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30 DE NOVEMBRO DE 2006

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O Orador: — E é a consciência disto que levou o Partido Socialista a apresentar algumas propostas, tentando corrigir erros do Governo. Mas, mesmo assim, não se resolve este tipo de problema. É por isso que apresentamos uma proposta, que é a seguinte: mantenha-se em vigor o regime actual, entre em vigor o regime proposto pelo Governo e aplique-se o mais favorável ao contribuinte.

Vozes do PCP: — Exactamente!

O Orador: — Tal e qual como existe na segurança social.

O Sr. Honório Novo (PCP): — Na dúvida, aplica-se o regime mais favorável!

O Orador: — Não é uma solução nova! Na segurança social há, neste momento, três formas de calcular a pensão.

O Sr. Afonso Candal (PS): — Não há, não!

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Não há?!

O Orador: — Ainda há! A lei ainda não saiu.

O Sr. Afonso Candal (PS): — Agora, já não há!

O Orador: — Há três formas de cálculo, e durante todos estes anos foi assim: escolhia-se a melhor.
Aceitem a proposta que propomos.

O Sr. Honório Novo (PCP): — Na dúvida, aplique-se o mais favorável!

O Orador: — Espero que o Partido Socialista tenha sensibilidade social.

Vozes do PCP: — Muito bem!

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Afonso Candal.

O Sr. Afonso Candal (PS): — Sr. Presidente e Srs. Deputados, tentando sistematizar várias questões, vou começar pelo fim, pelo Sr. Deputado Eugénio Rosa, para dizer o seguinte: ainda bem que fez os cálculos, ainda bem que certificou…

O Sr. Eugénio Rosa (PCP): — Duvida!?

O Orador: — Não, não duvido! Acho que os cálculos estão bem feitos e que V. Ex.ª também já percebeu, nomeadamente naquilo que diz respeito aos 900 €/mês — um dos exemplos dados —, que esses cidadãos, tenham eles rendimentos de trabalho ou de pensões, aplique-se-lhes o regime antigo ou o regime novo, não pagam qualquer imposto.
V. Ex.ª esclareceu-nos, porque tenho aqui as contas…

Vozes do PCP: — Muito bem!

O Orador: — Já tínhamos falado nisto, mas, agora, o Sr. Deputado Eugénio Rosa, que, na altura, considerava que tinha razão e que eu não, já considera que eu tenho razão e que ele não tem razão.

O Sr. Eugénio Rosa (PCP): — Não, não!

O Orador: — É bom fazer-se esta clarificação, porque, assim, demonstra-se que é preferível fazer contas para se saber do que se está a falar antes de se falar sobre as matérias.
Agora, aquilo que V. Ex.ª diz é que, nas situações que aí tem, há prejuízo,…

O Sr. Eugénio Rosa (PCP): — São as do Governo!

O Orador: — … porque as situações que V. Ex.ª aí tem são todas relativas a cidadãos portadores de deficiência com rendimentos. São todas!

O Sr. Honório Novo (PCP): — As de pensões não!