O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

9 DE NOVEMBRO DE 2006

51

da população activa dos últimos quatro anos iam directamente para o desemprego. Estas 48 000 pessoas que acederam ao mercado de trabalho encontraram emprego. E é de pessoas que estamos a falar e não de números!

O Sr. Mota Andrade (PS): — Muito bem!

O Sr. Luís Fazenda (BE): — Que demagogia!

O Orador: — Pergunta-me se estou satisfeito com estes 48 000 postos de trabalho e eu respondo-lhe que…

O Sr. Francisco Louçã (BE): — E a taxa de desemprego é a mesma?! É milagre!

O Orador: — O Sr. Deputado está a surpreender-me. Não esperava de si demagogia tão rasteira como a que está a fazer!

Aplausos do PS.

O Sr. Francisco Louçã (BE): — E eu não esperava de si essa demagogia!

O Orador: — Mas respondo-lhe a todas as questões, Sr. Deputado. Não estou satisfeito com estes 48 000 postos de trabalho «líquidos» que foram criados. Gostaria que fossem criados muitos mais, mas estaria muito mais penalizado se continuasse a acontecer o que aconteceu nos últimos quatro anos, em que não se criou um único posto de trabalho «líquido» em Portugal. Esta é a novidade do nosso Governo e os Srs. Deputados não reconhecem que é uma boa e importante novidade, que é o ponto de partida para encetarmos um combate sustentado ao desemprego. Se não conseguem reconhecer isto, estão a voltar as costas à realidade e, ao fim e ao cabo, a fazer oposição à realidade.
Assumimos plenamente o objectivo que constava dos cartazes de campanha eleitoral, como o Sr. PrimeiroMinistro já disse. O nosso objectivo é o de reduzir o desemprego, mas este não se combate nem se reduz sem passar por esta fase obrigatória de criar mais postos de trabalho que possam servir quem deles precisa, ou seja, os que chegam de novo ao mercado de trabalho.

O Sr. Mota Andrade (PS): — Muito bem!

O Orador: — Depois, sim, começaremos — espero que em breve — a reduzir substancialmente a nossa taxa de desemprego. Isto é que falar verdade! Não fujo, portanto, à sua pergunta. O nosso objectivo é o de reduzir o desemprego, mas isso passa por criar postos de trabalho, que é o que está a acontecer agora e não aconteceu no passado. Esta é a verdade, e quem não o reconhece está a fazer demagogia!

Aplausos do PS.

O Sr. Francisco Louçã (BE): — O senhor nem é capaz de defender o seu Orçamento!

O Orador: — Hoje temos, de facto, 405 000 desempregados, o que representa uma redução. Esta redução pode parecer pequena, mas esses 48 000 postos de trabalho criados num ano valem muito. Valem muito mais do que as milésimas de demagogia que o Sr. Deputado aqui trouxe!

Aplausos do PS.

O Sr. Luís Fazenda (BE): — Quem o viu e quem o vê!

O Sr. Francisco Louçã (BE): — O senhor já foi de esquerda!

O Orador: — Muito brevemente, porque o tempo escasseia, gostava de responder ao Sr. Deputado Mota Soares, referindo-me à questão dos deficientes. O Sr. Ministro das Finanças e o Sr. Primeiro-Ministro já aqui disseram qual o objectivo e quais as intenções da medida proposta no Orçamento para 2007. Não se trata de reduzir a despesa fiscal através das pessoas com deficiência. Pelo contrário, ela até aumenta no Orçamento do Estado. Trata-se, sim, de aplicar os recursos de forma mais justa e eficaz. Se os Srs. Deputados não conseguem perceber esse objectivo e compreender que a justiça também passa por aí, estamos conversados!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Ai estamos, estamos!