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2 DE NOVEMBRO DE 1996 245

O governo do PSD foi afastado e, logo em 27 de Dezembro de 1995, na sua primeira visita oficial ao Porto, o Primeiro-Ministro António Guterres garantiu o financiamento integral do Governo para o Metro do Porto, numa verba estimada em cerca de 135 milhões, com o financiamento explicitamente assegurado pela União Europeia, pelo Banco Europeu de Investimento e, se preciso, pelo Orçamento do Estado.

O Sr. Manuel Moreira (PSD): - É falso!

O Orador: - As empresas concorrentes animaram-se e ganharam confiança no concurso. E logo para 1996 foi assegurada a verba de 750 mil contos necessários para o funcionamento da empresa, que até aí funcionava sem meios. Como para 1997 foi assegurada a. verba que os concorrentes consideram os custos do respectivo ano. Assim como na próxima semana se anunciarão as duas empresas qualificadas para a última fase do concurso.
Não só mais um momento crucial como o momento mais importante da concretização.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, terminou o seu tempo.
Faz favor de concluir.

O Orador: - Vou terminar, Sr. Presidente.
Por isso, o momento do PSD atacar de novo, tentando descredibilizar o projecto junto das empresas tentando lançar a confusão com um chorrilho de calúnias que vieram a esta tribuna pela boca do Dr. Luís Filipe Menezes e de outros deputados do PSD, que não tendo coragem para o fazer no Porto, encolitam-se em Lisboa, no Parlamento Nacional, para fazerem chicana contra os protagonistas do progresso da terra que os fez nascer.

Protestos do PSD.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, terminou o seu tempo, faz favor de concluir.

O Orador: - Sr. Presidente, mais 20 segundos e terminarei.
O PSD continua a sua política. Puxar para trás. Na oposição como outrora no Governo. Só não se percebe como ainda não perceberam que eles são os que vão Ficando para trás enquanto a caravana avança sendo unanimemente aplaudida ao chegar a bom porto. Com o Sr. Ferreira da Califórnia, a aplaudir também. Dizendo que o Dr. Menezes não o voltará a enganar.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, terminámos o período de antes da ordem do dia, que é um período sem prolongamento, mas, como há um Sr. Deputado que se inscreveu para pedir esclarecimentos, vou abrir uma única excepção para uma pergunta e uma resposta. Os outros Srs. Deputados que se queiram inscrever ficam para a próxima sessão.
Para um pedido de esclarecimento, tem a palavra o Sr. Deputado Pedro da Vinha Costa.

O Sr. Pedro da Vinha Costa (PSD): - Sr. Presidente, procurarei ser o mais breve possível.
Sr. Deputado Pedro Baptista, V. Ex.ª a mim não me dirá, porque sei que, no mínimo, terá vergonha de o fazer, que o que lhe vou dizer aqui não o digo noutro sítio qualquer. Temos tido ocasião de discutir algumas destas questões em fora próprios, no Porto, e, obviamente, que em algumas circunstâncias a discussão consigo é muito difícil mas esse é um problema seu que é patente para esta Câmara.

Vozes do PSD: - Muito bem!

Quero dizer-lhe que aquilo que V. Ex.ª aqui veio dizer é um chorrilho de mentiras e por uma razão muito simples. É que ainda não há metropolitano no Porto e V. Ex.ª falou-nos como se o, metropolitano já existisse. Só que o metropolitano não existe! O senhor, eu, qualquer um dos Deputados presentes nesta Câmara se, no Porto, se quiser deslocar de um ponto para o outro, fugindo ao caos do trânsito que a câmara socialista concretiza e vai aumentando dia-a-dia, não o pode fazer de metropolitano. Essa é que é a questão.
Ninguém aqui disse que estamos contra o metropolitano, nem aqui nem em lado nenhum. Quando o Dr. Fernando Gomes apareceu, e muito bem, a levantar a bandeira do metropolitano, que não é dele porque já outros a tinham levantado antes, dissemos que estava a cometer um erro, estava a optar por um modelo para o metropolitano do Porto que iria demorar a concretização de algo que era imprescindível e importante para a população da cidade do Porto. E o Dr. Fernando Gomes o que não conseguiu foi resistir à vaidade de ter a criança sempre nas mãos e está a proceder como aquele menino que é dono da bola e que quando vai jogar com os outros meninos só os deixa jogar se a bola estiver sistematicamente no seu pé, e nem sequer se pode rematar à baliza da sua equipa.
Penso que esta linguagem futebolística V. Ex.ª conseguirá entender sem um grande esforço da sua parte.

Risos do PSD.

Deixe-me que lhe diga ainda, Sr. Deputado, que nos falou de linhas, até nos veio aqui falar da linha de Santo Ovídio para Matosinhos! Sr. Deputado, seja sério, onde é que está, no concurso, a linha para Santo Ovídio?! O senhor esqueceu-se de dizer que o Dr. Fernando Gomes, com a pressa de ir prometendo brinquedos, maquetes, exposições, metropolitanos, seja lá o que for, foi deixando cair algumas das promessas que ia fazendo às pessoas. E esse é que é o grande drama. E é dramático que, para além disso, o Dr. Fernando Gomes se recuse, com a crítica de uma parte significativa desta Câmara, esperamos que da totalidade...

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, esgotou o seu tempo regimental, tem de concluir.

O Orador:-. Sr. Presidente, vou concluir.
Dizia eu, é grave que o Dr. Fernando Gomes se recuse a esclarecer perante esta Câmara o que se passa relativamente a esta matéria.
Sr. Deputado, quando é que V.Ex.ª me dá o prazer de me convidar para ir dar uma voltinha de metropolitano consigo?

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: - Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Baptista, mas informo desde já que não