O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

2054 | I Série - Número 036 | 09 de Janeiro de 2004

 

promessas. Não há fiabilidade nos valores estatísticos que são apresentados. Não há fiabilidade nessas promessas de que o mundo vai mudar!

O Sr. Presidente: - Sr.ª Deputada, o tempo de que dispunha esgotou-se. Tenha a bondade de concluir.

A Oradora: - Termino já, Sr. Presidente.
Aquilo que é preciso é que haja para Portugal uma ideia clara, uma ideia mobilizadora, uma ideia que crie verdadeiramente confiança, que não destrua a confiança que os portugueses tiveram no Governo quando o elegeram. É isso que é importante que aconteça, Sr. Ministro!

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Guilherme Silva.

O Sr. Guilherme Silva (PSD): - Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares, acabámos de ouvir a intervenção da Sr.ª Deputada Elisa Ferreira de confirmação de que o PS está sempre em contra-ciclo.
Quando as coisas estavam mal e o País estava efectivamente de "tanga", o PS dizia: "Não digam isso porque esse discurso é que está a fazer mal ao País".

Vozes do PSD: - Exactamente!

O Orador: - Não era a situação do País que, infelizmente, estava mal! Agora, que entidades com a isenção e a independência do Banco de Portugal vêm dizer que a retoma está a aproximar-se e que os sinais estão aí, não apenas em Portugal mas na Europa e no mundo, a Sr.ª Deputada Elisa Ferreira vem dizer exactamente o contrário.
No entanto, devia ter, pelo menos, a cautela de dar a importância que entende que deve dar-se ao discurso. Se o discurso deve ser o da confiança ou o da esperança, então, o Partido Socialista, como oposição responsável, deve fazer o discurso da confiança e da esperança.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

E faça-o de forma fundamentada em documentos como os do Banco de Portugal. Faça-o de forma sólida e fundamentada e não com base em fantasias, como fez no passado.
Sr. Ministro, saliento um aspecto da sua intervenção que os portugueses podem ver neste Governo e nesta maioria: um rumo certo, um rumo que não se altera, de desenvolvimento e de recuperação do País. Isto é importante, porque, no passado, vimos as ondas de ziguezague dos governos socialistas, particularmente em função de actos eleitorais. Não podemos esquecer que Portugal foi o primeiro País a violar o Pacto de Estabilidade e Crescimento, exactamente porque o Partido Socialista não resistiu à tentação eleitoralista ao envolver-se nas eleições autárquicas.

Vozes do PSD: - É verdade!

O Orador: - Era preciso fazer despesa, comprar tudo e todos para ter bons resultados eleitorais.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Ora bem, V. Ex.ª, Sr. Ministro, veio aqui dizer que esta é também uma diferença em relação à maioria. Vamos ter dois actos eleitorais neste ano, mas o Sr. Ministro disse que o Governo não vai alterar o seu rumo, vai continuar as suas reformas, toque com os interesses que tocar. É o interesse nacional que está acima de tudo e não são os actos eleitorais que vão perturbar o rumo reformador que o Governo encetou e que está a executar.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

E por assim ser terminaria de forma oposta à da Sr.ª Deputada Elisa Ferreira, que disse que não adianta que o País agora esteja melhor. Sr. Ministro, adianta tudo que o País esteja melhor, adianta tudo que o País continue melhor!