I SÉRIE — NÚMERO 18
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Vozes do PSD: — É justo!
O Orador: — Mas constato também que o PSD está muito empenhado em obter solidariedade em todos os campos,…
O Sr. Fernando Antunes (PSD): — É pena que o senhor não esteja!
O Orador: — … mostrando uma grande complacência com o histórico de despesismo, por exemplo, da Região Autónoma da Madeira,…
Vozes do PSD: — Oh!
O Orador: — … numa acção de solidariedade cujo resultado, parece-me, terá sido, porventura, o de ganhar um amigo mas, com certeza, perder a credibilidade face à opinião pública, no que se refere ao seu empenhamento e à sua determinação em combater o despesismo e em reduzir a despesa.
O Sr. António Montalvão Machado (PSD): — Repita lá o que disse dos autarcas!
O Orador: — Ora, Sr. Deputado, tenho muito orgulho em ter pertencido ao primeiro governo do Eng.º António Guterres e em ter sido secretário de Estado de um grande ministro das Finanças, que foi o Sr.
Professor Sousa Franco.
Vozes do PSD: — Responda às perguntas!
O Orador: — O que nós fizemos nesse período, de 1995 a 1999, foi colocar Portugal no euro.
Vozes do PS: — Muito bem!
O Orador: — Recordo-lhe alguns números, Sr. Deputado, porque também é bom que saiba do que fala, que não fale de cor, ignorando, de facto, o que os números nos dizem.
O Sr. Mário Albuquerque (PSD): — Por que é que fugiram?!
O Orador: — O défice, em 1995, Sr. Deputado, era de 5,2% do PIB e, em 1999, baixou para 2,7%.
O Sr. Duarte Pacheco (PSD): — Porque a receita aumentou!
O Orador: — Sr. Deputado, durante o seu governo, o défice, que era, em 2002, de 2,9%, subiu, em 2004, para 3,2%.
A despesa, Sr. Deputado, que, em 1995, era de 42,8% do PIB, subiu, em 1999, para 43,2%, isto é, subiu 0,4 pontos percentuais. Enquanto os senhores estiveram no governo, entre 2002 e 2004, a despesa subiu de 44,2% para 46,6%, ou seja, mais 2,4 pontos percentuais.
O Sr. Alberto Martins (PS): — Muito bem!
O Orador: — E não venha cá dizer que nós pusemos o País no pântano, porque vocês é que colocaram o País num pântano do qual estamos a ter dificuldade em sair!
Aplausos do PS.
Protestos do PSD e do CDS-PP.
Quanto às indemnizações compensatórias esclareço o seguinte: em 2005, o seu montante foi de 338,2 milhões de euros; em 2006, a execução será de 366,2 milhões de euros, o que representa um acréscimo de cerca de 7% entre este ano e o anterior; no próximo ano, as indemnizações compensatórias serão de 397,8 milhões de euros, representando também um acréscimo de, aproximadamente, 7%.
A Sr.ª Rosário Cardoso Águas (PSD): — Até que enfim que responde!
O Orador: — Sr. Deputado Honório Novo, os efeitos sobre o IRC das medidas tomadas pelo Governo no que se refere ao sector financeiro far-se-ão sentir em 2007 e nos anos seguintes. Em particular, a medida que afecta as provisões para créditos com garantia real só terá o seu pleno efeito a partir de 2008, porque a