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19 DE JANEIRO DE 2007

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O Orador: — Então, o Sr. Ministro também não pode ser coerente?! Aliás, ele não tem sido outra coisa senão coerente, desde que está no Governo.

Vozes do PS: — Muito bem!

O Orador: — Tudo aquilo que estava previsto tem vindo a ser concretizado. Reparem que as unidades de saúde familiar são efectivamente uma aposta do nosso Governo, e uma aposta com grande sucesso. E, reparem também, enquadra-se na chamada esquerda moderna, que vocês não percebem.

Vozes do PS: — Muito bem!

Vozes do PCP: — Ah!

O Sr. António Filipe (PCP): — Bem me parecia!

O Orador: — Quer entregar à sociedade civil organizada os serviços que o Estado devia prestar mas pagando-os e fiscalizando-os, porque, assim, são mais funcionais e estão mais próximos da população, aproveitando a informatização para que as pessoas tenham sempre consulta garantida, porque os médicos das unidades de saúde familiares são todos médicos daquelas pessoas.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Sim, sim!…

O Orador: — Portanto, multiplicámos os médicos de família, deixámos de os individualizar, como até aqui.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — O que vocês multiplicaram foi o número de doentes por médicos de família!

O Orador: — Em suma, este é um novo conceito de médico de família de que vocês ainda não perceberam o alcance.

Aplausos do PS.

E não perceberam porque, precisamente, estão ainda numa fase primária, não percebendo a dimensão da informática, da interligação do trabalho do grupo e da autonomização e responsabilização dos funcionários profissionais da saúde ao serviço das populações. E o nosso objectivo é servir as populações.

Vozes do PS: — Muito bem!

O Orador: — E o mesmo se passa com a gestão dos hospitais e com os serviços dos hospitais.
A este propósito, aproveito para perguntar ao Sr. Ministro se vamos estender a lógica e a filosofia das unidades de saúde familiar aos serviços hospitalares, porque temos também de autonomizar estes serviços e de responsabilizar os seus membros para que, efectivamente, apresentem resultados mediante os objectivos traçados pelo Governo, protocolados com eles e, ao fim, efectivamente fiscalizados.

Vozes do PS: — Muito bem!

O Orador: — É nesta lógica que temos de caminhar e é esta lógica que o PCP e, já agora, o resto da oposição não percebem, porque nem sequer o PSD percebeu que estava a ir a reboque do Partido Comunista. É por isso que, depois, vocês não conseguem encontrar aqui um rumo, porque não entendem que é apoiando as nossas políticas que vocês podem encontrar algum caminho para, um dia, poderem ter alguma esperança no futuro,…

Vozes do PCP: — Ah!…

O Orador: — … e não seguindo o PCP, porque o PCP está noutra lógica,…

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. Jorge Machado (PCP): — Pois, está noutra lógica!

O Orador: — … está na lógica da destruição do sistema para ter razão e para poder, efectivamente,