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17 DE MAIO DE 2001 9

na qualidade, na diferenciação, na sustentabilidade e na regado tenderiam a aumentar, fruto da maior proximidade competitividade. de Lisboa, bem como da concentração industrial na zona

As perspectivas de crescimento quantitativo são, natu- da Azambuja, que já na altura era uma realidade. ralmente, mais optimistas para destinos emergentes do que Assim, o trânsito com proveniência do Cartaxo fica para destinos maduros. Nestes, a aposta de todos os inter- condicionado pelos camiões da zona industrial. Admitir venientes no sector vai, obviamente, no sentido de aumen- que o nó de Aveiras serve o concelho é não conhecer nem tar as receitas provenientes do turismo, o que passa por a malha de estradas da região nem a distribuição da popu-conquistar turistas mais exigentes e com maior poder de lação. compra, precisamente aqueles que se sentem menos identi- Urge, portanto, encontrar uma solução. E a urgência ficados com o tipo de turismo massificado que caracteriza tem dez anos. Tentativas houve, várias, mas a vontade a maioria dos destinos emergentes. política continua a ser uma miragem, senão vejamos: em

Acompanhando a tendência do crescimento mundial, 1995, o então Ministro do Equipamento Social, Sr. Eng.º também o nosso país deverá, cada vez mais, ver aumentada João Cravinho, propôs a construção de uma variante à a importância do turismo. Sendo Portugal um destino ma- EN366 na zona do Sisudo com a extensão de 10 km, que duro, não é nem de desejar nem de esperar um aumento exigia a construção de quatro rotundas e várias obras de significativo do número de turistas internacionais. Deve- arte, obrigava a 70 expropriações, nomeadamente de terre-se, sobretudo, estimular e consolidar a tendência, a que nos agrícolas, e custava 1,8 milhões de contos. A isto cha-parece poder assistir-se, do aumento da receita turística ma-se complicar o que é simples, ainda para mais quando a média e, que, claramente, reflecte um crescimento – e solução é apenas meia solução. relativamente a isso devemo-nos congratular – essencial- O que propomos é a construção de uma estrada na zona mente qualitativo. das Pratas e de um nó na zona da Quinta do Bairro Falcão,

A Expo 98 revelou-se um sucesso tanto ao nível da utilizando um viaduto sobre a auto-estrada já construído, qualidade como da quantidade. Ao contrário do que alguns bastando, para isso, melhorar a estrada Cartaxo-Almoster. preconizavam, não se lhe seguiu uma quebra. Espera-se, Esta solução é melhor porque obriga a uma única ex-assim, que este ano, com a realização do Porto 2001 e propriação, é melhor porque serve populações ainda não posteriormente com a realização do Euro 2004, contribua servidas pela solução proposta pelo Governo em 1995, é para consolidar ainda mais esta evolução positiva. melhor porque serve também outro concelho – o de Rio

Sr.as e Srs. Deputados, o turismo, tendo como função Maior e a sua zona industrial –, é melhor porque custa estabilizar esta orientação estratégica, com vista a com- apenas 900 mil contos. plementar-se, de um modo ainda, mais adequado, a contri- Sr. Presidente, Srs. Deputados, é caso para dizer: é fá-buição do turismo como factor de promoção, não só de cil, é barato e poupa milhões. riqueza, mas também de valores éticos comuns a toda a humanidade, num espírito de tolerância e de respeito pela Vozes do CDS-PP: —Muito bem! diversidade das raças, dos povos e das crenças religiosas, filosóficas e morais, deve ser preconizado por todos nós O Orador: —Em tempos, já se ouviu o argumento que enquanto País destinatário de milhares de turistas. não se podiam construir nós de auto-estrada com intervalos

tão curtos, porém é um argumento que não colhe, porque, Aplausos do PS. por um lado, noutras auto-estradas, existem nós com inter-valos bem menores, e, por outro, o alargamento da A1 vai O Sr. Presidente: —Igualmente para tratamento de precisamente permitir o aumento da fluidez do tráfego

assunto político relevante, tem a palavra, para uma inter- naquela via. E, se assim não fosse, Srs. Deputados, a solu-venção, o Sr. Deputado Herculano Gonçalves. ção era a de sobrecarregar os nós já existentes ou, pura e

simplesmente, não servir as populações. Não creio que O Sr. Herculano Gonçalves (CDS-PP): — Sr. Presi- algum dos senhores prefira esta última solução.

dente, Sr.as e Srs. Deputados: Venho trazer a esta Câmara o O CDS-Partido Popular quer ver solucionada esta legí-problema, mas também a solução, da acessibilidade das tima aspiração das populações daqueles concelhos com gentes do concelho do Cartaxo à auto-estrada do Norte celeridade, eficácia e transparência. Com celeridade, por-(A1). que se perdeu uma década; com eficácia, porque só a me-

É um problema típico de mau planeamento e de falta de lhor solução serve; com transparência, porque é com fron-vontade política em resolvê-lo. Antes que alguém caia na tal contributo daqueles que querem melhorar a qualidade tentação da demagogia ou das palavras fáceis, quero deixar de vida dos cidadãos, esquecendo muitas vezes a cor parti-claro que não posso classificar de outra forma esta situação dária para que os problemas se resolvam. porque quem constrói uma auto-estrada e se esquece dos Sabemos que as populações estão já a recolher assina-acessos não pode fugir à crítica. Não posso classificar de turas para converter esse abaixo-assinado em petição à outra forma um Governo que toma conhecimento do pro- Assembleia da República. O CDS-Partido Popular está blema e propõe uma solução onerosa e pouco útil. solidário com a iniciativa e, estando sensível ao problema,

antecipa hoje o debate. O Sr. Basílio Horta (CDS-PP): — Muito bem! Desta forma, os cidadãos do distrito pelo qual fui elei- to, têm a certeza de que connosco as suas aspirações estão O Orador: —Em bom rigor, o problema existe porque primeiro. É melhor trabalhar para mudar o que está mal,

aquando da construção daquela via não houve o cuidado em vez de, abruptamente, nos envolvermos numa mediati-de prever que os fluxos de tráfego, à época, no nó do Car- zação imediatista dos problemas, ou melhor, preferimos