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2556 | I Série - Número 046 | 31 de Janeiro de 2004

 

necessária uma política séria em matéria de Administração Pública, sendo necessária esta sua reforma.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - É por isso que a conclusão que temos de tirar - e tenho de o dizer, especialmente ao Partido Socialista - é que quem, hoje, não tem política orçamental não tem qualquer condição para vir a ser governo em Portugal ou em qualquer País da Europa. Essa é a questão.
Quando falha a definição deste ponto essencial, não há condições para a credibilidade de uma política. Este é, de facto, o ponto essencial de demarcação: a política. E VV. Ex.as ainda não escolheram ou não querem escolher publicamente de que lado é que estão nesta matéria.
Acusam-nos muitas vezes de estarmos a ser demasiado restritivos, mas às vezes - suprema ironia! - dizem que a nossa política não vai suficientemente longe na concepção orçamental.
Querem acusar o Governo de uma coisa exactamente pelo seu contrário: absoluta falta de credibilidade! A vossa é uma credibilidade zero!

O Sr. Eduardo Ferro Rodrigues (PS): - Está a olhar para mim?

O Orador: - Sim estou a olhar para si, Sr. Deputado Ferro Rodrigues. Estou a olhar para si e com isso a valorizá-lo como líder do maior partido da oposição e a dizer-lhe, olhos nos olhos, que por esse caminho não tem qualquer credibilidade para vir a assumir os destinos de Portugal.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Eduardo Ferro Rodrigues (PS): - Sr. Presidente, peço a palavra.

O Sr. Presidente: - Para que efeito?

O Sr. Eduardo Ferro Rodrigues (PS): - Para interpelar a Mesa sobre a condução dos trabalhos.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra, Sr. Deputado.

O Sr. Eduardo Ferro Rodrigues (PS): - Sr. Presidente, o Sr. Primeiro-Ministro está visivelmente nervoso e agastado.

Risos do PSD e do CDS-PP.

Esqueceu-se que estava a responder à bancada do CDS-PP. Mas se quiser voltar a colocar-me perguntas, estou disponível para responder, desde que me seja dado tempo para tal.

Aplausos do PS.

Vozes do PSD e do CDS-PP: - Oh!

O Orador: - Gostava, pois, de saber se o Sr. Presidente nos dá uns minutos para voltarmos a intervir, visto que o Sr. Primeiro-Ministro teve agora a bondade de dizer que estava a falar comigo.

O Sr. Presidente: - V. Ex.ª disporá de mais tempo na segunda volta deste debate.
De resto, devo esclarecer que o debate - nem era preciso dizê-lo - destina-se a fazer perguntas ao Primeiro-Ministro e não ao inverso.
Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Carlos Carvalhas.

O Sr. Carlos Carvalhas (PCP): - Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, chega a ser caricato que a semana em que o Sr. Primeiro-Ministro insiste em vir discutir na Assembleia da República a reforma da Administração Pública, que já todos se aperceberam que é uma arma de arremesso contra os trabalhadores, seja precisamente a semana em que se ficou a saber que a Ministra da Justiça reteve ilegalmente, durante um ano, descontos dos trabalhadores, numa embrulhada e trapalhada.

Vozes do PCP: - Muito bem!