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4796 I SÉRIE-NÚMERO 98

todas as pátrias que falam o português e se perante o eventual praticamente certo colapso da proposta que conhecíamos entende estarem criadas condições que justifiquem um qualquer reacender de guerras púnicas frequentemente descomedidas que não beneficiam nada nem ninguém.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra para pedir esclarecimentos o Sr. Deputado Silva Marques.

O Sr Silva Marques (PSD): - Sr.ª Deputada Edite Estrela não vou tomar partido pela Comissão Nacional da Língua Portuguesa ou pela Academia das Ciências Não porque tenha algo contra as academias. Muito pelo contrário sou a favor das academias Sobretudo quando elas são boas Não vou no entanto agora tomar qualquer partido Não tenho que toma Io e mais que isso muitos especialistas acham mesmo que não deveria haver acordo ortográfico.
Esta necessidade de tomar partido pelo acordo ortográfico em virtude do acto legislativo que aqui se está a verificar talvez seja o resultado da condicionante de sermos o orgão legislativo.
Há no entanto outra hipótese que é afirmada por aqueles que até acham que não tem de haver acto legislativo Deixo porem isso à vossa consideração.
Queira apenas formular algumas observações políticas relativamente à intervenção da Sr.ª Deputada cujos objectivos e preocupações são de acolher e de aplaudir defender à língua portuguesa.
Para defender a língua portuguesa referiu a Sr.ª Deputada sobretudo dois instrumentos o tal acto legislativo e a promoção do português como língua oficial em diversas instancias Ora este ultimo instrumento representa um acto orçamental que também é nosso na medida em que podemos fazer alterações ao Orça mento.
Defendeu ainda a Sr.ª Deputada outras generalidades Sr.ª Deputada se os problemas do Pais e, da língua portuguesa se resolvessem com generalidades há muito tempo já que não teríamos problemas. A vossa boa vontade e grande mas a nossa não é menor. Por isso permito me perguntar lhe parafraseando a Sr Deputada e agora Edite?
Disse a Sr.ª Deputada ir apresentar na Mesa um projecto de resolução com catorze alíneas. Eu guardo o meu e agora Edite? para depois de ler essas catorze alíneas Só lastimo que a Sr Deputada não nos tivesse poupado o trabalho de ter de ir buscar à Mesa o seu projecto de resolução Poderia antes te Io distribuído por todos os grupos parlamentares.

O Sr. José Magalhães (PCP): - Preguiçoso!

O Orador: - Temo que no fim da leitura das cartoze alíneas tenha de parafraseando a dizer e agora Edite?
Sr.ª Deputada no Conselho da Europa por exemplo nós delegação portuguesa - e numa base inter partidária - temos feito diligências para nele introduzir o português Só que isso custa dinheiro muito dinheiro A tal ponto que muitos outros países com tanta dignidade como nós não o fazem Cito lhe a Dinamarca a Suécia a Noruega Nenhum desses pai sés ate hoje decidiu pagar o custo da introdução da sua língua nesse organismo.
Aconteceu mesmo ai nesse sentido uma iniciativa que pode ser uma sugestão Um conjunto de peque nos países associou se para pagar as despesas da ver são da língua apenas num sentido isto é de apenas meia versão.
Essas coisas custam dinheiro Sr.ª Deputada. Por isso as suas generalidades não nos resolvem o pró blema que nada mais é do que um refugio do PS.
Já disse num debate com um seu colega que se o problema é de saber quem são os bonzões e quem são os mauzões nós somos os maus e os senhores são os anjos de asas brancas que esvoaçam no além etéreo.

Aplausos dos deputados do PS Antónia Guterres e Jorge Lacão.

O Orador - Muito bem! Sobretudo aplaudam o "além etéreo".
Vou no entanto aguardar a leitura das suas catorze alíneas para depois lhe perguntar ou não e agora Edite?

O Sr. Presidente: - Para pedir esclarecimentos nem a palavra a Sr.ª Deputada Natália Correia

A Sr.ª Natália Correia (PRD): - Sr.ª Deputada Edite Estrela hoje a língua portuguesa é um património que abrange diversas culturas não podendo por isso mesmo comparar se à dinamarquesa. Sou inteiramente solidária com o teor do seu discurso.
Na verdade isso responsabiliza nos como detentores da língua matricial que passou a ter um alcance pluricultural. Mas e conhecida a contribuição dos escrito rés e dos poetas que tanto enriqueceram a plasticidade da nossa língua
Sr.ª Deputada perante este contributo valioso não lhe parece que na política ortográfica na qual se insere o novo projecto e se instalam conflitos que compro metem o objectivo superior do acordo os recriadores da língua deviam ter uma intervenção de maior peso e que não tem? Não acha ainda que se subestima a Galiza quando ela desde o inicio foi um elemento integrante da nossa literatura e da língua portuguesa?
São estas as questões que lhe coloco e sobre as quais gostaria de ser esclarecida.

O Sr. Presidente: - Para pedir esclarecimentos tem a palavra o Sr. Deputado Carlos Lélis.

O Sr. Carlos Lélis (PSD): - Sr.ª Deputada Edite Estrela que nunca lhe doam as mãos por lutar por uma boa causa!

O Sr. Narana Coissoró (CDS): - Muito bem!

O Orador: - No entanto como apoio lateral ainda em abstracto gostaria de recordar lhe as preocupações que avancei ou seja que arrumei com algum tempo e com alguma demora durante os trabalhos de uma reunião alargada da Comissão de Educação Ciência e Cultura na qual obtive a aceitação de várias frentes - e lembro até a posição crítica do Sr Deputado Jorge Lemos pois como sabemos a critica é uma forma paradoxal de exprimir o apoio a um assunto - para além da guerra verbal e da oportunidade política