O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

2560 | I Série - Número 046 | 31 de Janeiro de 2004

 

efeito muito benéfico na luta contra o clientelismo e na promoção de uma cultura de mérito e de excelência, que é a que queremos para a Administração Pública.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Presidente: - Para replicar, tem a palavra o Sr. Deputado Carlos Carvalhas.

O Sr. Carlos Carvalhas (PCP): - Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, o respeito e a consideração para com os trabalhadores da Administração Pública vê-se nas palavras e nos actos.
Quando um governo quer avançar com uma reforma da Administração Pública como um tractor, fazendo dos trabalhadores o bode expiatório - e lembremo-nos daquilo que foi dito, até por membros do Governo, da preguiça…

O Sr. Primeiro-Ministro: - Preguiça?!

O Orador: - (Sim!) que existia nos trabalhadores da função pública -, é respeitar os trabalhadores da função pública?!

O Sr. Honório Novo (PCP): - Exactamente!

O Sr. Primeiro-Ministro: - Eu disse isso?!

O Orador: - Não foi o Sr. Primeiro-Ministro.
Quando se avança com propostas que se sabe que irão levar à diminuição de salários reais, o que se está a fazer, Sr. Primeiro-Ministro?
Sr. Primeiro-Ministro, lembra-se de quando dizia: o governo engana-se sempre na taxa de inflação, mas é um engano que lhe dá muita utilidade, porque, com isso, diminui sempre os salários reais. O que é o senhor está a fazer? Não é o mesmo?! Não está a fazer o mesmo de que acusava o governo do Partido Socialista? Ou está a fazer diferente?
Relativamente à ADSE, o Sr. Primeiro-Ministro veio agora confirmar, ao querer igualizar a tabela da ADSE à do Serviço Nacional de Saúde, que está a baixar as comparticipações.

Vozes do PCP: - Claro!

Vozes do PS: - Exactamente!

O Orador: - Vem confessar que o que quer é baixar! Não quer a harmonização por cima mas por baixo.

Vozes do PCP e do PS: - Exactamente!

O Orador: - É claramente isto aquilo que quer! Aliás, sabe o que é uma percentagem? Se houver uma percentagem, basta que ela se mantenha, porque se diminuir no mercado, também diminui a percentagem…

Vozes do PCP: - Exactamente!

O Sr. António Costa (PS): - Com certeza!

O Orador: - Então, só diminuíam os valores absolutos, como é evidente.

Protestos do PSD.

Vozes do PCP e do PS: - Exactamente!

O Orador: - Isto é elementar! Saber o que é uma percentagem, é elementar!
Depois, o Sr. Primeiro-Ministro veio desafiar as oposições. Mas, então, não foi o Sr. Primeiro-Ministro que acabou com os concursos para as chefias intermédias?! Agora quer um consenso para que as chefias que não sejam de confiança política se possam manter?!