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1158 I SÉRIE - NÚMERO 35

comportamento do Srs. Deputados. Portanto, peco-lhe o favor que defenda a sua honra porque não pode utilizar esse tipo de argumentação na sua intervenção. Lamento ter de lhe chamar a atenção.

O Orador: - Sr. Presidente, se me deixarem falar, defenderei a minha honra. De outro modo, terei que voltar a pedir a defesa da honra.
Sr. Deputado, sobre as 14 pessoas cujos nomes teve oportunidade de ler os nomes, sejamos claros. Tenho três adjuntos, duas secretárias pessoais e um conjunto de três assessores - um verdadeiro assessor de gabinete e outros dois; porque não havia secretariado, têm continuado a trabalhar relativamente às conferências. Todos os restantes são administrativos que foram reconduzidos.
Não confundamos pessoal político de gabinete com pessoas que desempenham tarefas administrativas, porque, neste caso, quem aqui está desinformado e quem aqui, eventualmente, é inexperiente não sou eu. A afirmação só releva o facto de não saber que até o pessoal administrativo tem que ser nomeado por despacho meu! Portanto, essas 14 pessoas não são pessoal de gabinete político.

Vozes do PS: - Muito bem!

O Orador: - Portanto, sejamos sérios quando invocamos os 14 nomes. Foi a isso que me referi e volto a dizê-lo: pessoal político de gabinete, como sabe, não são 14.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (Mota Amaral): - Para dar explicações, tem a palavra o Sr. Deputado Sérgio Vieira.

O Sérgio Vieira (PSD): - Sr. Presidente, Sr. Secretário de Estado da Juventude, referi, no início da minha intervenção, que V. Ex.ª tinha requisitado e nomeado 14 pessoas para o seu gabinete e disse a verdade. V. Ex.ª questionou-me sobre quem eram essas pessoas e quais os seus nomes e li-os há pouco. Sr. Secretário de Estado, V. Ex.ª colocou-me uma questão de seriedade e, nessas questões, como lhe disse há pouco, já reparei que muito pouco ou quase nada tenho a aprender com V. Ex.ª, porque provei, com a leitura que fiz. o que disse, e nem referi o chefe de Gabinete e o motorista de V. Ex.ª.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Assim, o que fica deste debate parlamentar é a verdade, ou seja, que o Sr. Secretário de Estado da Juventude tem no seu gabinete 14 pessoas a trabalhar. Há quem possa achar pouco; pessoalmente, acho muito.

Vozes do PSD: - Muito bem!

Vozes do PS: - Quem não trabalha não necessita de pessoas!

O Sr. Presidente (Mota Amaral): - Tem a palavra o Sr. Deputado Nuno Correia da Silva.

O Sr. Nuno Correia da Silva (CDS-PP): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Para terminar a intervenção do Partido Popular sobre este pedido de apreciação quero dizer que não tive quaisquer dúvidas em pedir a sua apreciação. Aliás, hoje, penso que. se dúvidas tinha, elas estão mais que justificadas.

Protestos do PS.

Infelizmente. Sr. Secretário de Estado, aquilo que criticaram no passado, aquilo que apontaram como «partidarite» do governo que os antecedeu, hoje é um facto no Governo que temos. Percebo que razões de eficácia, razões de organização, razões de tempo, não permitam o recrutamento normal, mas, por diversas vezes questionei a sua bancada, questionei V. Ex.ª, sobre os processos de contratação e, lamento-o, nunca me foi dada uma resposta.
O Sr. Secretário de Estado, há pouco, disse que não queria acreditar que eu estivesse aqui a representar o senso comum, e eu digo-lhe que estou exactamente a representar o senso comum, porque foi ele que nos elegeu e nos deu os votos. E é por essas pessoas que representam o senso comum e que não podem falar, que levanto a minha voz para que sejam ouvidos.

Protestos do PS.

São eles que perguntam e são eles que querem saber quais os critérios pelos quais vão ser escolhidas estas pessoas, e essa resposta não foi dada. Aquilo que criticaram no passado, praticam-no hoje. Essa é a verdade nua e crua.

Aplausos do CDS-PP

O Sr. Presidente (Mota Amaral): - Para uma interpelação à Mesa, tem a palavra o Sr. Deputado João Amaral.

O Sr. João Amaral (PCP): - Sr. Presidente, peço a palavra por duas razões muito simples: uma. para discordar do Sr. Deputado Miguel Relvas, a quem já disse - Sr. Secretário de Estado peço que não se ofenda - que se acha que o Sr. Secretário de Estado pensa que é o Governo que fiscaliza a Assembleia da República, então, isso não é sinal de inexperiência, é sinal de alguma experiência, que temos que registar.

Risos gerais.

No entanto, pedi a palavra por outra razão. Vejo aqui, com alguma preocupação, que se criou um clima que pode redundar na possibilidade de, em Outubro de 99, na altura presumível das eleições, ainda o Sr. Secretário de Estado não ter ido à Comissão de Juventude, nem a Comissão ter ido ao Sr. Secretário de Estado. Por isso, estou aqui no papel de fazer um apelo a V. Ex.ª, à sua experiência de hábil de negociador em muitos e muitos terrenos, para ver se consegue que ainda esta semana o Sr. Secretário de Estado e a Comissão de Juventude possam reunir, para bem da juventude e até da média e terceira idade que aqui estão.

Risos gerais.

O Sr. Presidente (Mota Amaral): - Sr. Vice-Presidente João Amaral, registo o seu apelo e procurarei fazer o possível ao meu alcance. Para esta semana, não acredito, porque está acabando, mas talvez para a próxima semana seja possível a reunião.
Para uma interpelação à Mesa, tem a palavra o Sr. Deputado Joel Hasse Ferreira.