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1126 | I Série - Número 020 | 06 de Novembro de 2003

 

O Sr. José Apolinário (PS): - Factos! Factos!

O Orador: - … mas, Sr. Deputado, esqueceu-se do mais importante. É que não me interessa o número de turistas, não quero encher o País de turistas. Quero é mais receitas do turismo, quero melhor turismo e não apenas mais turistas.

O Sr. José Apolinário (PS): - Então e o Top Ten do Sr. Primeiro-Ministro?

O Orador: - Mais uma vez, é a questão da diferença entre a qualidade e a quantidade.
Sabe o que aconteceu às receitas do turismo até Julho passado? Aumentaram 3,5%, não diminuíram! Significa isto que, se calhar, temos menos turistas mas melhores turistas, isto num período que foi de recessão e de quebra de receitas no sector do turismo em todo o mundo.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Isabel Castro (Os Verdes): - Sr. Presidente, peço a palavra para uma interpelação à Mesa.

O Sr. Presidente: - É sobre o andamento dos trabalhos?

A Sr.ª Isabel Castro (Os Verdes): - Exactamente, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra.

A Sr.ª Isabel Castro (Os Verdes): - Sr. Presidente, o Sr. Ministro fez alusão a um documento que vai enviar-me. Ora, agradeço muito a brochura, mas quero dizer-lhe que a devolverei acompanhada de outra que contém a listagem de projectos que violam regras elementares da conservação da natureza e do ambiente.

Protestos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Presidente: - Sr.ª Deputada, isso não foi uma interpelação à Mesa. Fica a saber que, da próxima vez, cortar-lhe-ei a palavra!
Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Lino de Carvalho.

O Sr. Lino de Carvalho (PCP): - Sr. Presidente, Sr. Ministro, tem sempre a tarefa simpática, que lhe foi distribuída pelo Sr. Primeiro-Ministro, de nos anunciar as boas novas: a retoma, os projectos… Aliás, até já conseguiu mudar a opinião do Sr. Deputado Almeida Henriques depois de ele, em representação dos empresários da zona Centro, lhe ter escrito uma carta bem pouco simpática.
O Sr. Ministro tem sempre esta tarefa simpática. Já a Sr.ª Ministra das Finanças tem uma tarefa bem mais antipática: dá-nos o "pau", enquanto o Sr. Ministro dá-nos a "cenoura". As tarefas estão bem distribuídas, Sr. Primeiro-Ministro, não há dúvida!
O problema, Sr. Ministro, é o de que, apesar das boas novas, dos projectos, dos investimentos que nos anuncia, a verdade é que olhamos para a economia real e verificamos o crescente número de empresas que encerram por falência, verificamos que temos uma economia cada vez mais subcontratada, que temos perda de quotas de mercado, que temos mais desemprego. Obviamente que isto é uma contradição entre os sucessivos anúncios da retoma e dos projectos que o Sr. Ministro aqui nos traz e os resultados práticos dessa política, pois é através dos resultados que se avalia uma política.
Mais do que isso, o Sr. Ministro, infelizmente, tem tido alguns casos de insucesso em processos em que se empenhou pessoalmente, o mais recente dos quais, como sabe, é o da Portucel. Tivemos o Sr. Primeiro-Ministro a avocar o processo da Portucel; tivemos o Sr. Eng.º Belmiro de Azevedo a assumir arrogantemente o discurso de que não tem que respeitar ministros, sem que o Sr. Ministro tivesse recebido qualquer palavra de solidariedade por parte do Sr. Primeiro-Ministro.
A este propósito, Sr. Ministro, já agora, permita-me uma sugestão: para acabar com esse insucesso no caso da Portucel, acabe com o respectivo processo de privatização e mantenha a fileira florestal subordinada ao interesse público. Seguramente, essa é a melhor solução para si próprio, Sr. Ministro, e para o País.

O Sr. Honório Novo (PCP): - Mas ele não quer!