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1721 | I Série - Número 030 | 11 de Dezembro de 2003

 

Quanto à reinserção, será que os senhores ainda se lembram que também faz parte do plano?

O Sr. Presidente (Lino de Carvalho): - Sr.ª Deputada, o seu tempo chegou ao fim. Tem de terminar, por favor.

A Oradora: - Vou terminar, Sr. Presidente.
O Sr. Coordenador Nacional não coordena. Aliás, diz que não tem dinheiro e que os senhores não têm vontade política. O que é que lhe responde, Sr. Ministro?
E, já agora - já foi perguntado, mas era bom que tivéssemos uma resposta clara -, querem ou não criminalizar novamente o consumo? É que, se querem mudar e inverter a política, mais vale assumirem-no e não condenar ao fracasso, por falta de meios, a que existe.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (Lino de Carvalho): - Para formular pedidos de esclarecimento, tem a palavra o Sr. Deputado Patinha Antão.

O Sr. Patinha Antão (PSD): - Sr. Presidente, Sr. Ministro da Saúde, dir-se-ia que as oposições têm medo de abordar o tema dos hospitais empresarializados.

O Sr. Afonso Candal (PS): - Essa agora!…

O Orador: - Na verdade, têm boas razões para o evitar. Aventuraram-se por tais delírios demagógicos a tentar desacreditar esta reforma que agora as palavras abatem-se sobre os falantes como o gládio de Cícero sobre os vitupérios de Catilina: quosque tandem Catiline abutere patientia nostra?
Agora que os resultados objectivos, concretos e palpáveis são enunciados, fogem do tema como o diabo da cruz. Então, o Sr. Deputado Afonso Candal, que era o grande paladino no último debate que aqui tivemos, nesta Câmara, sobre esta matéria - o que ele esgrimiu, o que ele disse, o que ele vituperou! -, hoje, calado, remete-se à discrição de quem, efectivamente, tem vergonha em voltar ao tema.

O Sr. Afonso Candal (PS): - Está tudo igual!

O Orador: - Mas, Sr. Ministro, obriguemos os retóricos em fuga a voltar ao debate, para os confrontar com a sua incómoda sombra.
Sr. Ministro, é verdade ou não que os hospitais SA, os hospitais empresarializados, representam, grosso modo, 50% da produção hospitalar?
É verdade ou não, Sr. Ministro, que a actuação do novo modelo de gestão permitiu um ritmo de aumento das consultas que se multiplicou por três…

O Sr. Afonso Candal (PS): - Não é verdade!

O Orador: - … e um ritmo de aumento das cirurgias que se multiplicou por dois?

O Sr. Afonso Candal (PS): - Não é verdade!

O Orador: - Sr. Ministro, quais são os números concretos, palpáveis, de cirurgias e de consultas…

O Sr. Afonso Candal (PS): - Isso queríamos nós saber!

O Orador: - … que, relativamente à tendência do passado, agora, o novo modelo de gestão permitiu concretizar?

O Sr. Afonso Candal (PS): - Ninguém sabe!

O Orador: - Sr. Ministro, é verdade ou não que existe o efeito catalizador, como V. Ex.ª aqui afirmou, relativamente aos hospitais do sector público administrativo, àqueles que ainda estão no modelo de gestão tradicional? É verdade ou não que também aqui há ganhos concretos, palpáveis, ao nível das consultas externas e das cirurgias?
E, para dissipar quaisquer demagogias, em que a oposição é fértil, é verdade ou não que os números