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22 DE JANEIRO DE 1993

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ternato, as quais vão permitir a prática do ensino em condições ainda mais condignas.
Em quarto lugar, abordarei a área da juventude. A juventude do concelho de Arruda defronta-se com o grave problema da toxicodependência, ao qual muitos jovens sabem responder dedicando-se ao associativismo, de onde destaco a acção do Grupo de Escuteiros da Arruda e da Juventude Agostiniana. Mas esta resposta que os jovens sabem dar necessita de ser acompanhada por um estímulo que lhes indique que têm futuro em Arruda dos Vinhos.
Sr. Presidente, Srs. Deputados: Este espírito de força e de querer da sociedade civil tem merecido o apoio do poder central, mas mais há a fazer.
No sector agrícola, os empresários tentam a recuperação. À remodelação de castas, à introdução de novas técnicas de cultivo, é necessário associar um velho projecto da Associação de Regantes, o da construção de uma pequena barragem que permitirá uma melhor irrigação dos campos, e assim aumentar a produtividade. Temos a convicção de que o Ministério da Agricultura não desmotivará os agricultores do concelho.
No sector industrial anseia-se pela chegada de novos programas de apoio à indústria portuguesa, os quais contemplem este concelho, condição indispensável para a captação de empresas que garantam a criação de postos de trabalho, contribuindo para a fixação dos arrudenses na sua própria terra.
No turismo, o novo quadro já referenciado permite hoje a captação de investimentos para Arruda - isto se as autoridades locais souberem promover o seu concelho.
Mas, fundamental, para a recuperação da Arruda é necessária a construção de uma rede de vias de comunicação com qualidade, o que passa pela existência de um nó de saída no projectado IC n.º 11, que unirá Torres Vedras e Carregado, e por um prolongamento da CREL que viabilize uma ligação directa a este concelho.
Arruda dos Vinhos é afectada pelos custos da capitalidade. Submersa nas estatísticas do distrito de Lisboa, a realidade do concelho nem sempre é perceptível pelos gabinetes governamentais. No entanto, tenho a convicção de que o esforço das gentes de Arruda e o apoio do poder central superarão a paralisia da autarquia e conduzirão este concelho rumo ao desenvolvimento.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: - Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Alberto Avelino.

O Sr. Alberto Avelino (PS): - Sr. Presidente, Sr. Deputado Duarte Pacheco, pensava que o Sr. Deputado seria um eventual candidato à Câmara Municipal de Sobral de Monte Agraço e agora tive algumas dúvidas de se não o seria à de Arruda dos Vinhos, mas como citou o nome de um ex-colega nosso, Rui Silva, creio que já estão definidos os candidatos para Arruda dos Vinhos e Sobral de Monte Agraço.

O Sr. Silva Marques (PSD): - E porque não?!

O Orador: - Sr. Deputado Duarte Pacheco, V. Ex.ª mora, ou morou, em Sobral de Monte Agraço. Mora tão perto de Arruda dos Vinhos e tão longe da sua realidade!
Que pobreza!...

0 Sr. Carlos Coelho (PSD): - Não apoiado!

O Orador: - V. Ex.ª produz uma intervenção a propósito de um encontro de circunstância, um encontro de turismo na Lourinhã, nesse dia 18 de Dezembro, para o qual nem sequer foi convidado o presidente da região de turismo e parece que as coisas não andam mal!... Por acaso, o presidente é do Partido Socialista ... Depois dá um saltinho da Lourinhã para Arruda dos Vinhos.
Tudo o que está feito é obra extraordinária do Governo central e - pasme-se! - obra extraordinária do Sr. Rui Silva. Eu pensava que o «tacho» que tinham oferecido a este senhor já chegava para a troca do PRD pelo PSD ... Sinceramente, pensava que assim era!

Protestos do PSD.

Mas não chegou. Tudo tem um preço e, de facto, esse é elevado! Certamente que esse senhor saberá corresponder, tentando ganhar a Câmara de Arruda dos Vinhos, o que vejo com alguma dificuldade.
Sr. Deputado, disse-lhe que, morando tão perto de Arruda dos Vinhos, estava longe da realidade porque enquanto V. Ex.ª falava eu ia tirando alguns apontamentos para o lembrar de algumas obras que o poder local, que sempre foi do PS - e continuará a ser, certamente -, produziu e que ainda estão muito «fresquinhas»: o sistema de adução de água, que, como sabe, era coisa que não existia por aqueles lados; o abastecimento de água à totalidade da zona norte de Arruda ...

O Sr. Silva Marques (PSD): - Coisa insignificante!

O Orador: - O Sr. Deputado não é de lá, não conhece nada disto!

Risos do PS.

A nível de esgotos, diga-me o que está por fazer. Quanto à rede viária, ao nível de infra-estruturas municipais, dir-me-á também o que há a apontar.
Relativamente à «espinha dorsal» daquela zona, e da sua terra, Sobral de Monte Agraço, a IC n.º 11, que referiu, está prometida há vários anos. Porém, gostaria de a ver minimamente projectada e tornar-se realidade nos próximos quatro ou cinco anos.

Risos do PSD.

Gostaria, gostaria sim!
Sr. Deputado, devo dizer-lhe que o parque industrial não «abortou» por culpa da câmara; ele está «congelado», à espera que seja definido o traçado do IC n.º 11, como sabe, para se poder projectar as vias convenientes de acesso a este parque. E mais, certamente que concordará comigo em que não se deve fazer um parque industrial só pelo facto de se fazer, invadindo terrenos com grande aptidão agrícola, como é o caso de Arruda dos Vinhos, embora, como citou e muito bem, haja, de facto, uma crise acentuada no vinho e na fruta.
Assim, pergunto-lhe somente isto: será que foi também por causa da autarquia local que a agricultura de Arruda dos Vinhos ou do País está em crise?
Termino, lembrando que a sociedade civil, nomeadamente uma associação, está a acabar um pavilhão polidesportivo, em Março. Será que a Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos não comparticipou em nada? E não teve também uma participação de cerca de 20 %, ou mais, no pavilhão dos bombeiros voluntários?