O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

0296 | I Série - Número 006 | 25 de Setembro de 2004

 

um embaixador, porque é que os senhores, quando estiveram no governo, não o resolveram?

O Sr. Carlos Luís (PS): - Não havia os problemas que há hoje!

O Orador: - Falaram tanto da imagem consular, andaram por tantos postos e, aparentemente, esqueceram-se daquilo que a Sr.ª Deputada Maria Manuela Aguiar falou, que foi a questão da Venezuela, do Canadá e de Londres. Os senhores praticamente nada fizeram para adaptar a rede às realidades das nossas comunidades.
Como tal, lamento que tenha falado de Londres, porque eu escusava, como é evidente, de lhe lembrar o passado e as responsabilidades que certamente também lhe cabem, porque era Deputado nessa altura.
Gostava também de lhe dizer que o facto de referir a Sr.ª Deputada Maria Manuela Aguiar também me deixa algo perplexo.

O Sr. Carlos Luís (PS): - É uma excelente Deputada!

O Orador: - Quer dizer, no Grupo Parlamentar do Partido Socialista deve haver um conjunto de Deputados que pode citar, em matéria de comunidades, mas, aparentemente, tem de ter sempre como "muleta" do seu discurso o trabalho da Deputada do Grupo Parlamentar do PSD Maria Manuela Aguiar. Para nós, é um regozijo e congratulo-me, porque, na realidade, sei que o trabalho da Sr.ª Deputada é extraordinariamente conhecido e reconhecido pelas comunidades portuguesas.
Mas, sinceramente, fico perplexo por o Sr. Deputado, sempre que vem à Assembleia da República fazer uma pergunta sobre comunidades portuguesas, ter de utilizar as palavras da Dr.ª Maria Manuela Aguiar para justificar seja o que for. O Grupo Parlamentar do Partido Socialista deve ter também outras pessoas entendidas em comunidades portuguesas, mas isso só demonstra claramente de que lado está a sensibilidade relativamente a essas comunidades.
Depois, falou na questão de Bayonne. Então, o Sr. Deputado, hoje, na Assembleia da República, vem falar de alguém que renunciou à nacionalidade portuguesa por causa do incidente de Bayonne?! Pois, fique sabendo que estive em Bayonne, conheço bem a questão, sei que ninguém quer perder um serviço de proximidade, mas estive com muita gente…
É que os emigrantes têm uma qualidade inigualável, que é uma dedicação extraordinária ao País,…

O Sr. Carlos Luís (PS): - Eles têm!

O Orador: - … e eles perceberam claramente a situação que este Governo herdou no plano orçamental e também percebem que, se numa população estimada em 900 000 portugueses em França, dos quais metade já são franceses, ou seja, para um universo de 500 000 pessoas portuguesas, havia 17 consulados, e se no Reino Unido, para 300 000 pessoas, havia só um, que nem sequer tinha capacidade de atendimento, temos de adaptar os serviços às actuais necessidades.

O Sr. Carlos Luís (PS): - Abram mais!

O Orador: - Falar hoje, na Assembleia da República, da questão de uma pessoa que perdeu a nacionalidade, quando houve uma proposta deste Governo, já aprovada aqui, para alteração da Lei da Nacionalidade, que permitiu a tantos emigrantes recuperar a nossa nacionalidade, é a todos os títulos notável como argumentação para defender aquilo que me parece claramente indefensável.
Sr. Deputado, quanto ao artigo do jornal, já uma vez lhe disse, num debate, quando apareceu com um jornal dentro de um plástico… Aliás, o Sr. Deputado já apresentou esse artigo, que já data do ano passado, não sei quantas vezes…

O Sr. Carlos Luís (PS): - Apresentá-lo-ei as vezes que forem necessárias!

O Orador: - Estou pronto a discutir a questão de Sion, agora o que me custa é estar sempre a repetir-me face a artigos de jornais, ainda por cima de um jornal local, que não tem o sentimento abrangente que deve ter uma questão das comunidades portuguesas, que é a reestruturação consular e a forma de a analisar por parte de um Deputado.
É evidente que fico surpreendido. Quer dizer, o artigo já tem um ano e tal…

O Sr. Carlos Luís (PS): - Não tem, não! Tem seis meses!