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25 DE JANEIRO DE 1991 1125

mais próximo das suas residências, locais onde possam ser atendidos, pelo que as populações de Odivelas. Rio de Mouro, Alverca, Póvoa de Santa Iria, Torres Vedras, Cascais, Bairro Azul, Olivais, Marvila e Algas, certamente, não pensam como o Partido Socialista.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: - Para responder, se assim o desejar, tem a palavra o Sr. Deputado Rui Cunha.

O Sr. Rui Cunha (PS): - Srs. Deputados António Bacelar, Nuno Delerue, Silva Marques e Luís Filipe Meneses, agradeço as questões que me colocaram, uma vez que elas soo a maior demonstração da justeza da minha intervenção e dos problemas importantes com que a população se vê confrontada. De Tacto, a prava disto mesmo está na agitação que se fez sentir na bancada do PSD. Esta é a maior justificação da justeza da minha intervenção e das questões que aqui coloquei.

Vozes do PS: - Muito bem!

O Orador: - Em primeiro lugar, devo dizer que se os senhores ouviram a minha intervenção com atenção, devem ter percebido eu dizer que estava de acordo com a teoria expendida pelo Sr. Ministro e pelo programa radiofónico diário que o Governo suporta e que representa seis minutos diários de antena na rádio.
Estou de acordo com a teoria, mas para a população 6 grave que a prática seja exactamente o oposto da teoria. Se, efectivamente, o programa se destinasse à educação da saúde dos Portugueses, seria útil despender dinheiro em 6,20,30 ou mesmo mais minutos num programa de rádio, mas, neste caso, o dinheiro 6 malbaratado porque os Portugueses, na prática, vão constatar que estão a ser vítimas de um logro e que o que lhes estão a dizer 6 exactamente o oposto da prática deste Governo.

Vozes do PS: - Muito bem!

O Orador: -Este é que é o como da questão. Quanto à teoria, estou perfeitamente de acordo e se, amanhã, a prática vier a corresponder à teoria, serei o primeiro a vir aqui louvar a acção do Governo.

Vozes do PS: - Muito bem!

O Orador: - Sr. Deputado Silva Marques, de facto, não tenho nada contra os spots que estão a passar na televisão avisando as populações do encerramento para obras da Maternidade Alfredo da Costa e dos locais onde se devem dirigir. Não tenho nada contra isso, como também não posso ter nada contra e os senhores lambem não que a Câmara Municipal de Lisboa informe que há novos sentidos de circulação nas «Avenidas Novas», mas a questão não se coloca em termos de existirem ou não spots informativos, mas na desinformação. Essa 6 que 6 a grande questão!

Vozes do PS: - Muito bem!

O Orador: - Quando nos dizem que os cuidados primários melhoraram extraordinariamente, devo dizer que, de facto, é fácil dizer isto neste hemiciclo, mas vão os senhores dizer isso àqueles idosos e reformados que às
quatro e cinco horas da manhã, se deslocam para a bicha dos centros de saúde, em Lisboa. A esses é que devem ir dizer isso, pois eles é que sabem se o sistema melhorou ou piorou.

Aplausos do PS.

Com efeito, Srs. Deputados, acabaram as visitas domiciliárias e os senhores não são capazes, sequer, de implementar um simples sistema telefónico, com telefones para receber chamadas apenas, para que, nos dias de Inverno, os idosos não sejam obrigados a levantarem-se de madrugada para irem para a bicha marcar uma consulta que só se concretizará dois meses mais tarde. Esta é que é a grande questão!

Vozes do PS:-Muito bem! Protestos do PSD.

O Orador: - Srs. Deputados, na verdade, o Inferno está cheio de boas intenções! Os Srs. Deputados continuam a dizer que o Governo está a implementar, o Governo está a implementar, o Governo está a implementar...! O Governo passa a vida a implementar, mas nós nunca mais conseguimos ter uma noção do que 6 que o Governo implementa, nem nunca mais conseguimos observar a execução dessas implementações. E na área da saúde têm implementado tanto e tão bem que até este Parlamento foi obrigado a criar uma comissão de inquérito para Fiscalizar essa implementação.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: - Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado António Vairinhos.

O Sr. António Vairinhos (PSD): - Sr. Presidente, Sr.ªs e Srs. Deputados: O Algarve tem vivido, nas últimas décadas, um surto de crescimento económico incontrolado.
Apesar de alguns aspectos negativos gerados pela falta de planeamento físico, é, no entanto, evidente o inegável contributo que a região tem dado à nossa balança de pagamentos, através do produto turístico, o qual, actualmente, ultrapassa os 200 milhões de contos/ano.
No entanto, estão ainda próximos os tempos em que esta região era sistematicamente esquecida pelos governos sucessivos. Estamos em crer que passou o tempo em que os governantes só falavam do Algarve em tempo de férias.
E patente o esforço de planeamento e investimento que o actual Governo desenvolveu nos últimos anos. Obras fundamentais, que a população algarvia reclamava, desde há várias décadas, são hoje uma realidade.
Para despertar os acrílicos acéfalos, e sem pretender ser exaustivo, citarei alguns exemplos: a Ponte Internacional sobre o Rio Guadiana; a nova gare do Aeroporto de Faro; a melhoria da EN 125; a instalação da Universidade do Algarve; o Conservatório Regional de Música; as obras nos portos de Lagos, Portimão, Olhão e Vila Real de Santo António; a via longitudinal do Algarve; o sistema Odeleite-Beliche e Funcho-Odelouca, com a implementação dos respectivos perímetros de rega; a ampliação da rede de ensino preparatório e secundário; a reflorestação da serra Algarvia; a ampliação da rede de equipamentos de saúde e de segurança social; a elaboração do plano regional de ordenamento do território; o programa de recuperação do património cultural, etc.