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23 DE JUNHO DE 2001 21

ropa cada vez mais desequilibrada». É verdade, mas o que guimos mais quotas para a produção portuguesa, nem propõe? O que propõe o Dr. Durão Barroso? Fazer a análi- melhores rendimentos de referência. Ora, o PSD referiu se crítica da situação, discretear à volta dela, impõe-se a aqui muitas vezes que, de facto, o rendimento dos agricul-um partido que é europeísta, sem dúvida, mas que por tores estava a decrescer e que as ajudas da Europa aos vezes vagueia entre uma hipótese e a contrária! outros países são várias vezes mais do que as que são da-

Esta é a minha interpretação da entrevista que li. E das aos agricultores portugueses! porquê? É que, Srs. Deputados, tenho a convicção de que Finalmente, o Governo veio a confirmar tudo isto. A há duas maneiras de olhar para a Europa: uns pensam que pouco mais de um ano das negociações da Agenda 2000, é um cofre, outros pensam, muitas vezes, que é apenas ainda sem estar totalmente em execução o III Quadro Co-uma participação para acrescentar algo. Como V. Ex.ª, Dr. munitário de Apoio para a agricultura, veio o pedido de Durão Barroso, disse, utilizando uma imagem, andamos à reforma da PAC, que é a confirmação de que, de facto, já procura de uma certa eficácia futura para que a União «não não estão de acordo com o que negociaram há um ano e ande a arrastar os pés», para que «não andemos a dançar meio. com quem tem centenas de quilos a mais do que nós». Mais: o Sr. Primeiro-Ministro já assumiu aqui que, de

Portugal tem de ter uma estratégia clara, definida, as- facto, conforme nós dizíamos, as ajudas aos países euro-sumida por esse grande espaço maioritário europeu. Por peus é substancialmente mais elevada do que a Portugal. E, isso, considero que a grande utopia dos fundadores tem então, pergunto-lhe: onde está a excelência dessa negocia-hoje um outro rumo, uma outra linha, e seria interessante ção do dossier Agricultura na Agenda 2000, ou como se saber o que o PSD pensa, designadamente o seu líder, pela justifica agora o vir já a pedir a reforma da mesma? sua experiência, pela sua participação enquanto Ministro dos Negócios Estrangeiros, para percebermos o que nos Vozes do PSD: — Muito bem! vai propor. Confesso que muitas vezes o discurso do PSD, aqui, é «confusionista»! O Sr. Presidente (João Amaral): — Para responder,

Há críticas sobre esta matéria, diz-se que há poucos tem a palavra o Sr. Deputado José Saraiva. debates sobre a Europa. Ora, esse debate, que nós também queremos, tem de ser feito em bases claras, para sabermos O Sr. José Saraiva (PS): — Sr. Presidente, Sr. Depu-se há diferenças ou não. Creio que, até agora, há mais tado Fernando Penha, não sendo eu especialista em ques-confusão no PSD do que nas propostas claras que o meu tões agrícolas, como não sou em nada,… camarada Medeiros Ferreira enunciou, nos sete pontos que o Primeiro-Ministro aqui trouxe e hoje foram sublinhadas, Risos. de forma mais sucinta, mas também mais clara, pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros. O Sr. Honório Novo (PCP): — Já sabíamos disso, es-

É isto que me parece interessante que a Assembleia da cusava de o confessar! República possa transmitir para fora desta Casa. Alguns estão preocupados com o «não» da Irlanda, mas, esses, O Orador: — … gostava de dizer-lhe que tenho a sen-estão sempre preocupados e só não tiveram tempo de estar sação de que a reforma, aquela «pedra do anel» que quise-nas ruas de Gotemburgo a atirar pedras às montras! ram pôr, em 1992, na presidência portuguesa, conduziu ao

que conduziu. Risos do Deputado do BE Fernando Rosas.Vozes do PS: — Muito bem! Esses, estão sempre preocupados! Em democracia, um

«não» vale, evidentemente, tanto como um «sim»! Mas O Orador: — Não esqueça de que tudo tem um prin-temos de ser claros e de saber o que o PSD quer, se o PSD cípio, e este não é o fim do mundo, e a prova é que Portu-reconhece haver uma estratégia, se está disponível para a gal, o Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural mesma e, mais, se está disponível para que haja mais Eu- e das Pescas, já depositou uma iniciativa no sentido de ropa para haver melhor Portugal! repensar toda a política agrícola comum.

Aplausos do PS.Vozes do PS: — Muito bem! O Sr. Presidente (João Amaral): — Para pedir esclare- O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): — Que grande

cimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Fernando Penha. fôlego! O Sr. Fernando Penha (PSD): — Sr. Presidente, Sr. O Orador: — Fê-lo primeiro do que os senhores, que

Deputado José Saraiva, mais uma vez, continuamos a andaram à «arreata» dos grandes interesses da França, da ouvir aqui transformar derrotas em vitórias. Alemanha e de outros países,…

V. Ex.ª falou novamente da vitória da Agenda 2000! V. Ex.ª esquece-se da derrota que foi a negociação do dossierProtestos de Deputados do PSD. Agricultura na Agenda 200?!

… para quem a PAC, presumivelmente, é feita. Vozes do PS: — Oh! Os senhores passaram a vida a dizer que a vossa refor- ma — aliás, foi a única coisa que conseguiram, mas não se O Orador: — Há que referir e recordar que não conse- fala dela na Europa, em nenhum documento europeu se