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406 I SÉRIE - NÚMERO 12

Para começar, V. Ex.ª era contra o Conselho Consultivo, disse-o publicamente. V. Ex.ª, apesar de ter apresentado o rol dos seus despachos, não referiu até agora, uma única vez, a existência do Conselho Consultivo! E só este Conselho Consultivo é que podia dar-lhe o espaldar para critérios técnicos, pela sua própria composição.
V. Ex.ª não o reúne há mais de seis meses, quando a frequência dele é de dois em dois meses. Porquê? Porque V. Ex.ª narcisiza-se com os seus despachos, gosta de os ler, gosta de os contemplar no espelho e gosta de dizer aos outros que aquilo que faz é bem feito. Porquê? Porque efectivamente não há controlo para os seus dinheiros! E não há porque V. Ex.ª gere os dinheiros como se fosse «saco azul». Aliás, é com chicana que nos vem fazer, quando se refere a uma carta que diz que por aí circula..., não tenho carta nenhuma, não está aqui nenhum subgrupo parlamentar de juventude centrista, nem represento aqui qualquer lobby de juventude junto do meu grupo parlamentar.

O Sr. Presidente (Correia Afonso): - Sr. Deputado, esgotou o tempo.

O Orador: - Trouxe-lhe o exemplo da minha escola, trouxe-lhe exemplos concretos da sua ineficácia na política de juventude, da sua ineficiência quanto ao aproveitamento do Conselho Consultivo. Todavia, V. Ex.ª narcisiza-se, espelha-se: «espelho meu, espelho meu, os meus despachos são bons, não são?». E V. Ex.ª veio repetir a resposta: «são óptimos!»
Não é isso que está em causa. Os seus despachos são para si, o que está em causa é a lei. Como é que V. Ex.ª não dá conta disso?

O Sr. Presidente (Correia Afonso): - Sr. Deputado, esgotou o tempo.

O Orador: - Por que é que não convoca o Conselho Consultivo de Juventude?
(O Orador reviu).

O Sr. Presidente (Correia Afonso): - Para dar explicações, se assim o entender, tem a palavra a Sr.ª Secretária de Estado da Juventude.

A Sr.ª Secretária de Estado da Juventude: - Quero, com certeza, Sr. Presidente, para dizer ao Sr. Deputado que, apesar da minha profunda inexperiência, achei muita graça à sua intervenção. É, de facto, um parlamentar prolixo! Mas permita-me ainda que lhe diga que é só por não ter na sua curta bancada nenhum representante da juventude das gerações populares...

O Sr. Narana Coissoró (CDS-PP): - Ah...! Isto é chicana!

A Oradora: - ... que traz aqui as recentes preocupações dos jovens da ex-JC, porque a Juventude Centrista só despertou para o Conselho Consultivo e aí, com certeza, lembrou o Sr. Deputado, que era uma questão muito importante a trazer a esta Assembleia - quando há pouco tempo, por falta de assuntos na agenda política, resolveu tomar uma posição sobre isso, aliás, tomando-a previamente, em relação a uma audiência que me pediu para comunicar a sua posição. A JC/Gerações Populares quis fazer qualquer coisa, achou que isso era um bom pretexto e um bom lei motivo, tomou uma posição e o Sr. Deputado foi aqui, por impossibilidade pessoal, o porta-voz das aspirações de protagonismo da Juventude Centrista/Gerações Populares.

O Sr. Narana Coissoró (CDS-PP): - E daí?!

A Oradora: - As questões que o Sr. Deputado pretendia demonstrar, através da sua pergunta, julgo que ficaram demonstradas.

O Sr. Narana Coissoró (CDS-PP): - Onde está a lista dos pedidos?

A Oradora: - O Sr. Deputado, a lista dos subsídios atribuídos está publicada. São os subsídios que o Estado dá, é o dinheiro público dos contribuintes que é gasto, e o Sr. Deputado deve ter a preocupação de transparência em relação ao que o Estado gasta. Essa preocupação está cumprida...

O Sr. Narana Coissoró (CDS-PP): - Não está cumprida!

A Oradora: - ... através da publicação das listas dos apoios no Diário da República.

O Sr. Narana Coissoró (CDS-PP): - Os requerentes!

A Oradora: - Deixe-me dizer-lhe, Sr. Deputado, que o que a sua pergunta pretendia sugerir ficou indemonstrado.

O Sr. Narana Coissoró (CDS-PP): - Para si!

A Oradora: - Ficou indemonstrado perante esta Assembleia!
Nunca deixei de ter critérios objectivos para atribuição de apoios, porque cumpro o que está na lei, o que está nas portarias, aliás não fui eu quem as aprovou, vêm de tempos anteriores.

O Sr. Narana Coissoró (CDS-PP): - Onde estão os requerentes?!

A Oradora: - Deixe-me dizer, Sr. Deputado, que não ficou provada a pretensão que vinha apensa à sua pergunta de que favoreço partidariamente as associações de estudantes, porque, primeiro, nem elas são partidárias, e, segundo, nem eu sou susceptível de fazer favores dessa natureza!

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Sr. Presidente (Correia Afonso): - Para formular uma pergunta sobre «O sistema de portagens da Área Metropolitana de Lisboa», tem a palavra o Sr. Deputado André Martins, do Grupo Parlamentar de Os Verdes.

O Sr. André Martins (Os Verdes): - Sr. Presidente, Sr. Secretário de Estado das Obras Públicas, peço antecipadamente desculpa por, na formulação da pergunta, me referir a decisões, afirmações e declarações que o Sr. Ministro fez aqui, na Assembleia, e noutros fora, mas não o faço por menosprezo pela sua presença e funções e, sim, por a pergunta ter de ser dirigida, em nosso entender, ao Sr. Ministro.
A Área Metropolitana de Lisboa é a região que suporta a maior concentração urbana do País e onde vivem em média mais de três milhões de pessoas. É aqui que está