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190 I SÉRIE - NÚMERO 6 

bocadinho melhor do que aquela que o governo do seu partido nos deixou. Não sei se se recorda...!

Aplausos do PS.

Suponho que o senhor é um dos Deputados da juventude do Partido Social Democrata e, portanto, talvez pela sua pouca idade, já se esqueceu do que se passou há três anos, mas se consultar os mais velhos da sua bancada talvez eles estejam «desconfortáveis» nesta matéria, embora se riam muito na circunstância.
Creio que o Governo está numa posição até muito confortável nesta matéria. Lamento desiludi-lo.

O Sr. Moreira da Silva (PSD): - Quero saber o que se passa agora! Não se justifique com o passado!

O Orador: - O Sr. Deputado é novo e promoveu muito o emprego, mas promoveu-o mais a uma escala, não direi regional mas local, muito localizada.

O Sr. Presidente (João Amaral): - Sr. Secretário de Estado, tem de terminar!

O Orador: - Para concluir, quanto à defesa dos jovens, o Sr. Deputado Bernardino Soares manifestou a preocupação e desencanto com a política do Governo nesta matéria. Compreendo a sua preocupação. Nós próprios não estamos satisfeitos neste domínio. Reconhecemos que há muito a fazer, mas estamos convictos de estar no caminho certo e de que as medidas e programas inseridos no plano nacional de emprego vão também no caminho das suas preocupações. Portanto, conto que venha a ver resultados claros sobre essa matéria dentro em breve.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (João Amaral): - Para defesa da consideração, tem, agora, a palavra o Sr. Deputado Ricardo Castanheira.

O Sr. Ricardo Castanheira (PS): - Sr. Presidente, uso da palavra somente para sublinhar, relativamente ao Deputado Moreira da Silva, que tanto falou em desconforto, que nós é que já estamos habituados ao desconforto das vulgaridades que habitualmente este Sr. Deputado diz neste Hemiciclo.
De qualquer das formas, o desconforto é aqui bem patente e demonstrado pelo facto de o Sr. Deputado pertencer à Comissão de Trabalho, Solidariedade e Segurança Social da Assembleia da República e não ter referido absolutamente nada a propósito do plano nacional de emprego. Isso, sim, demonstra um desconforto e um desconhecimento profundo sobre esta matéria, o que é lamentável.
Quanto ao Sr. Deputado Bernardino Soares, tenho o gosto de conhecê-lo há três anos e o seu discurso continua a ser exactamente o mesmo. Espero que pelo menos daqui a 30 anos o discurso não se mantenha da Mesma forma.

O Sr. Presidente (João Amaral): - Para dar explicações, nos termos regimentais, tem a palavra o Sr. Deputado Moreira da Silva.

O Sr. Moreira da Silva (PSD): - Sr. Presidente, Sr. Deputado Ricardo Castanheira, pelos vistos, como se provou, eu não o desonrei...

Risos.

Apenas o elogiei, dizendo que V. Ex.ª tinha vindo para o bom caminho, passando a ser, como eu, um verdadeiro municipalista. Isso era um elogio, que V. Ex.ª não entendeu, e por isso, na sua defesa da consideração, não invocou essa questão. Como se vê, estamos todos no bom caminho. Regozijo-me com isso.
Devo, no entanto, dizer-lhe que há apenas uma pequenina questão em que V. Ex.ª se deveria emendar: estar mais atento às reuniões da Comissão de Trabalho.

O Sr. Ricardo Castanheira (PS): - Não faço parte!

O Orador: - Como V. Ex.ª sabe - se não sabe, não devia ter falado -, eu disse aquilo que entendi sobre o plano nacional de emprego quando o Sr. Secretário de Estado esteve na Comissão. Por isso, não fazendo parte, V. Ex.ª não devia ter falado ou, então, se queria falar, tinha lido as actas ou tinha-se informado junto dos seus colegas que fazem parte da Comissão. Perdeu, por isso, uma boa oportunidade de estar calado.
O Sr. Ricardo Castanheira (PS): - O senhor é que não falou de nada!

O Orador: - Apesar disso, e pelos vistos, continuamos no bom caminho. Estamos todos a par do municipalismo e da sua defesa para que as regiões não se estabeleçam em Portugal - pelo menos estas regiões que o PS e o PCP, à força e contra a vontade das populações, querem impor a Portugal.

O Sr. Ricardo Castanheira (PS): - Deixe-se disso!

O Sr. Artur Torres Pereira (PSD): - É uma vergonha!

O Sr. Presidente (João Amaral): - Srs. Deputados, terminámos, assim, esta pergunta.
Podemos passar à pergunta seguinte, sobre a situação laboral na Grundig, formulada pelo Sr. Deputado José Calçada mas que será apresentada pelo Sr. Deputado Alexandrino Saldanha, a qual será respondida também pelo Sr. Secretário de Estado do Trabalho e da Segurança Social.
Tem a palavra o Sr. Deputado Alexandrino Saldanha.

O Sr. Alexandrino Saldanha (PCP): - Sr. Presidente, Sr. Secretário de Estado, a Grundig - Indústria de Portugal, sediada em Braga, procedeu a um despedimento colectivo de 500 trabalhadores em Maio de 1997. Passados dois meses, a empresa já dizia que a actividade não tinha perspectivas de continuar para além do final deste ano, mas que estava a tentar encontrar uma solução para garantir a continuidade dos postos de trabalho existentes. A solução foi um acordo de transmissão da actividade com uma empresa norueguesa, a OEM, que desenvolveria novas actividades para manter os empregos de hi-fi e à qual ficaria vinculado o pessoal da Grundig.
Enquanto os trabalhadores e as suas organizações tiveram conhecimento da má reputação da OEM, que deixara um rasto de dívidas, a Grundig, em Dezembro do ano