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2056 | I Série - Número 036 | 09 de Janeiro de 2004

 

do Governo e da maioria para este novo ano de 2004.
Diz-nos o Deputado Bernardino Soares que há uma diferença entre as perspectivas do Governo e da maioria e a perspectiva dos portugueses. À partida, admitamos que sim. Temos obrigação de ler os indicadores, os de organizações internacionais e os nacionais como o relatório do Banco de Portugal, que nos dizem, claramente, que estamos perante o início da inversão do ciclo e que nos trazem uma série de boas notícias, nomeadamente um aumento do investimento privado e um aumento das exportações. Nós lemos esses indicadores!

Vozes do CDS-PP: - Muito bem!

O Orador: - Admito que esses indicadores não tenham ainda chegado à generalidade da opinião pública, aos portugueses, que passaram um ano difícil, um ano de exigência, um ano de sacrifício.

Vozes do CDS-PP: - Muito bem!

O Orador: - Agora, estamos convencidos de que, progressivamente e ao longo deste ano, o Governo e a maioria vão conquistar a confiança dos portugueses e de que os portugueses estarão também progressivamente mais optimistas. E isto em relação aos portugueses. Porque, se quisermos analisar não o futuro dos portugueses mas o futuro do PCP, devo dizer que ficaria completamente deprimido. Reconheça, Sr. Deputado Bernardino Soares, que, de facto, o vosso futuro não se apresenta brilhante, mas esse é um problema seu!

Protestos do PCP.

Isto tem a ver com uma outra questão essencial. No seu discurso, a Sr.ª Deputada Elisa Ferreira diz que "não interessa que o País vá estar melhor". Interessa, com certeza! É isso que nos interessa!

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): - É claro que interessa!

O Orador: - Sr.ª Deputada, a indicação mais importante temo-la no relatório do Banco de Portugal, nos dados internacionais e naquilo que o Governo aqui veio dizer: que 2004 vai ser melhor do que 2003 e que 2005 será, por todos os dados que temos, ainda melhor do que 2004. Isto não interessa?!… Com certeza que interessa!

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

É "preto no branco", Sr.ª Deputada! Ao contrário do que aconteceu em 2003, o rendimento disponível das famílias vai crescer neste ano!

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): - Exacto! Vai crescer!

O Orador: - É o que diz o Governador do Banco de Portugal e é o que dizem todos os indicadores!
Não lhe interessa o rendimento das famílias?!… Com certeza que interessa! É para isso que aqui estamos: para reformar, para mudar, para que os portugueses vivam melhor! E a indicação que temos é a de que neste ano os portugueses estarão melhor do que no ano passado. E estarão melhor por duas razões: porque optámos por mudar e porque optámos por fazer as reformas.
O que é extraordinário é que o maior partido da oposição, que sabe isto tão bem como nós, que há uns tempos atrás sabia melhor do que nós, porque estava no governo e tinha essa experiência (criou ministérios, criou comissões, fez grupos de trabalho, tinha uma coisa que eram as missões para saber da Administração Pública) e que disse dezenas, centenas, milhares de vezes que era preciso mudar a Administração Pública, que os critérios de mérito tinham de ser introduzidos na Administração Pública, que era preciso introduzir o contrato individual de trabalho na Administração Pública, quando, por exemplo, se discute agora a reforma, está contra e não adere! Não é aceitável! É uma atitude aceitável de forças imobilistas, mas não é aceitável que o Partido Socialista não se tenha unido a nós para reformar a Administração Pública a fim de que ela seja melhor!

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): - Muito bem!

O Orador: - Nós temos feito as reformas e, apesar de tudo, há mais algumas boas notícias neste ano