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I SÉRIE — NÚMERO 23

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O Orador: — Digo-lhe mais: acredite V. Ex.ª, ou não, muitos cidadãos portugueses portadores de deficiência, ao longo destes dias, me têm escrito, de múltiplas formas…

O Sr. Luís Fazenda (BE): — Imagina-se!

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): — Deve ser a agradecer!

Vozes do PSD: — A desejar as Boas Festas!

O Orador: — E uma dessas pessoas até está naquele quadro, ou num dos quadros, que foi aqui referido pelo Sr. Deputado Eugénio Rosa, é daqueles que têm uma penalização mais acentuada… É que o Sr. Deputado Eugénio Rosa fala da percentagem e do crescimento da percentagens, mas isso é a segunda derivada. Isso não interessa!

O Sr. Eugénio Rosa (PCP): — Não é a segunda derivada, é a primeira.

O Orador: — É evidente que o que interessa é o aumento absoluto e é aquilo que é o peso sobre o rendimento bruto das famílias.

Protestos do Deputado do PCP Eugénio Rosa.

É evidente que, em algumas situações, ele é forte, e daí que se tenha previsto a norma transitória.

Protestos do Deputado do PCP Eugénio Rosa.

Mas, Sr. Deputado, um desses cidadãos que me escreveu e que está exactamente na situação mais «pesada», ele próprio, considera que é manifestamente baixa a taxa de IRS que paga.

Vozes do PSD: — Deve ser o único! Se calhar é PS!

Vozes do PCP: — Deve ser militante do PS!

O Orador: — E, depois, termina dizendo que é importante e regista a proposta do Grupo Parlamentar do Partido Socialista no sentido de adoptar o gradualismo nas medidas que, mesmo sendo justas, têm impacto abrupto e inesperado na vida das pessoas que cumprem a lei. Esta é a preocupação. Ou seja, a medida é justa, vai no caminho certo. Sabemos que tem impacto no rendimento disponível de muitos cidadãos, daí, a existência de uma norma transitória…

Vozes do PCP: — Isso não resolve o problema!

O Orador: — … que fará com que este impacto se vá dissipando por três anos.

Vozes do PS: — Muito bem!

O Orador: — Mas a medida não deixa de ser justa, porque há muita gente que vai usufruir, são muitas mais as pessoas que vão usufruir do que aquelas que vão ter prejuízo relativo.

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. Jorge Machado (PCP): — Não é uma norma transitória que resolve o problema. Vocês fizeram asneira e não querem resolver o problema!

O Orador: — Para terminar, uma nota sobre a questão dos deficientes, em relação à intervenção do Sr. Deputado João Rebelo.
Sr. Deputado, sugiro-lhe que leia as propostas de alteração. Conhece as propostas de alteração? A questão dos deficientes das Forças Armadas está consagrada, e está consagrada também numa linha justa, porque aquilo que existia até hoje de diferenciação dos deficientes das Forças Armadas era, a exemplo dos cidadãos com taxa de incapacidade mais alta, o aumento do tecto máximo da dedução; e só precisa desse aumento do tecto máximo quem tem rendimentos altos. Digamos que, isto aplicado às Forças Armadas, o benefício que estava consagrado no Código era para os generais com deficiência e rendimentos altos, porque os outros deficientes das Forças Armadas com rendimentos mais baixos não usufruíam em nada…