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1 DE JUNHO DE 2001 19

pelo menos de acordo com o Regimento; mas, enfim, se de médio e longo prazo. E, se comparar os anos de 1999 e quiser falar mais uma vez, pela nossa parte, também não há de 2000, verificará que há uma espectacular recuperação qualquer problema, porque, de cada vez que o Sr. Deputa- do investimento directo estrangeiro em Portugal nesses do fala, nós ficamos a ganhar. dois anos. Portanto, há aqui um sistema de vasos comuni-

cantes, porque, efectivamente, os fundos não ocorreram, Protestos do PSD. de forma especulativa, na Bolsa — e, de certo modo, ainda bem —, mas, de forma mais estruturante, mais consolida-É o Regimento, Srs. Deputados! Leiam o Regimento! da, mais para o futuro, em investimento directo estrangei-

Antes de virem para Deputados, leiam o Regimento! ro. Convinha que isto fosse dito que é para não serem O Sr. Deputado Durão Barroso fez aqui uma referência atiradas para o ar algumas afirmações, que são perigosas!

sobre a inflação que não corresponde, manifestamente, à É que todos sabemos que a economia, e sou economista, verdade, como o Sr. Primeiro-Ministro sabe, pois a infla- não é uma ciência certa, depende muito da gestão das ção homóloga, em Portugal, não é a segunda, por acaso é a expectativas. Por isso, quando um líder de um partido da terceira, a inflação média, em Portugal — e estou a referir- oposição faz afirmações que não são fundamentadas e que me a Maio —, não é a segunda, por acaso é a terceira, e, se são alarmistas, contribui, através de uma má gestão das formos ao podium das maiores derrapagens, Portugal não expectativas, para acentuar as dificuldades das pessoas, aparece no primeiro, nem no segundo, nem no terceiro sobretudo dos pequenos aforradores. E isto não fica bem lugar. Sabe quem aparece em primeiro lugar, Sr. Deputado ao PP, e não fica bem ao Sr. Deputado Paulo Portas! Durão Barroso? A Irlanda, em todas as situações que citei, e a Espanha, na questão da derrapagem. Protestos do CDS-PP.

Portanto, Sr. Deputado, quanto a isto e, sobretudo, quanto à credibilidade das suas fontes de informação, Sr. Primeiro-Ministro, quanto à ideia de que Portugal estamos conversados. tem vindo a perder peso na Europa, como diria o brasilei-

O segundo comentário que quero fazer tem a ver com o ro: «Só contaram pró Sr. Deputado Durão Barroso!». que disse o Sr. Deputado Paulo Portas, que, aliás, está lá Se lermos os textos das várias reuniões em que alguns fora, a dar uma conferência de imprensa, em vez de estar de nós têm participado ao nível parlamentar, poderemos aqui a assistir ao debate. verificar que não há um texto final que não faça uma refe-

rência à presidência portuguesa, à cimeira extraordinária Protestos do CDS-PP. da Primavera, ao papel motor que Portugal tem vindo a desempenhar na agenda europeia, ao levantar de um tabu Srs. Deputados, repito, o Sr. Deputado Paulo Portas — repito, de um tabu — que ainda existia sobre a política

está lá fora a dar uma conferência de imprensa, em vez de agrícola comum, que convinha que o PSD apoiasse,… estar aqui a assistir ao debate… Eu vi-o…

A Sr.ª Manuela Ferreira Leite (PSD): — Vocês não O Sr. Nuno Teixeira de Melo (CDS-PP): — O que é precisam!

que tem a ver com isso! O Orador: —… independentemente de ser ou não O Orador: —O Sr. Deputado Paulo Portas fez aqui essa a forma final, como, aliás, já disse o Sr. Primeiro-

uma afirmação da maior gravidade. Ministro. Mais: V. Ex.ª tem o pensamento de uma Europa ao Protestos do Deputado do CDS-PP Nuno Teixeira de lado de Jospin, de Schroeder, de Prodi — aliás, toda a

Melo. imprensa internacional europeia o refere. Por isso, é espan- toso que se diga que Portugal ainda está naquela política Sr. Deputado, não se excite, porque, seguramente, já dos três «t» — o taco, os têxteis e Timor —, que era a

vai ter oportunidade de falar. Aliás, já sabia que o ia pro- característica essencial da política no tempo do Dr. Durão vocar e, por isso, o fiz, para obter mais tempo para, depois, Barroso. lhe responder, está a ver?! É que eu conheço o Regimento! A questão fundamental tem a ver com o alargamento,

O Sr. Deputado Paulo Portas disse aqui que a Bolsa Sr. Primeiro-Ministro. O alargamento é uma exigência de portuguesa está em crise e que isso se deve à reforma fis- justiça histórica, e V. Ex.ª, o Governo português, tem-se cal. Nós sabemos que este tipo de afirmações, a propósito pronunciado várias vezes a seu favor. Contudo, entendo de tudo e nada, se insere na campanha que o CDS-PP que, ao serviço dos próprios candidatos, não podemos desencadeou contra a reforma fiscal e que quer levar até às fazer um alargamento que não esteja devidamente consoli-últimas consequências. Aliás, brevemente, iremos ter um dado em estudos, em dossiers, perfeitamente estruturados e debate sobre esta matéria e, nessa altura, isso vai ficar consolidados, porque pode ser mau para a actual Europa e evidente. para a Europa alargada.

Mas há uma coisa que o Sr. Deputado Paulo Portas não Penso que o pilar da coesão social, que V. Ex.ª tanto sabe ou, se sabe, não disse: é que a situação da Bolsa de tem defendido, é absolutamente indispensável para con-Valores depende muito do investimento estrangeiro, que é, formar a própria ideia de alargamento. normalmente, um investimento de curto prazo e que é feito através de fundos de investimento que procuram rentabili- O Sr. Presidente: —Terminou o seu tempo, Sr. Depu-dades imediatas, mas há outro tipo de investimento estran- tado. Tem de concluir. geiro, que é o investimento directo, o qual é, obviamente,