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1363 | I Série - Número 34 | 04 de Janeiro de 2001

 

Não sei se o chefe militar do Exército tem condições para permanecer no seu lugar depois do que disse, admito que não tenha, mas o Sr. Ministro, então, enfrente com clareza a questão, não lhe retire o tapete, não o envergonhe, não o achincalhe, como fez com a frase que lhe disse.

Aplausos do PCP.

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): - Muito bem!

O Sr. Ministro da Defesa Nacional: - Sr. Presidente, se me permite, desejaria responder imediatamente ao Sr. Deputado.

O Sr. Presidente (Manuel Alegre): - Então, faça favor, Sr. Ministro.

O Sr. Ministro da Defesa Nacional: - Sr. Presidente, Sr. Deputado João Amaral, não é pelo facto de V. Ex.ª elevar a voz que adquire razão!

O Sr. João Amaral (PCP): - Sr. Ministro, responda, não perca tempo!

O Orador: - Não, Sr. Deputado! Não estou a perder tempo!

O Sr. Presidente (Manuel Alegre): - Não entrem em diálogo!
Faça favor de responder, Sr. Ministro.

O Orador: - O Sr. Deputado não adquire razão porque V. Ex.ª acabou de dizer que lhe entreguei uma papelada, ou uma «papelosa», não percebi bem, onde ficou perfeitamente demonstrado que nesse relatório da Internet se dizia que a NATO devia fornecer os elementos e eu indiquei-lhe o documento em que a NATO diz que forneceu os elementos e entreguei-lhe o documento…

O Sr. João Amaral (PCP): - Está dito que demora quatro meses a fazer!

O Orador: - Leia bem, Sr. Deputado!
E, se V. Ex.ª, porventura, pretende fazer chicana política desta matéria, desculpe que lhe diga, mas forneci a documentação que genuinamente está à minha disposição e essa documentação evidencia as dificuldades em que nos encontramos.
Você - Sr. Deputado, desculpe-me o você e a minha franqueza - pede-me que eu garanta às famílias que não há perigo de urânio empobrecido para a saúde.

O Sr. João Amaral (PCP): - Peço-lhe rigor!

O Orador: - E eu peço a V. Ex.ª que faça favor de dizer às famílias que há perigo! Estamos na mesma, Sr. Deputado! O que é necessário é rigor científico e esse rigor deve ser apurado pelas instâncias internacionais, e é o que elas estão a fazer!
Portanto, Sr. Deputado, não venha aqui com uma voz de vestal dizer que eu deveria garantir… quando fiz tudo o que estava ao meu alcance para…

O Sr. João Amaral (PCP): - Voz de quê?

O Orador: - De vestal, desculpe lá!

O Sr. João Amaral (PCP): - Isso é insultuoso!

O Orador: - Não foi insultuoso, desculpe, Sr. Deputado João Amaral! Não foi insultuoso!

Protestos do Deputado do PCP João Amaral.

E não vale a pena usar da palavra para se defender, porque eu não o quis ofender!

O Sr. João Amaral (PCP): - O Sr. Ministro fala baixinho para ver se a gente não percebe o que diz!

O Orador: - Não, Sr. Deputado.

O Sr. Presidente (Manuel Alegre): - Peço-lhes que não entrem em diálogo.
Faça favor de prosseguir, Sr. Ministro.

O Orador: - Quero concluir dizendo que fizemos tudo o que era cientificamente correcto e que estava ao alcance de Portugal e das Forças Armadas portuguesas para indagar, que o continuaremos a fazer de forma independente com as nossas capacidades científicas e que estaremos com a comunidade internacional no sentido de promover essa investigação, e, se alguma coisa for apurada, teremos de actuar em conformidade, não me peçam é decisões emocionais.

Aplausos do PS.

O Sr. João Amaral (PCP): - Sr. Presidente, peço a palavra para defesa da consideração da minha bancada.

O Sr. Presidente (Manuel Alegre): - Sr. Deputado, em que é que se fundamenta?

O Sr. João Amaral (PCP): - No uso da palavra «chicana», Sr. Presidente, que, para a minha bancada, é ofensiva.

Vozes do PS: - Ah!…

O Sr. João Amaral (PCP): - Se o Sr. Presidente achar que não é, faça favor de o dizer!

O Sr. Presidente (Manuel Alegre): - Tem a palavra para o efeito, Sr. Deputado.

O Sr. João Amaral (PCP): - Sr. Presidente, Sr. Ministro da Defesa Nacional, invoquei a figura regimental da defesa da consideração da minha bancada pelo uso da palavra «chicana», porque na bancada do PCP, em relação a esta matéria, não há qualquer espécie de chicana, e, por isso, essa palavra é ofensiva.
Digo, e repito, ao Sr. Ministro que no documento, de 10 de Novembro de 2000, que nos fez distribuir, está escrito que os trabalhos de campo começaram na semana de