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0035 | I Série - Número 005 | 28 de Setembro de 2006

 

O Sr. Francisco Louçã (BE): - São benfeitores?!

O Orador: - O fundo público, com gestão pública, diz ao mercado: "A quem me der por uma parte do fundo uma taxa de rentabilidade definida eu estou disponível para lhe entregar esse dinheiro". O Sr. Deputado estava a insinuar era que nós entregávamos uma parte, eles geriam-na, cobravam uma comissão e, depois, entregavam o que resultar. Não, não! Não é assim! Porque esta gestão continua pública, simplesmente é uma boa gestão.

Risos do Deputado do BE Francisco Louçã.

Sr. Deputado, esse sorrisinho…
O Sr. Deputado sabe tão bem quanto eu do que estou a falar, porque sabe o que é gerir um fundo. Para se gerir publicamente um fundo também se tem de aplicar no mercado, tem de se aplicar em acções, em obrigações! Por isso, é perfeitamente natural que a boa gestão pública diga ao mercado: "A quem me der uma rentabilidade acima de tanto, ou quem me der mais do que tanto, nós estamos disponíveis para entregar parte do fundo". Mas, Sr. Deputado, nada disto tem a ver com a gestão privada.
Finalmente, Sr. Deputado, V. Ex.ª acusa-me de facilitismo?! O Sr. Deputado está convencido de que a sua marcha pelo desemprego foi uma marcha que resultou em boas medidas contra o desemprego. Ora, estou disponível para reconhecer que uma marcha pelo desemprego faz sublinhar a importância que essa questão tem e até a atenção social que os políticos lhe prestam. Estou muito disponível, e acho isso muito bem! Mas, Sr. Deputado, não pretenda que as suas propostas venham agora dar uma resposta milagrosa ao problema do desemprego.
O Sr. Deputado quer convencer-nos, a todos nós, que já andamos na política há uns anos e já temos uma idade e um conhecimento da vida acentuado, que a sua proposta mágica para resolver o problema do desemprego é que, em vez de trabalharmos segunda, terça, quarta, quinta e sexta, trabalhemos apenas segunda, terça, quarta e quinta!?

O Sr. Francisco Louçã (BE): - É mentira!

O Orador: - Acha que isso é razoável? Acha que um sinal para a nossa economia e para o emprego em Portugal seria dizer vamos trabalhar todos menos?

O Sr. Francisco Louçã (BE): - É mentira!

O Orador: - É mentira!? Desculpe, foi a grande proposta que apresentaram: fim-de-semana de três dias!
O Sr. Deputado acha que isso é um bom sinal para a economia? Acha que é um bom sinal para os portugueses?

O Sr. Presidente: - Sr. Primeiro-Ministro, faça favor de concluir.

O Orador: - Mais: não será isto uma proposta demagógica e completamente facilitista,…

O Sr. Francisco Louçã (BE): - É mentira!

O Orador: - … destinada apenas a obter popularidade fácil? Não será isto demagogia?
Sr. Deputado, peço-lhe que reflicta um minuto e se dê conta também de que, para ganhar votos, nem sempre é possível recorrer a tudo.

Aplausos do PS.

O Sr. Luís Fazenda (BE): - Sr. Presidente, peço a palavra para interpelar a Mesa sobre o bom andamento dos trabalhos.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra, Sr. Deputado.

O Sr. Luís Fazenda (BE): - Sr. Presidente, por intermédio de V. Ex.ª, gostaria de dizer ao Sr. Primeiro-Ministro que não é bom método fazer intervenções políticas com base em notícias de jornal não confirmadas, como essa de que o Bloco de Esquerda defenderia um fim-de-semana de três dias.

O Sr. Francisco Louçã (BE): - Exactamente!