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0014 | I Série - Número 001 | 18 de Setembro de 2003

 

O Sr. Presidente: - Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Guilherme Silva, dispondo para o efeito de 3 minutos.

O Sr. Guilherme Silva (PSD): - Sr. Presidente, Sr. Deputado António Costa, pensei eu, na minha ingenuidade,…

Vozes do PS: - Oh!

O Orador: - … que as férias fariam bem a V. Ex.ª e que chegaria a este Hemiciclo com uma consciência mais apurada de que a nossa economia, a nossa situação económica não começou em Março de 2002, como V. Ex.ª bem sabe.
Pensei, ainda, que V. Ex.ª viria aqui, hoje, assumir, de uma vez por todas, a grande responsabilidade que o Partido Socialista tem nas dificuldades que atravessamos.

O Sr. José Magalhães (PS): - Outra vez?!

O Orador: - Sr. Deputado António Costa, o Sr. Primeiro-Ministro, quando assumiu funções, teve a honestidade de transmitir aos portugueses a difícil situação em que o País se encontrava, teve a honestidade de dizer ao País que ia exigir sacrifícios, rigor, contenção e, que, num período transitório, tal iria agravar ainda alguns dos índices económicos indiciadores da difícil situação em que nos encontrávamos. É esta honestidade que diferencia os nossos dois partidos, Sr. Deputado.
Se, ao mesmo tempo, V. Ex.ª tivesse em conta a situação internacional, a conjuntura europeia, a conjuntura mundial, saberia honestamente que aí encontraria as respostas adequadas em relação a alguns dos seus reparos e observações.
Como sempre, o Partido Socialista chega atrasado. É que V. Ex.ª podia ter consultado a edição de hoje do boletim do Instituto Nacional de Estatística, onde é feita uma síntese económica de conjuntura e se diz que o indicador do clima económico indicia claramente uma reanimação das expectativas dos empresários e, também, uma quebra na actividade económica menos acentuada do que anteriormente, que há um desagravamento na situação do mercado de trabalho e, como se verifica pelo gráfico ali publicado, uma tendência firme de subida da economia portuguesa.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Há, realmente, uma diferença entre os nossos dois partidos. V. Ex.ª queria era que todos os índices que referiu estivessem ainda mais agravados, o que equivaleria ao resultado da política que VV. Ex.as estavam a seguir…

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

… e era para onde nos encaminharíamos se continuássemos a segui-la.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

V. Ex.ª vem referir-se ao investimento.
Ora, sabe o que estava a acontecer com os grandes investimentos em Portugal quando VV. Ex.as abandonaram o governo? Estava a ser ponderada a respectiva saída de Portugal - da Auto Europa, da Mitsubishi, da Opel - e, agora, aí estão essas empresas, consolidadas e a investir.

Aplausos do PSD.

Não foi o vosso trabalho que permitiu isso, foi a "mudança de agulha", o rumo que tomámos,…

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, o seu tempo esgotou-se. Por favor conclua.

O Orador: - … e que é o rumo em que vamos continuar.
Diga V. Ex.ª qual é alternativa que tem; diga se é a mesma do passado ou se tem outra melhor para reforçar o caminho que estamos a seguir.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: - Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado António Costa, que também dispõe de 3 minutos.

O Sr. António Costa (PS): - Sr. Presidente, Sr. Deputado Guilherme Silva, agradeço a sua preocupação com as minhas férias, mas creio que este período estival foi sobretudo mau para floresta, muito mau para quem faleceu em consequência da vaga de calor e fatal para a credibilidade do Governo do seu partido devido aos trágicos erros cometidos em