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14 SÉRIE - NÚMERO 1

todas as necessidades que o Sr. Deputado, e muito bem, acabou de suscitar. Pelos vistos, o seu governo foi surdo aos seus apelos, porque julgo que se empenhou tanto quanto se está a empenhar agora por fazer essas exigências para Vila Nova de Gaia e para a Área Metropolitana do Porto. Infelizmente, durante esse tempo, o Sr. Deputado não foi ouvido.
Dada a brevidade que me foi pedida pelo Sr. Presidente, vou apenas apontar-lhe dois exemplos que, do meu ponto de vista, são duas necessidades vitais para Vila Nova de Gaia e mesmo para a Área Metropolitana do Porto.
Quanto ao plano rodoviário, Sr. Deputado, julgo que o PIDDAC do ano anterior consagra o lançamento de uma ligação entre a Avenida da República e o Freixo. Está lá, pelo menos foi prevista, e foi a primeira vez que isso aconteceu desde 1987, pelo que julgo ser um indício de que este Governo está interessado em resolver aquele que considero ser o problema mais grave com que Gaia e, concretamente, a Área Metropolitana do Porto se debatem neste momento, no que respeita ao trânsito. E V. Ex.ª acabou agora de referir a abertura do Arrábida Shopping, que vem, de algum modo, piorar a situação. Portanto, é premente que isso se resolva.
A segunda questão que lhe quero colocar tem a ver com o hospital. De facto, com os Hospitais de Santo António e de S. João, o Hospital Central de Vila Nova de Gaia, que muitos ignoram ser um hospital central de nível 4, compõe a malha, a rede hospitalar da Área Metropolitana do Porto. Dizia-se que esse hospital tinha um plano de remodelação desde 1987, mas agora, ao chegar ao Governo, o PS deparou com a seguinte situação: não existe qualquer plano director. Ora, a novidade que lhe quero dar é a de que, até Dezembro deste ano, pensamos poder apresentar um plano director que, finalmente, consagre as obras há tanto exigidas pelos gaienses.
Sr. Deputado Manuel Moreira, junto, a minha à sua voz e espero que, em breve, o cenário que aqui descreveu possa ser outro. O Governo do PS, estou certo, será um governo mais dialogante e atento do que o foi o seu. É isto que os gaienses esperam e é aquilo que também espero, Sr. Deputado Manuel Moreira.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (Mota Amaral): - Os Srs. Deputados que formularam pedidos de esclarecimento cingiram-se rigorosamente ao tempo regimental. Peço ao Sr. Deputado Manuel Moreira que também se cinja ao tempo regimental nas respostas, que é de 5 minutos.
Tem a palavra, Sr. Deputado.

O Sr. Manuel Moreira (PSD): - Sr. Presidente, Srs. Deputados, de facto, tive de falar de forma rápida, porque Vila Nova de Gaia, dada a sua dimensão e a população que alberga, superior, como se sabe, à das regiões autónomas, tem muitos problemas que nós, como seus representantes, temos necessidade de abordar aqui ciclicamente. E quero dizer, mais uma vez, aos meus colegas Deputados, em particular aos de Vila Nova de Gaia, que, neste Hemiciclo, e fora dele, enquanto Deputado, junto do actual Governo e também dos Governos anteriores, sempre tive a preocupação de os sensibilizar para a resolução de muitas das carências e apoio aos projectos de que Vila Nova de Gaia necessitava e continua a necessitar para o seu desenvolvimento.
Como tal, nesse aspecto, não me dão qualquer lição de moral e continuo exactamente com a mesma força, com a mesma vontade política, a ajudar o município de Gaia a encontrar as soluções mais adequadas para que os gaienses possam usufruir de uma boa qualidade de vida e tenham orgulho em ser gaienses e em viver em Vila Nova de Gaia.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Penso que os meus colegas Deputados Fernando de Sousa e José Barradas, em particular, porque são, realmente, oriundos de Vila Nova de Gaia, bem como os outros colegas do distrito do Porto, devem ser solidários com todos aqueles que aqui levantam a voz em defesa das aspirações da população que representam.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Nesse sentido, estou disponível para, com eles, continuar a lutar e a defender os interesses de Vila Nova de Gaia, porque Vila Nova de Gaia não pode continuar a ser um parente pobre deste país e da Área Metropolitana do Porto, tem de assumir o papel de relevo a que tem direito, que é o de um dos maiores municípios de Portugal e o segundo maior da Área Metropolitana do Porto. Temos de reconhecer - e os senhores também o reconhecem - que Gaia não tem, como devia, assumido esse papel. E é isso que temos obrigação de exigir. Por isso, esperamos que haja alternância democrática em Vila Nova de Gaia para que, efectivamente, uma nova gestão democrática possa, em cooperação e em solidariedade com o Governo de Portugal e com o nosso apoio enquanto Deputados, aqui, neste Plenário, dar uma resposta mais rápida e mais definitiva às aspirações dos gaienses.
É evidente que os governos anteriores do PSD, ao contrário do que os senhores dizem - e os senhores sabem que não falaram verdade -, fizeram algo por Vila Nova de Gaia. Não fizeram tudo, mas muitas vezes...

Protestos do PS.

Srs. Deputados, não vou agora enumerar tudo aquilo que foi feito em Vila Nova de Gaia, nas áreas da educação, da cultura, do desporto e social - e isto só para citar algumas áreas. É evidente que não fez tudo. Mas não fez tudo porque também não temos tido - há dois mandatos consecutivos que a Câmara de Gaia tem uma maioria socialista - uma câmara suficientemente inteligente e arguta para o exigir ao Governo de Portugal,...

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - ... não exigiu ao anterior governo e não está a exigir a este. Por isso, muitas vezes, temos de ser nós, Deputados, a vir aqui levantar a nossa voz em defesa dos interesses de Vila Nova de Gaia, como também nos compete legitimamente.
Sobre os acordos financeiros, celebrados na semana passada, para a construção de mais habitação social, no âmbito do PER, eu não os minimizei; disse que foram assinados acordos financeiros para a construção de 4329 casas e que Vila Nova de Gaia, mais uma vez, foi menosprezada, porque apenas vai ser contemplada com 152 habitações dessas, muito menos do que fez um governo anterior do PSD, que contemplou Vila Nova de Gaia com 700 fogos, que ainda não estão construídos pela actual