Jorge Lemos.

O Sr. António Guterres (PS): - Peço a palavra, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Para que efeito, Sr. Deputado?

O Sr. António Guterres (PS): - Sr. Presidente, é apenas para pedir a V. Ex.ª o favor de, logo que esteja pronta a acta desta sessão, esta ser imediatamente enviada ao Sr. Deputado Carlos Encarnação para que ele possa constatar que o meu colega de bancada disse sempre as mesmas coisas.

Vozes do PS: - Muito bem! Vozes do PSD: - Não disse não!

O Sr. Presidente: - Tentar-se-á, Sr. Deputado. Sr. Deputado Jorge Lemos, tem a palavra, para uma intervenção, e queira desculpar a interrupção.

O Sr. Jorge Lemos (PCP): - Sr. Presidente, nada tenho de desculpar. Penso que o debate que aqui se travou foi extremamente esclarecedor. Pena é que a bancada do PSD, nas intervenções que vai fazendo, não esclareça as verdadeiras razões que o levam a ocultar, pelo menos perante esta Casa e perante a opinião pública, o que se passa no Ministério da Saúde!

Protestos do PSD.

Sr. Presidente, Srs. Deputados: Já aqui foi dito que o modo como retomamos hoje a análise deste conjunto de projectos de lei não poderá deixar de ser considerado, pelo menos, estranho.
Todos estaremos recordados de que, em 17 de Novembro do ano passado, aqui realizámos um debate, na generalidade, sobre esta matéria, não tendo, contudo, havido lugar a qualquer votação, porquanto o PSD solicitou a baixa à comissão destes projectos de lei, com vista a uma nova apreciação e à apresentação das suas próprias iniciativas e dos seus textos alternativos e devo dizer que tenho presente a intervenção feita na altura pelo Sr. Deputado Carlos Encarnação.
Pois bem, mais de quatro meses são volvidos, nem mais um passo foi dado e todos continuamos na expectativa de conhecer os pontos de vista do PSD. Esperamos bem que este novo debate permita, pelo menos, levantar a ponta do véu do pensamento dos nossos colegas que nesta Casa tão lestos se mostram a apoiar o Governo.