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17 DE OUTUBRO DE 1998 485

manutenção de determinados corredores. É uma questão comum, que também me foi levantada pelo Sr. Deputado Rui Marques - não está aqui neste momento - em relação à zona de Branca. Só depois de o Ministério do Ambiente pronunciar-se é que se pode libertar os outros corredores.
No caso concreto que está aqui a ser analisado, diremos que, dentro de quatro ou cinco meses, só ficará preservado aquele corredor que vai ser utilizado. Todos os outros corredores que neste momento estão a causar tanto transtorno às autarquias serão libertados.
No que se refere à variante de Branca, o Sr. Deputado tem toda a razão relativamente à mesma questão. Isto é, há que libertar o mais depressa possível os corredores. Neste momento, este assunto está para audição ambiental e a preferência técnica e, do nosso ponto de vista, ambiental será a solução poente.
Logo que o Ministério do Ambiente se pronuncie serão libertados, obviamente, os outros corredores. Reconhecemos que é um grande inconveniente, não temos a mínima dúvida, mas, quando também temos preocupações com o ambiente, temos frequentemente de aceitar alguns inconvenientes que essas matérias nos trazem.
Relativamente à questão colocada pelo Sr. Deputado Barradas Leitão, gostaria de dizer que o IP6, Peniche-Óbidos, é um compromisso do Governo ligado à questão das portagens do Oeste e vai ser lançado, porque, como se sabe, insere-se naquele pacote de obras que vão ser executadas e que, com certeza, são do conhecimento de V. Ex.ª.
O Sr. Deputado falou em a obra arrancar este ano, mas só arrancará para o próximo ano. Sr. Deputado, as estradas são muitas e os dinheiros são curtos!

O Sr. Artur Torres Pereira (PSD): - A vontade é que é pouca!

O Orador: - Não, pode ter a certeza de que a vontade é muita, o dinheiro é que é pouco.

O Sr. Presidente (João Amaral): - Sr. Secretário de Estado, peço-lhe que responda, pois as perguntas são muitas e o debate directo vai gastar-lhe o tempo.

O Orador: - Sr. Presidente, não estou interessado no debate directo, estou a responder às perguntas.
No que se refere à questão levantada relativamente ao cruzamento do Pinheiro da Bemposta, tomarei devida nota, pois é um problema que nos preocupa. Aliás, todos os problemas, e há centenas por todo o País, nos preocupam e, por isso, estamos a «atacá-los». Tomarei boa nota desta questão no sentido de resolver-se um problema que, acredito perfeitamente, já devia estar resolvido.
Finalmente, a questão do troço entre Mealhada e Águeda. É um projecto que neste momento está a ser desenvolvido, já estando completa a ponte sobre o Águeda e terminará, muito brevemente, a variante de Águeda.
Relativamente aos problemas das rotundas, a questão é que se determinados itinerários se mantêm a passar dentro dos aglomerados, de facto, há que fazer rotundas, pois há um compromisso com a população. Não podemos passar numa zona e dizer: «prioridade ao automóvel, penalidade ao peão». Portanto, é um compromisso. E evidente que tentaremos, sempre que possível - e é o que está a ser feito faseadamente -, desviar, fazer variantes e defendê-las, para que no futuro não venham a sofrer a mesma coisa, isto é, estarem absolutamente invadidas e prejudicadas.

O Sr. Presidente (João Amaral): - Muitíssimo obrigado, Sr. Secretário de Estado, está perfeitamente dentro do tempo. Peço-lhe desculpa por tê-lo interrompido, mas queria apenas facilitar a sua exposição.
Passamos, agora, à terceira pergunta, que vai ser formulada pelo Sr. Deputado Miguel Ginestal, relativa à extensão da rede ferroviária entre Aveiro e Viseu com a linha da Beira Alta, e respondida pelo Sr. Secretário de Estado dos Transportes.
Tem a palavra o Sr. Deputado Miguel Ginestal, para formular a sua pergunta.

O Sr. Miguel Ginestal (PS): - Sr. Presidente, Sr. Secretário de Estado dos Transportes, o objectivo desta pergunta vai no sentido de sensibilizar o Governo e procurar um caminho para que Viseu possa, de alguma maneira, recuperar aquilo que, na década de 80, acabou por ser extinto, ou seja, a sua vocação ferroviária.
De facto, na década de 80, verificou-se o encerramento das linhas regionais de Vale do Vouga e do Dão, substituindo-se, naquela zona, o comboio pelo autocarro. Simultaneamente, com grande desgosto, verificou-se, na cidade de Viseu, o desmantelamento da antiga estação da CP.
Já no passado ano, em 1997, verificámos, com bastante satisfação, o fim do processo que levou à modernização da linha da Beira Alta, eixo absolutamente estruturante para toda a zona, ligando o litoral à fronteira, o norte ao sul. Portanto, em matéria de ligação ferroviária de alta velocidade, Viseu encontra-se bem servida.
Também simultaneamente, verificámos no ano passado, com o descontentamento do sindicato dos trabalhadores ferroviários, p encerramento do transbordo efectuado pela CP entre Viseu e Nelas.
Viseu é uma das poucas cidades médias que não têm ferrovia. A linha da Beira Alta serve Viseu satisfatoriamente, relativamente à ligação a que se faz alusão na pergunta, ou seja, a Aveiro, estamos, naturalmente, a falar da linha do Vale do Vouga.
No que se refere à ligação a Aveiro, devo dizer, Sr. Secretário de Estado, que a nossa prioridade máxima vai para a rodovia. A ligação que desejamos que venha a ter conclusão rápida e prioritária é a da duplicação em auto-estrada do IP5, sobre o qual esta Câmara teve, esta semana, um debate de urgência.
Como é que se deve recuperar a vocação ferroviária de Viseu? Penso que isso deve ser feito através de uma ligação entre Viseu e a linha da Beira Alta, seja através de Mangualde ou de Nelas.
O que lhe pergunto neste momento, Sr. Secretário de Estado, é se o Governo está interessado ou a ponderar a possibilidade de criação de um ramal que faça o transporte de Viseu até à linha da Beira Alta, quer seja através Mangualde ou de Nelas.

O Sr. Presidente (João Amaral): - Tem a palavra o Sr. Secretário de Estado dos Transportes, para responder.

O Sr. Secretário de Estado dos Transportes (Guilhermino Rodrigues): - Sr. Presidente, Sr. Deputado Miguel Ginestal, o senhor coloca a questão de saber se existe alguma intenção do Governo de fazer a ligação de Viseu à linha da Beira Alta através do ramal Viseu-Mangualde ou Viseu-Nelas. Colocou, também, a questão