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interna, porque, curiosamente, não houve apenas uma remodelação no Governo, também houve uma remodelação no PSD, só que incompleta. Demitiu-se o «ministro-sombra» da justiça, coisa que, aliás, é inédita,…

Risos do PS.

… e ainda não está nomeado um novo, precisamente por discordar do facto de o líder do PSD não assegurar a autoridade do Estado em relação àquelas que foram as declarações do líder madeirense do Sr. Deputado Guilherme Silva.

Aplausos do PS.

O Sr. Guilherme Silva (PSD): - O que é que isso tem que ver com a segurança interna?!

O Orador: - Por isso o Sr. Deputado Guilherme Silva, nestas matérias de autoridade do Estado, não é o melhor intérprete.
Nesta matéria pode estar tranquilo porque as acções que estão a ser desenvolvidas, neste momento com particular intensidade, vão, estou certo, produzir uma política de justiça e assuntos internos que terá em Portugal o impacto para o qual trabalhamos com a maior intensidade.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: - Para pedir esclarecimentos, tem a palavra a Sr.ª Deputada Maria Celeste Cardona.

A Sr.ª Maria Celeste Cardona (CDS-PP): - Sr. Presidente, antes de mais, os meus cumprimentos neste primeiro dia dos nossos trabalhos.

O Sr. Presidente: - Muito obrigado.

A Oradora: - Sr. Primeiro-Ministro, não tenho, naturalmente, outro remédio senão corrigir mais uma das suas «habilidades» neste debate. Isto parece mais um conjunto de citações do que uma moção.

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): - Muito bem!

A Oradora: - De facto, o Presidente do meu partido disse que o aumento tinha sido socialmente injusto e economicamente perigoso, mas V. Ex.ª esqueceu-se de acrescentar o resto. É que o Estado andou, durante mais de dois anos, a engordar à custa dos contribuintes, quando o petróleo estava baixo e os senhores se esqueceram de liberalizar o respectivo preço.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): - Exactamente!

A Oradora: - Viram-se, portanto, na contingência de agir na sequência dos factos e não de os prevenir.
Sr. Primeiro-Ministro, voltando novamente ao ano 2000, àquilo que nos aflige e àquilo que aflige os portugueses, nós, nesta bancada, como vai reparar, somos persistentes. Vou falar da Maria e do Zé,….

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): - Muito bem!

A Oradora: - … daqueles que, por erro seu de previsão e de falta de visão, sofreram um aumento na sua prestação ao banco, durante o último ano, de cerca de 33% a 40%. Dou-lhe um exemplo: todos os meses, desde o último ano, o Zé e a Maria tiveram de pagar mais cerca de 25 000$ por mês ao banco.

Aplausos do CDS-PP.

Até parece a cantiga que o senhor conhece, que é do seu tempo: Sobe, sobe, balão sobe! No caso, «sobe, sobe, prestação sobe!».
A questão é muito simples, Sr. Primeiro-Ministro: o que vai V. Ex.ª fazer no próximo Orçamento do Estado para ajudar estas famílias?

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): - Muito bem!

A Oradora: - Vai aumentar a actual dedução de juros de empréstimos de 96 200$, que é o limite máximo, para 98 605$, isto é, uma actualização com base na taxa de inflação que os senhores esperam, mas que se enganam sempre, ou, por outro lado, vai ter a coragem de actualizar a dita dedução de juros de empréstimos para habitação no mínimo pelo valor que estes, efectivamente, subiram, de modo a que as pessoas, aquelas com quem o senhor diz que está preocupado e para quem faz política, possam ser aliviadas, pela via fiscal, daquilo que sofreram por via dos seus erros e das suas erradas avaliações?
E, já agora, Sr. Primeiro-Ministro, não uma pergunta mas um pedido: responda, por favor.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente: - Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: - Sr. Presidente, Sr.ª Deputada Maria Celeste Cardona, devo dizer-lhe que a primeira parte da sua intervenção me fez lembrar aquela frase da Rainha Santa Isabel: «São rosas, meu Senhor…». Só que, desta vez, não houve milagre!…
Percebo a gentileza e a galhardia de procurar defender o seu líder,…

A Sr.ª Maria Celeste Cardona (CDS-PP): - Repor a verdade!

O Orador: - … mas, como sabe, durante dois anos, houve uma política de estabilidade de combustíveis e essa política foi fiscalmente neutra.

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): - Foi de «engorda»!

O Orador: - Isto é, essa política abrangeu períodos de subida e períodos de descida e teve um resultado que foi fiscalmente neutro. Portanto, ninguém «engordou», ficámos exactamente na mesma. A Sr.ª Deputada sabe isso perfeitamente, mas fica-lhe muito bem este seu esforço para tentar salvar o seu líder de um passo mal dado nos debates parlamentares.