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29 DE JUNHO DE 2001 39

com certeza, Sr. Primeiro-Ministro! não sabem, vão convencer-se em breve por causa dos seus erros e da sua incapacidade! Aplausos do CDS-PP. Vozes do CDS-PP: — Muito bem! E aquilo que o senhor aqui veio apresentar é a prova de

que nós tínhamos razão! É a prova de que havia tanta frau- O Orador: — Portanto, Sr. Primeiro-Ministro, digo-de, tanta atribuição injusta nessa prestação que ela estava a lhe com toda a frontalidade que se o senhor amanhã sobre-transformar-se efectivamente num subsídio à preguiça e ao viver politicamente é porque lhe deram a mão. E isso pro-ócio! longa a agonia do País, isso estraga ainda mais a econo-

Mais, Sr. Primeiro-Ministro: V. Ex.ª perdeu – e isso mia, isso desgraça ainda mais Portugal, Sr. Primeiro-sabe – a confiança dos cidadãos, e é por isso que é também Ministro! Quando um Primeiro-Ministro é mau, é mau necessário que se vá embora. V. Ex.ª perdeu a confiança mesmo, e então temos de fazer tudo para que ele saia a dos eleitores – apenas 1 em 10 dizem que governa bem; tempo! perdeu a confiança dos consumidores, cujo nível de con- Sr. Primeiro-Ministro, vou citar alguém que eu e o Sr. fiança é o mais baixo desde há cinco anos; perdeu a con- Primeiro-Ministro conhecemos e admiramos: «A esperan-fiança dos investidores – basta ver a Bolsa, que sofreu uma ça é a inteligência do coração». O coração de Portugal já queda de 53% face ao ano passado; perdeu a confiança dos não bate por si, a inteligência de Portugal está contra si e industriais – em cada industrial que tem confiança em si há consigo não há nenhuma esperança! cinco que não têm nenhuma esperança em si! Peço-lhe que aplique a si próprio, e com isto termino, a

O senhor deveria tirar daqui uma conclusão, Sr. Pri- medida 33 — diga comigo «33»! — do programa do ainda meiro-Ministro. O senhor já não tem como emendar a Ministro Pina Moura, que diz o seguinte: «Extinguir, no mão! O senhor já não é capaz! prazo de 60 dias, os organismos inúteis.» «Organismo»,

Sr. Eng.º António Guterres, com respeito, saia, vá-se será o seu Governo! «Inútil» é-o à face de toda a gente em embora! É melhor para o País que o faça agora, porque o Portugal! «Extinga-o», Sr. Primeiro-Ministro! Saia! Vá-se seu prolongamento no Governo é uma agonia, é um empo- embora, porque isso é melhor para Portugal! brecimento, é a desorientação, é mais tempo sem rumo, é mais tempo sem sermos governados, Sr. Primeiro- Aplausos do CDS-PP, de pé. Ministro!

Indo directamente a este tema, Sr. Primeiro-Ministro, O Sr. Presidente: — Igualmente para uma intervenção, entendo que o senhor pode durar dois dias, pode cair ama- tem a palavra o Sr. Deputado Francisco de Assis. nhã – o que era um alívio para o País!; pode durar dois meses – isso era uma agonia!; pode durar dois anos – isso O Sr. Francisco de Assis (PS): — Sr. Presidente, Srs. é um o pesadelo! É por isso que entendo que quanto mais Deputados: Assim vai o estado da direita em Portugal. O tarde o senhor sair, pior para o País! O senhor não tem Sr. Deputado Paulo Portas acabou de proferir uma inter-uma ideia mobilizadora para Portugal, uma única, para venção, tendo estado 18 minutos a atacar o Governo e a apresentar! Esgotou, cansou, desorientou-se e desta vez exigir a saída imediata do Sr. Primeiro-Ministro. Mas nós perdeu mesmo a mão! acabámos por perceber que esses 18 minutos foram apenas

Sr. Primeiro-Ministro, não espero do Sr. Presidente da uma introdução ao verdadeiro repto que ele aqui queria República, que é socialista, que, por sua vontade, despeça lançar: o único destinatário da intervenção era o Dr. Durão um Governo socialista. Mas penso que se esta Assembleia Barroso, era o PSD. da República der o abanão que deve dar, o senhor cai, e é bom que caia, porque o País volta a recuperar a sua liber- Aplausos do PS. dade para escolher um novo rumo e um novo caminho!

Ora, Sr. Primeiro-Ministro, o senhor pode cair amanhã. É esse o caminho. É verdade que uma moção de censura, para ser aprovada, Em boa medida, não há razão alguma para estar exces-precisa do voto de um Deputado da sua bancada, mas o sivamente surpreendido, porque também a intervenção do orçamento rectificativo que o senhor apresentou, que é a Deputado Durão Barroso teve, no final, como principal confissão dos seus erros e a factura para a classe média destinatário, o Dr. Paulo Portas, dizendo que exigia uma pagar, esse, se toda a oposição votar contra, será chumba- intervenção do Sr. Presidente da República, sabendo de do. E se o orçamento rectificativo for chumbado, o senhor, antemão que o Sr. Deputado Paulo Portas tinha solicitado na situação em que está, não tem outra alternativa senão a uma audiência ao Sr. Presidente da República. É este o de apresentar uma moção de confiança, que também não estado da direita em Portugal, do ponto de vista político. passa. Do ponto de vista do programa, do ponto de vista da

estratégia, do ponto de vista das medidas ainda estamos Vozes do CDS-PP: — Muito bem! pior, porque nem o Sr. Deputado Durão Barroso nem o Sr. Deputado Paulo Portas foram capazes de enunciar, com O Orador: — E como teria de apresentar uma moção um mínimo de rigor, uma única medida, uma única orien-

de confiança que não passava, o senhor caía, e o Sr. Presi- tação, uma única estratégia para debelar os problemas com dente da República, aí sim, com um abanão e com um que eles próprios pensam que o País está confrontado. empurrão, faria o que muitos portugueses sabem que neste Sr. Presidente, de qualquer forma, este é o momento momento é necessário fazer, que é mudar de vida, mudar apropriado para cada grupo parlamentar exprimir com de Governo, mudar de Primeiro-Ministro! E os que ainda clareza, perante o Parlamento e perante o País, a sua apre-