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12 I SÉRIE — NÚMERO 8

em relação ao que V. Ex.ª disse, ou seja, que é pena que a que pela razão, mais pela retórica política do que propria-Caixa Geral de Depósitos acabe por perder e que os nossos mente pelos conteúdos de fundo, «há muitos alçapões e receios não têm razão de ser… Vamos ver! não menos perigos».

A questão é esta: o que é que faz ao resto do sistema Devo dizer-lhe, por isso, que tem ilustres antecedentes financeiro português? Como é que o reorganiza? Este é a este respeito. Faz agora cinco anos, no dia 15 de Novem-que é o problema. Acha que ele fica bem como está, ou bro de 1994, em Bogor, na Indonésia, um presidente muito nacionaliza-o também? Julgo que não será lógico ir por aí! ilustre explicou que o seu país passaria a ser regido, justa-

Finalmente, o Sr. Deputado fez uma pergunta: para que mente, pela doutrina da economia social de mercado: esse é que servem as privatizações? Respondo-lhe com outra: presidente chama-se Jiang Zemin… para que é que serviram as nacionalizações? Bem-vindo ao clube, Sr. Deputado Basílio Horta!

Aplausos do CDS-PP. Risos do PS. O Sr. Presidente: —Para formular um pedido de es- O Sr. Presidente: —Para responder, tem a palavra o

clarecimento, tem a palavra o Sr. Deputado Francisco Sr. Deputado Basílio Horta. Louçã.

O Sr. Basílio Horta (CDS-PP): — Sr. Presidente, Srs. O Sr. Francisco Louçã (BE): — Virá, certamente bre- Deputados: Gostaria de dizer, também muito brevemente,

ve, o dia em que se possa discutir com mais detalhe — que o Sr. Deputado misturou habilmente o Doutor em tanto na Comissão como, eventualmente, em Plenário — economia, o Deputado, o homem de extrema esquerda e o os contornos deste negócio e da sua evolução. democrata ocidental. Também é um cocktail difícil!

Queria, no entanto, a propósito desta intervenção, pedir os esclarecimentos que considero necessários. Aplausos e risos do CDS-PP.

Antes de mais, queria felicitá-lo, Sr. Deputado Basílio Horta, porque creio que na sua intervenção conseguiu o Tem de concordar que também é um cocktail difícil. que é raro para o mais hábil dos oradores desta Casa: con- Talvez mais difícil do que o equilíbrio que o Sr. Deputado ciliar, numa mesma intervenção, pontos de vista tão dife- diz que eu fiz. rentes. Quero focar dois pontos, apenas, para lhe dizer o se-

Ouvi, com a mesma atenção, o Deputado «nacionalis- guinte: não concordei nem deixei de concordar com o ta» contra a assistência completa do Governo à Comissão, Governo anterior. Aliás, o Ministro da Finanças era uma no contexto desta segunda posição, deixando, aliás, per- pessoa que eu respeitava muito — e não posso deixar de passar a suspeita de que era partidário do primeiro veto e dizer aqui que o Sr. Prof. Sousa Franco é uma pessoa que da «solução Sousa Franco»; ouvi o Deputado «privatiza- merecia,… dor» a acentuar a importância da empresa e, portanto, da privacidade do acto empresarial que, em última análise, A Sr.ª Maria Celeste Correia (PS): — E merece! como compreenderá, remete sempre para a possibilidade de a vender a quem quer que seja — por outras palavras, O Orador: —… da minha parte, o maior respeito e a uma vez privatizada uma empresa, nenhuma barreira pode maior consideração. Ponto final! É uma questão pessoal hoje ser constituída quanto ao facto de ela poder ser ven- que nada tem a ver com questão política. dida, também a estrangeiros; mas ouvi, finalmente, um A questão, portanto, não é essa e eu não tenho nada de terceiro Deputado, ouvi, até, um Deputado «colectivista» saber se fez bem ou se fez mal. O que eu digo é que nós que apelava à intervenção do Estado num sector tão sensí- não devemos ter medo dos tribunais. Não devemos! Se há vel como o sector financeiro e a regulação do sector bancá- um conflito de interesses, há tribunais para julgar. rio.

Quero, portanto, felicitá-lo, porque creio que, na di- O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Muito bem! plomacia florentina que é necessária para a articulação destas três intervenções, o fez com brilhantismo e, aliás, O Orador: —Nós não temos de, por via administra-em muito pouco tempo. tiva, pôr interesses, que são de claro e relevantíssimo

No entanto, deixa-nos, ou deixa-me, pelo menos a interesse nacional, nas mãos de um ministro ou de um mim, a dúvida sobre se não haverá aqui uma tentativa de governo. dirimir um conflito entre o CDS e o PP, nestas várias Há atitudes que se tomam e que têm de ser levadas até interpretações. ao fim, sob pena de perdermos a credibilidade interna e,

fundamentalmente, a autoridade externa. O Sr. Sílvio Rui Cervan (CDS-PP): — Essa parte é

connosco! O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Muito bem! O Orador: —E nas soluções salomónicas que são ne- O Orador: —Quanto ao problema da China, do Jiang

cessárias para este tipo de arranjo, devo citar-lhe, para Zemin, Sr. Deputado, quero dizer-lhe que nós, graças a terminar, que há, nestas frases feitas como a que utilizou Deus, não temos nenhuma Praça de Tianamen. Nós respei-para coroar o seu discurso, remetendo para uma doutrina tamos os direitos liberdades e garantias e, agora, até con-da economia social de mercado, mais pela publicidade do cordamos com o Sr. Deputado Carlos Carvalhas, quando