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1690 I SÉRIE - NÚMERO 50

Portanto, não, renegámos, muito pelo contrário, naturalmente que estamos concordantes com o apoio que o PP prestou à vitória que alcançámos em Vila Nova de Gaia.
Em relação ao Sr. Deputado Fernando Jesus, devo dizer que V. Ex.ª não assistiu à minha intervenção, porque se reportou a coisas que eu não disse. Por acaso, penso vir a tratá-las brevemente numa outra intervenção aqui, nesta Assembleia. Se calhar, avisaram-no de que eu estava a' falar e que, com certeza, estava a falar sobre questões de Vila Nova de Gaia, particularmente de projectos que são importantes não só para Vila Nova de Gaia mas também para a Área Metropolitana do Porto e, pelos vistos, não lhe deram a informação correcta.
Hoje, de facto; não me reportei à nova ponte, à ponte Infante D. Henrique e aos acessos que, é fundamental que sejam feitos. Devo dizer que a actual gestão da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia está muito preocupada com a construção da VI, 9, ou seja, da nova avenida urbana, para ligar exactamente a margem sul à nova ponte Infante D. Henrique, que, neste momento, evidentemente, já foi feito o concurso e está em vias de ser adjudicada a obra.
Tenho pena, devo dizer, já agora, a propósito disso, que a Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia actual não tivesse sido informada atempadamente acerca da conclusão desse processo de concurso e de adjudicação da obra, porque ela, sob a liderança do Sr. Dr. Luís Filipe Menezes, não vai ter, com certeza, uma atitude passiva como a que tinha o anterior presidente da. Câmara, que era a de, pura e simplesmente, estar desconhecedor daquilo que dizia respeito ao seu concelho e não ser ouvido nem achado por parte da empresa Metro do Porto, S.A. e da própria Junta Metropolitana do Porto, de que fazia parte.
Neste momento, temos um presidente de câmara diferente, que quer; naturalmente, ser o primeiro porta-voz e defensor dos interesses dos gaienses, e é isso que vai acontecer, por isso jamais aceitaremos projectos que digam respeito ao município de Vila Nova de Gaia que não tenham o concurso activo dos seus legítimos representantes, como são, naturalmente, os autarcas de Vila Nove de Gaia, a começar por aqueles que integram o actual executivo municipal.
Quanto à questão que aqui descrevi, e descrevi, de facto, o quadro negro que a gestão do PSI) encontrou na Câmara, devo dizer que a Câmara ainda está a fazer a chamada inspecção ou averiguação do que se passou durante a gestão do PS, para saber exactamente com que base é que parte para este novo ciclo de modernização de Vila Nova de Gaia, e esperemos que seja desta vez que os gaienses venham a ter uma gestão autárquica capaz de os catapultar para um município moderno, liderante não só na Área Metropolitana do Porto mas também no plano nacional, com boa qualidade de vida, com projectos de desenvolvimento que dêem uma resposta positiva às velhas aspirações e aos problemas dos gaienses.
Devo dizer que este quadro que aqui tracei é ainda incompleto, mas é suficientemente negativo, porque já demonstra, para além do desvario financeiro, ao contrário do que dizia a anterior gestão, um conjunto grave de irregularidades, de ilegalidades e de erros, que não podemos calar e que é preciso que a opinião pública em geral conheça e em particular os munícipes de Gaia. Procurarei, enquanto Deputado do Círculo do Porto e em particular de Vila Nova de Gaia, fazer eco, através desta Câmara, dessa situação.

Mas também não é verdade - e não vale a pena continuarmos a falar de algo que acabou já há mais de oito anos - que a anterior câmara municipal liderada pelo PSD, mas em parceria com todos os partidos que nela tinham assento, com pelouros e regimes de permanência, como foi o caso do PS, tenha deixado uma dívida de 3 milhões de contos, como os senhores sempre disseram. Deixou, sim, uma dívida de 600 000 contos, relativa á obras que estavam em curso, que a Câmara não pôde liquidar, uma vez que as obras só foram concluídas na gestão seguinte da câmara, já liderada pelo PS.
Esteve longe, por isso, de ser o quadro que quiseram assacar ao PSD, mas se porventura tivesse de ser assacado, também o PS, porque participou na gestão, tinha de assumir a sua quota-parte de responsabilidade nessa gestão, que, porventura, pudesse ser menos correcta.
Porém, neste momento, o que se verifica é que, se calhar, não são só 3 milhões de contos de herança que a anterior câmara do PS deixou, mas, muito mais, e um conjunto importante de verbas que deixámos de exigir do Orçamento do Estado e, acima de tudo, os fundos comunitários que perdemos. Isso, sim, é grave e é preciso denunciar, porque quem perdeu, em primeiro lugar, foram os gaienses e eles constituem uma comunidade de 300 000 habitantes, importante no contexto nacional, que temos obrigação de defender.
Por isso, ficava-lhe bem ter alguma humildade democrática e reconhecer os erros do seu próprio párodo à frente da Câmara Municipal de Gaia na gestão anterior.

O Sr. Fernando Jesus (PS): - Sr. Presidente, peço a palavra para interpelar a Mesa.

O Sr. Presidente (João Amaral): - Faça favor.

O Sr. Fernando Jesus (PS): - Sr. Presidente, apesar de estar no meu gabinete, ouvi a intervenção do Sr. Deputado Manuel Moreira, na qual falou repetidamente em acessos. Ora, como o Sr. Deputado não concretizou que acessos eram esses, gostaria que esclarecesse a Mesa sobre duas coisas: se se quer referir, às acessibilidades gerais do município, muito bem; se sequer referir apenas aos acessos que têm a ver com aquilo que aqui. referi acerca da ponte, então, já é outro caso. Quanto aos acessos...

Vozes do PSD: - Abcessos!

O Orador: - Não! Abcessos, não!

O Sr. Presidente (João Amaral): - Sr. Deputado Fernando Jesus, já chega!

O Orador: - É que de duas, uma, Sr. Presidente...

O Sr. Presidente (João Amaral): - Sr. Deputado, já estou informado acerca do problema dos acessos. Vou reunir a Mesa e, depois, delibero, dando-lhe a devida resposta.

O Orador: - Mas eu não concretizei, Sr. Presidente. Se me der licença,...

O Sr. Presidente (João Amaral): - Sr. Deputado, não vou dar-lhe a palavra novamente. É que são 18 horas e 10 minutos e o período de antes da ordem do dia já devia ter terminado há muito. O Sr. Deputado já explicou o que