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28 I SÉRIE — NÚMERO 94

nanceiras portuguesas em França, uma vez que, como se ço por fazer um comentário relativamente ao enquadra-sabe, têm constituído uma importante ajuda para inúmeras mento da Caixa Geral de Depósitos. acções no âmbito da comunidade portuguesa. Desde Março de 2000, se não estou em erro, o Grupo

Em terceiro lugar, refiro-me à questão que já aqui foi Caixa Geral de Depósitos tem realizado algumas alterações levantada e que se prende com a situação laboral dos traba- quer em termos da sua estratégia quer em termos da sua lhadores deste Grupo. Existem, neste contexto, algumas reorganização. A título de exemplo, como também já aqui questões preocupantes, sendo que, mesmo hoje, tanto foi mencionado, ocorreu em 28 de Março passado a fusão quanto sei, estão a ser elaboradas algumas iniciativas em com o BNU, operação que, em termos de funcionamento termos da comunidade que reflectem este tipo de preocu- das duas instituições, há muito se justificava para tirar pações. partido das sinergias dessas duas instituições.

É, pois, em relação a estes aspectos que gostaria que o Por outro lado, também em relação a essa alteração, em Sr. Secretário de Estado pudesse prestar alguns esclareci- termos de perspectiva e de funcionamento, a administração mentos. da Caixa Geral de Depósitos, em colaboração com todos

os seus trabalhadores, tem vindo a implementar um con-O Sr. Presidente (Narana Coissoró): — Para pedir es- junto de medidas no sentido de um maior dinamismo e de

clarecimentos adicionais, tem a palavra o Sr. Deputado uma maior viragem para o mercado exterior. Rodeia Machado. Tudo isto na perspectiva de, dada a situação da estrutu-

ra do sistema financeiro português e a posição da Caixa O Sr. Rodeia Machado (PCP): — Sr. Presidente, Sr. Geral de Depósitos como bem, que é, detido a 100% pelo

Secretário de Estado do Tesouro e das Finanças, efectiva- Estado, que não é accionista maioritário mas, sim, único, mente, foram já levantadas algumas questões em relação à se ir manter esta posição — objectivo que já foi afirmado Banque Franco Portugaise e à Caixa Geral de Depósitos, por este Governo diversas vezes, o de o manter detido a em França, pelo que há que tornar claros dois aspectos 100% pelo Estado —, papel que lhe cabe, inclusivamente, sobre esta matéria. em termos do próprio equilíbrio dentro do sistema finan-

De facto, a agressividade do BCP é superior à agressi- ceiro. Daí que essa alteração e esse ajustamento seja em vidade da Caixa Geral de Depósitos e da Banque Franco termos de estar mais virado para a satisfação dos seus Portugaise, em França, porque, enquanto o BCP tem 70 ou clientes. Basta olhar para os indicadores da Caixa Geral de 80 agências, a Caixa Geral de Depósitos tem apenas oito. Depósitos do ano 2000, quando comparados com os de É evidente que também temos de contar com as da Banque outros bancos, nomeadamente com o BCP, que aqui foi Franco Portugaise, mas, neste momento, os trabalhadores referido, em termos de vários indicadores, como sejam os desconhecem em absoluto o que vai ser feito, qual é a volumes de activo, resultados, etc., para se verificar que reestruturação e em que sentido vai essa reestruturação. Ou isso é indesmentível, o que terá, claramente, reflexos na seja, têm muitas dúvidas e acima de tudo têm falta de in- sua actuação em França. formação da parte dos responsáveis pela CGD e pela Ban- Quanto à actuação da Caixa Geral de Depósitos em que Franco Portugaise, em França. França, nomeadamente no que diz respeito ao número de

Não podemos, naturalmente, esquecer — e ainda há dependências e à sua cobertura geográfica, temos de ter pouco tempo estive com esses trabalhadores — que estão em atenção não apenas a Caixa Geral de Depósitos mas cerca de 156 trabalhadores na Caixa Geral de Depósitos e também a Banque Franco Portugaise. Em termos de rede, 291 na Banque Franco Portugaise, dos quais 250 são traba- temos de ver toda esta área. É um facto, é normal que lhadores portugueses. São portugueses que ali trabalham e assim aconteça e, diria mesmo, é salutar, que os outros que não sabem qual é o seu futuro em relação à banca. bancos portugueses também procurem cativar as poupan-

Já foram feitas perguntas sobre esta matéria, as respos- ças das comunidades portuguesas em França e canalizar tas são demasiado evasivas, não se chega a uma conclusão. as actividades para aí. Penso que dessa acção apenas O Sr. Secretário de Estado traz alguma informação relativa ficarão a ganhar os portugueses residentes em França, a esta matéria, mas eu gostaria que o Sr. Secretário de porque haverá uma maior diversidade de serviços e uma Estado nos informasse que futuro vai ser o dos trabalhado- maior competitividade, com as vantagens que isto trará res e do Grupo Caixa Geral de Depósitos e da Banque do ponto de vista de melhores condições e de melhores Franco Portugaise, em França. Porque, efectivamente, produtos financeiros, por conseguinte de uma melhor durante muitos anos, ela serviu, e penso que servirá para o garantia de serviços. futuro, para canalizar a poupança dos emigrantes para Portanto, para manter a sua posição, que é, inequivo-Portugal, e, a meu ver, essa referência não deve ser aban- camente, um objectivo primordial, a Caixa Geral de Depó-donada pelo Governo português. sitos terá de fazer o mesmo.

Como já mencionei, não existe, no que toca ao Grupo O Sr. Octávio Teixeira (PCP): — Muito bem! BCP, qualquer questão de acordo que tenha a ver com a sua presença em países da União Europeia, particularmen-O Sr. Presidente (Narana Coissoró): — Para respon- te em França. Por conseguinte, creio que neste momento

der, tem a palavra o Sr. Secretário de Estado do Tesouro e estão reunidas as condições que permitirão à Caixa Geral Finanças. de Depósitos fornecer uma melhor qualidade de serviços

aos seus clientes e aos portugueses residentes em França. O Sr. Secretário de Estado do Tesouro e Finanças: Há reestruturações em curso, para as quais tem havido

— Sr. Presidente, Srs. Deputados, se me permitem, come- sempre da parte da administração da Caixa Geral de Depó-