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25 | I Série - Número: 063 | 23 de Março de 2007

Risos.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Faça favor de continuar, Sr. Deputado.

O Orador: — Portanto, V. Ex.ª pode dizer tudo, mas não pode, no entanto, exigir coisa nenhuma, primeiro, porque não tem autoridade para o facto e, segundo, porque tudo aquilo que está ao alcance do Governo português está, uma vez mais, a ser feito — conforme já foi feito, aliás, noutras situações passadas, como é o caso, tal como ontem fiz referência, da Autoeuropa ou da General Motors — e está em curso em relação a esta importante empresa de Santa Maria da Feira, no distrito de Aveiro.
Relativamente à questão do desemprego, aquilo que V. Ex.ª aqui nos trouxe é, de facto, um exercício de retórica que, manifestamente, pretende dar uma imagem que não corresponde à realidade.

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — São os números do INE!

O Orador: — V. Ex.ª diz que o crescimento do produto interno bruto português está abaixo da média europeia, acrescentando que o Governo actual se propôs crescer a 3%. Bem, propôs crescer a 3% como objectivo no final da Legislatura. A verdade é que foi o governo anterior, liderado pelo Dr. Durão Barroso, que assumiu o compromisso de, desde o início da Legislatura passada, crescer 2% acima da média da União Europeia. Qual foi o resultado? Não cresceu 2% acima da média da União Europeia, não cresceu de acordo com a média da União Europeia, não cresceu 2%, mas mingou, diminuiu. Portugal terminou o «consulado Durão Barroso» com resultados negativos em termos do crescimento, coisa que hoje não acontece, uma vez que nos últimos trimestres houve, em termos de crescimento, uma correspondência com a média europeia.
Mas vamos falar do desemprego. V. Ex.ª diz que o desemprego tem aumentado. É verdade! O desemprego tem aumentado, mas tem aumentado cada vez menos…

Protestos do PSD.

O Sr. Jorge Machado (PCP): — Tem aumentado no seu distrito!

O Orador: — Posso mostrar um gráfico referente à variação homóloga do desemprego…

Neste momento, regista-se burburinho na Sala.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Srs. Deputados, peço que tomem assento nos respectivos lugares e façam silêncio para podermos ouvir o Sr. Deputado Afonso Candal.
Faça favor de continuar, Sr. Deputado.

O Orador: — Os grandes crescimentos da taxa de desemprego registaram-se em meados do ano 2003.
Neste momento, continua a haver crescimento do desemprego mas a ritmo mais baixo e, em alguns meses, decréscimo, apesar de eu poder considerar que o que V. Ex.ª disse é correcto, ou seja, o desemprego, infelizmente, continua a subir, ainda que cada vez mais…

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Faça favor de concluir, Sr. Deputado.

O Orador: — Sr. Presidente, peço que me desconte as interrupções. Estou certo de que o fará.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Eu bem ajudei, Sr. Deputado.

O Orador: — Como eu estava dizer, o desemprego continua a crescer a ritmo cada vez mais baixo, havendo meses em que há decréscimo.
Mas o problema não está aí. O problema, Sr. Deputado, é que, desde o início da presente Legislatura até agora, a população activa cresceu,…

O Sr. Agostinho Branquinho (PSD): — São fantasias!

O Orador: — … isto é, há mais 94 000 pessoas à procura de emprego em Portugal, das quais 46 foram para o desemprego, mas 48 400 encontraram postos de trabalho, mais do que aqueles que desapareceram. Ou seja, nos últimos dois anos, houve, em Portugal, um aumento líquido de emprego de 48 400. É certo que não chega para acomodar todo o crescimento da população activa.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Sr. Deputado, mesmo com as interrupções e os descontos res-