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166 I SÉRIE - NUMERO 7

Ora bem, todos os empresários, os trabalhadores, que são os que, logo na segunda linha, cada vez mais sofrem os mesmos efeitos, a população em geral, começam a aperceber-se disto. $ uma crise de natureza diferente da crise de 1983, porque a de 1983 foi motivada por uma bancarrota devido às políticas irresponsáveis da Aliança Democrática, ...

Vozes do PS: - Muito bem!

O Orador: - ... que empurraram este país para um défice externo da ordem dos 13 % do PIB, o que é uma coisa verdadeiramente intolerável em qualquer país digno
desse nome.

Vozes do PS: - Muito bem!

O Orador: - E por causa disso, houve uma crise, gravíssima, financeira no País e a necessidade de se aplicarem medidas de austeridade. Esta crise é de natureza
diferente, induzida por política.; macro-económicas sobre o tecido produtivo, pelo que tem, por isso, remédios diferentes, mas é também uma crise e não quer ser esquecida.
Quanto à história dos pecadores, devo dizer que o grande mal deste Governo é ser um pecador que não se confessa.

Risos do PS.

15to é, perante a evidência dos seus pecados, ele chega aqui ao confessionário e diz «Eu matei, mas foi bem morto! Eu roubei, mas foi bem roubado!».

Risos do PS.

É esse o grave problema deste Governo. Devia ser um pecador que se confessasse. Talvez até merecesse perdão!
Como não se confessa tem o destino que já sabe!
Mas a grande questão tem a ver com o facto de o nosso Primeiro-Ministro ter tilo sempre uma enorme tendência para copiar as políticas que vêm de Inglaterra.
Começou por ter uma grande sedução intelectual pela Sr.ª Thatcher e, mais tarde - não vou agora usar a palavra sedução -, começa a verificar-se uma identidade
muito interessante entre o actual discurso do Governo e os discursos de John Major e de Norman Lamont, antes de terem baqueado perante os especuladores internacionais.
Diziam, mais ou menos, a mesma coisa!
Só espero que não aconteça a Portugal o mesmo que aconteceu à Inglaterra.

Aplausos do PS.

O Sr. Silva Marques (PSD): - Sr. Presidente, peço a palavra para exercer o direito de defesa da consideração.

Risos do PS.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra, Sr. Deputado.

O Sr. Silva Marques (PSD): - Sr. Presidente,

Srs. Deputados socialistas, de facto, não haveria rio para Ricos do PS.
exercer o direito de defesa da consideração se o Sr. Deputado António Guterres não tivesse, por um momento de fragilidade, desnecessário, introduzido, de forma infeliz, permita-me que lhe liga, aspectos pessoais, visto tê-lo questionado, como sabe, com seriedade mas não de forma casmurra, tal como o Sr. Deputado respondeu com alguns comentário irónicos, sem que a sua resposta tivesse deixado de ser séria. Então, para quê introduzir, de forma fácil, que foi, a meu ver, motivada por um momento de nervosismo, aspectos de natureza pessoal?
Por isso, independentemente da seriedade ou não, uma vez que o Sr. Deputado responde sempre de forma séria, só que nem sempre, como se acabou de ver, de forma rigorosa e clara, o que, aliás, presumo ser o reflexo da falta de clareza, quer da política do Partido Socialista, quer, eventualmente, da própria liderança, da própria clareza da liderança, ...

Risos do PS.

Sn. Deputados, a clareza da liderança resulta não do tom de voz mas da clareza das respostas.

Vozes do PS: - Ainda queria mais!?

O Orador: - Por - isso, estou a tentar contribuir para a afirmação da liderança socialista, Srs. Deputados.

Risos do PSD e do PS.

Estou a tentar! Estou a (Lar o meu molesto contributo, mas, como é evidente, por muito que nos esforcemos, não conseguimos fazer com que uma pereira dê melões, se por acaso não for realmente um meloeiro.

Risos do PSD e do PS.

Sr. Deputado António Guterres, como o teste ainda não está feito, volto à carga: como Primeiro-Ministro socialista, desvalorizaria ou não o escudo? Parto do princípio de que há pouco não respondeu porque se esqueceu por um momento, então, de distracção e não por uma dúvida íntima!...

O Sr. António Guterres (PS): - Tem tada a razão!

O Orador: - Muito bem, mas, atenção, desta vez responda com clareza, pontue os portugueses estão à es-

O Sr. António Guterres (PS): - Com certeza!

O Orador: - O Sr. Deputado, como Primeiro-Ministro socialista, teria já desvalorizado o escudo? Se não fosse muito incómodo, gostaria que nos dissesse em que momento o teria feito...

O Sr. António Guterres (PS): - Sim, senhor!

O Orador: - ... para que possamos visualizar a sua liderança governativa. Em que momento o teria feito e em quanto? Eventualmente, já teria desvalorizado o escudo uma segunda vez. E em quanto?

Vozes do PS: - Não exagere!

O Orador: - Sr. Deputado António Guterres, quanto à moderação salarial -- peço desculpa, mas tenho de voltar à carga, porque o Sr. Deputado tem de se imaginar