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0019 | I Série - Número 013 | 19 de Outubro de 2006

 

Deputado Armando França já veio a público dizer que está contra o eventual encerramento do serviço de urgência do Hospital de Ovar, assim como o seu colega de bancada Deputado Pedro Santos também veio dizer que está contra o encerramento da urgência do hospital de São João da Madeira.
Por isso, Sr. Deputado Vasco Franco, V. Ex.ª, provavelmente, e alguns colegas da sua bancada, é que apoiam a política de corte cego e verdadeiramente anti-social que o Sr. Ministro está a praticar.
Sr. Deputado João Semedo, voltando a reiterar as nossas diferenças de princípio e as nossas diferenças político-ideológicas em muitas questões, designadamente na área da saúde, eu gostaria de saber como é que o Sr. Deputado consegue explicar que o Sr. Ministro da Saúde, há dois anos atrás, tenha chamado às taxas moderadoras - as tais verdadeiras taxas moderadoras - "taxas de punição" e, hoje, numa afirmação de incoerência atrevida, as venha aplicar, penalizando os cidadãos mais necessitados e, provavelmente, aqueles que mais precisam do Serviço Nacional de Saúde.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: - Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado João Semedo.

O Sr. João Semedo (BE): - Sr. Presidente, gostaria de começar por dizer ao Sr. Deputado Vasco Franco que aproveitou a minha intervenção para treinar a sua intervenção de logo na reunião com o Ministro Correia de Campos - segundo a imprensa relata, haverá hoje uma reunião entre o Dr. Correia de Campos e o Grupo Parlamentar do PS, o que denota já, em si, algumas dificuldades de articulação, de coesão política, relativamente a algumas medidas que estão em curso.

Vozes do PS: - Olhe que não!

O Orador: - De qualquer forma, fico satisfeito por lhe ter dado essa oportunidade para treinar a oratória, não que lhe faltem dons ou experiência,…

O Sr. Vasco Franco (PS): - Muito obrigado!

O Orador: - … mas pôde treinar o elogio à política do seu Governo.
Infelizmente, eu não trouxe aqui qualquer lista de calamidades nem de desgraças, trouxe, sim, uma lista de realidades. E a realidade até mais importante é comparar aquilo que vemos com aquilo que está escrito no Programa do Governo e no programa do Partido Socialista.

A Sr.ª Alda Macedo (BE): - Muito bem!

O Sr. Fernando Rosas (BE): - Exactamente!

O Orador: - Esse exame, essa avaliação, essa comparação é que os senhores também deviam fazer, enquanto Deputados eleitos pelo Partido Socialista, porque muitas das medidas e muitas das situações que aqui descrevi não constam nem de um nem de outro programa.
Por exemplo, se nós lêssemos o programa do Partido Socialista, nunca imaginaríamos que a matéria da luta contra a SIDA estava no estado em que está.

O Sr. João Rebelo (CDS-PP): - Muito bem!

O Orador: - Ou o Sr. Deputado está satisfeito que, ao fim de ano e meio de governação, ainda não haja um programa nacional de luta contra a sida?! O Sr. Deputado está satisfeito que o coordenador tenha à sua volta um motorista, uma secretária, uma telefonista e dois técnicos, quando a Comissão, no início das funções do actual coordenador, tinha cerca de 30 colaboradores?!... O Sr. Deputado está satisfeito com isto? Estas seriam as questões que os Sr. Deputados, hoje, deveriam colocar ao Sr. Ministro da Saúde.

O Sr. Fernando Rosas (BE): - Exactamente!

O Orador: - Uma outra questão: estão preocupados com o financiamento. Naturalmente! Governam, têm de encontrar as soluções! Mas a vossa solução, a solução do Ministro Correia de Campos é sempre a mesma: é fechar, é cortar, é reduzir, é encolher! E só quem não visita este país - e os Srs. Deputados deveriam fazer um esforço para visitá-lo - é que não pode imaginar, sequer, o impacto de certas medidas.
Falou-me das maternidades, mas o Sr. Deputado está convencido de que o impacto do encerramento de algumas maternidades já é, hoje, avaliável?!

O Sr. Manuel Pizarro (PS): - Já é avaliável, já!