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1134 I SÉRIE - NÚMERO 30

veis para demonstrar o êxito de uma política que se destina às pessoas, face à preocupação que tem havido em negar a realidade dos factos hoje bem presente, quer em Portugal quer naqueles que apreciam a realidade portuguesa.

Vozes do PS: - Muito bem!

O Orador: - Mas, nos nossos debates, vamos certamente ter oportunidade de nos referirmos à educação, à saúde e à segurança. Aliás, devo dizer, em matéria de educação, que o Sr. Ministro da Educação acaba de apresentar um plano global e integrado e, relativamente a essa matéria, considero que se estão a dar progressos importantes no País.
Em matéria de saúde, não vou usar a demagogia de lhe dizer que as urgências já estão a funcionar melhor ou que as consultas já têm o seu problema resolvido. Isso seria demagogia! Agora, vou dizer-lhe que se está a trabalhar com seriedade, com muita seriedade, em diálogo com todos os profissionais, para que isso seja conseguido o mais depressa possível.

Vozes do PS: - Muito bem!

O Orador: - Em relação à segurança, estamos à vontade porque, depois de um período de estagnação, neste momento estão a ser formados, por ano, 2000 novos agentes na PSP e na GNR. Depois de um período de estagnação no investimento e de degradação dos equipamentos das polícias, neste momento, aumentámos em 80% o investimento em equipamento, para que as polícias possam actuar melhor na defesa dos taxistas, dos jovens e dos idosos.

Vozes do PS: - Muito bem!

O Orador: - Para melhorar a segurança dos taxistas, dos jovens e dos idosos é preciso, em primeiro lugar, uma economia mais sã, com menos desemprego e menos problemas sociais, com o rendimento mínimo garantido, que nós defendemos, e é necessário, depois, mais policia na rua, uma polícia renovada e melhor equipada, como estamos construir na prática.
Quanto vai custar a EXPO 98? Essa foi a questão central do debate entre o Governo e o Comissário Cardoso e Cunha e o Governo quer que o País saiba exactamente quanto é que vai custar a EXPO 98.

Aplausos do PS.

E, mais: estávamos a promover com o anterior comissário uma investigação profunda que nos permitisse chegar a essa conclusão. Não tenho dúvidas que agora estão criadas condições para que, rapidamente, se atinja esse objectivo e devo dizer-lhe que não iludiremos os portugueses, até porque não é preciso. Aliás, consideramos que, mesmo que não dê lucro - e em minha opinião não dará -, a EXPO 98 é um investimento estratégico para o desenvolvimento do nosso país e não é preciso enganar os portugueses dizendo-lhes que ela dá lucro para que passe a ser um investimento estratégico fundamental para a imagem do País e para a renovação da cidade' de Lisboa.

Aplausos do PS.

Quanto à agricultura, e utilizando a sua linguagem, Sr. Deputado, o Primeiro-Ministro falou com o Secretário-Geral do PS e o Secretário-Geral do PS convocou o Deputado para uma reunião da direcção do PS. Mas, Sr. Deputado Manuel Monteiro, não somos um partido que faz processos administrativos para expulsar membros seus e, depois, os admite na "volta do correio".

Aplausos do PS.

Somos um partido em que os militantes são respeitados. Aliás, o Deputado a que se refere não é coordenador de coisa nenhuma e foi nos órgãos do partido e no concreto que as questões foram discutidas, sendo desautorizado no sentido de defender - e foi defendida integralmente - a honorabilidade dos membros do Governo.
O emprego da juventude é umas das nossa preocupações essenciais. Com a explosão das universidades privadas, nos últimos anos, estão a sair todos anualmente dezenas de milhar de novos formados c, por isso, o emprego dos jovens e sobretudo dos jovens licenciados, é um problema novo e importante na sociedade portuguesa. Daí o conjunto de programas já destinados em especial ao emprego dos jovens, muitos já em execução, outros em preparação, que ajudarão a resolver esse problema.
Mas também lhe quero dizer que um desempregado com um curso superior terá sempre mais facilidade em arranjar emprego do que um desempregado com o primeiro ciclo do ensino básico.
Finalmente, em matéria de confiança no Comissário Cardoso e Cunha, o Sr. Ministro da Presidência e eu próprio dizemos rigorosamente a mesma coisa, ou seja, que ele tinha a nossa confiança e se ele entendeu demitir-se não foi seguramente por não a ter. A única coisa em que insistíamos, e insistimos, foi numa questão, na qual estou inteiramente de acordo consigo: os portugueses têm o direito de saber quanto é que vai custar a EXPO 98.

O Sr. Presidente: - Para uma interpelação à Mesa, a palavra ao Sr. Deputado Manuel Monteiro.

O Sr. Manuel Monteiro (CDS-PP): - Sr. Presidente, está esclarecida a referência que há pouco fiz a V. Ex.ª?

O Sr. Presidente: - Está.

O Orador: - Ora bem, Sr. Presidente, com a minha interpelação pretendo que, através da Mesa, se transmita ao Sr. Primeiro-Ministro que aquilo que acaba de dizer sobre os custos da EXPO 98 é muito grave, se bem que, quer para mim quer para o PP, não esteja em causa o projecto, porque consideramos que ele é fundamental, aliás, como a maioria dos políticos deste país.
Porém, considero grave - e isso tem que ficar publicamente registado - que o anterior governo não soubesse quanto ia custar a EXPO 98 e o actual Governo ainda não saiba quanto é que ela vai custar. Mal de nós se nesta altura do "campeonato", a um ano de acabarem as obras, ainda o Governo não sabe quanto é que vai custar um investimento e um projecto desta importância e desta natureza.

O Sr. Presidente: - A palavra ao Sr. Primeiro-Ministro, para uma interpelação.