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2930 I SÉRIE - NÚMERO 83

bilidade; aumento das situações detectadas do consumo de droga; repetição de fenómenos preocupantes do tipo milícias populares; grau de concentração elevado de criminalidade nas duas áreas metropolitanas...». Sabe porquê, Sr. Primeiro-Ministro? V.Ex.ª conseguiu que o Sr. Ministro Alberto Costa tosse o primeiro exemplo de clonagem em humanos: à segunda-feira, é clonado de Ministro Dias Loureiro, põe-se firme e quer ter uma política correcta de segurança; à quarta-feira, é clonado de sub-chefe Carreira e quer sindicato e balbúrdia; à sexta-feira, é clonado de Engenheiro António Guterres e não quer uma coisa nem outra, quer as duas coisas ao mesmo tempo.

Aplausos do PSD.

Sr. Presidente e Srs. Deputados, Portugal está à beira de entrar na moeda única, mas, dado que o Sr. Ministro Ferro Rodrigues «se deu ao luxo» de fazer aqui julgamentos morais, procurando mostrar contradições de opções políticas do PSD, lembro a V. Ex.ª, Sr. Primeiro-Ministro, que Portugal está na moeda única, porque fizemos reformas quando os senhores não queriam, privatizámos contra a vossa vontade, acabámos com a reforma agrária contra a vontade do PS, liberalizámos o acesso à propriedade da comunicação social contra a vossa vontade, abrimos novos sectores à iniciativa privada, apesar da vossa oposição, infra-estruturámos o País, quando os senhores não queriam o betão, e disciplinámos as finanças. públicas. E por isso que Portugal está à porta da moeda única.

Risos do PS.

Agora, Sr. Primeiro-Ministro, não faça as reformas necessárias da saúde, da segurança social e da educação, não prepare o País para o futuro, continue a governar numa lógica estrita de manutenção do poder e, se calhar, infelizmente, não vamos ficar na moeda única por muito tempo por culpa dos senhores.

O Sr. Presidente: - Tem de terminar Sr. Deputado.

O Orador: - Vou terminar, de imediato, Sr. Presidente.
Sr. Presidente, Srs. Deputados: Perante estas denúncias e estes factos, o Governo cria situações artificiais. Aqui, há uma semana, provocou a pseudo-crise ligada à Lei das Finanças Locais, dizendo que estávamos perante uma coisa inacreditável e perfeitamente inexplicável em democracia, que era uma convergência negativa do PSD com o CDS-PP e o PCP, em matérias essenciais, contra o Governo. É por questões deste género que V. Ex.ª vai perder as próximas eleições.

Risos do PS.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, agradeço que termine.

O Orador: - Tenho aqui à minha frente, Sr. Primeiro-Ministro, as 41 situações em que VV. Ex.as votaram com o CDS-PP e com o PCP, nesta Câmara, na anterior sessão legislativa. Vou referir só duas: a proposta de lei n.º 92/VI, que revia o Código Penal, e a proposta de lei n.º 166/V, que alterava o regime de atribuições das autarquias locais e competências dos respectivos órgãos. «Olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço»!

O Sr. Presidente: - Agradeço-lhe que termine, Sr. Deputado.

O Orador: - Termino já, Sr. Presidente.
Sr. Primeiro-Ministro, o Primeiro-Ministro John Major apresentou índices macroeconómicos como V. Ex.ª e Poise embora! É o que vai acontecer ao Engenheiro António Guterres!

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: - Para encerrar o debate, em nome do Governo, tem a palavra o Sr. Ministro da Presidência e da Defesa Nacional.

O Sr. Ministro da Presidência e da Defesa Nacional: - Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Com a chegada do Verão, costuma subir, entre nós, também a temperatura política. Provavelmente por isso, o Sr. Deputado Luís Filipe Menezes, que, no fim-de-semana passado, identificava no País um clima de pré-revolta, como não encontrou a revolta nas ruas, quis vir fazer um discurso incendiário.

Risos do PS.

É da tradição destas interpelações que, quando elas correm mal ao PSD, o Sr. Deputado Luís Filipe Menezes faz sempre um aparte ou um incidente parlamentar para permitir salvar o descalabro.

Vozes do PS: - Muito bem!

O Orador: - Desta vez, foi manifestamente promovido. Teve direito e a honra de encerrar o debate em nome do Grupo Parlamentar do PSD. É a prova que nos faltava de que perderam mesmo o debate!

Aplausos do PS.

Mas o Governo compreende que o PSD tenha escolhido este tema genérico para este debate. Numa semana dominada pela temática europeia, que, felizmente, desfruta de um amplo consenso nacional, e face aos resultados da Cimeira de Amsterdão, que contemplam, em larga medida, as nossas preocupações nacionais e salvaguardam os interesses de Portugal, o PSD precisava de «mostrar serviço» de oposição.
Fomos, assim, brindados com uma interpelação de sustentação interna do principal partido da oposição, uma espécie de «partida de são espírito desportivo» destinada a preencher calendário político. Confesso que apreciei mais o estilo - um pouco ao sabor do tom «agarrem-me, senão mato-os» - do que a substância,...

Risos do PS.

... porque quanto a esta, de facto, o PSD não nos trouxe nada de novo.
Invoca o PSD três motes para a sua interpelação: degradação da situação social, aumento do desemprego,, degradação da autoridade do Estado.
Quanto ao primeiro, para além daquilo que já foi afirmado pelo Sr. Ministro da Solidariedade e Segurança Social, convém recordar, porque a memória c curta, sobretudo a memória de quem esteve durante 10 anos no